quinta-feira, 7 de abril de 2016

Amores imperfeitos



No café da manhã
O nosso olhar se cruza
Mas logo o meu entra em recusa
Tenho medo de te mirar
E no fim por ti me apaixonar
Evito olhar diretamente
Mas o teu olhar não me é indiferente
Ele me faz sentir um misto de sentimentos
Amor, paixão, ternura, afeto
Com medo tento não ser direto
Apenas coloco um olhar camuflado
Não quero percebas que por ti estou encantado
Apenas... quero ficar assim..
Sem criar espectativa, sem criar uma história com um fim..
Com... um belo fim!
A história acaba assim
Uma troca de olhar
Sem interagir, falar
Talvez um dia consiga saber se o que sinto é verdade
Talvez por estar limitado á liberdade
Imagino que te quero
Será isto sincero?
Eu a isso não posso responder
Eu não tenho expressão
Eu só tenho uma pontada no coração
Que me diz que este sentimento é de amor e paixão
Mas é paranoia, ilusão
Talvez seja carência
Talvez seja demência
Mas o teu cabelo, aquele antigo sorriso inocente
Para mim era mais que suficiente
Me fazia nas contas de dividir descobrir o quociente
Mas agora estou em línguas!
Mas sou tão parco...
Sim! sou parco em palavras
É normal que tu não as abras
Tu estás noutras andanças
Cheia de maquilhagem, tranças
Para com todos os rapazes falinhas mansas
E eu... minha vida dava um filme de comédia
Mas sem informação suficiente para ir parar na wikipédia
Não tem conteúdo relevante
Apenas fases tristes da minha vida
Todo o dissabor e solidão reunida
Onde aquele olhar não pega, nunca pegou!
Porque meu olhar... era, é imperfeito!
Por isso jamais posso amar, ser amado!
Não posso no meio de tanto homem ser o eleito
E portanto não posso viver consigo
Sim! não posso viver consigo aquele eventual amor perfeito
Porque para isso é necessário perfeição
Eu e tu somos fracos, imperfeitos!
Não temos qualidades, mais valias
Apenas defeitos...

Por isso se o olhar se cruza
Se meu olhar e seu entra em recusa

É porque existe imperfeiçao
Logo Não pode existir amor em nosso coração...

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