Mundo da musica

Aqui 
Ali
Em todo o lado

A musica
Hip hop
Rap
Ou até mesmo 
Fado

A musica
Estrangeira
Popular
Angolana
Até faz o coração balançar

Em nota baixa
Em nota alta
A febre da musica
Leva o cantor á ribalta

Cantores
Pimbas
Fadistas
No mundo da musica 
Só grandes artistas

Mundo de sofrimento

A toda a hora
A vida nos testa
Estar á altura
É o que nos resta

Paixão 
Amor 
Ilusão
Desamor

Mágoa 
Agonia
Raiva 
Melancolia

Tristeza
Muita lágrima
Muita incerteza
Na hora que escrevo minha sófrida rima

Acreditamos em deus
Quando diz que tudo vem na hora certa
Mas em vez disso levamos um adeus
Numa previsão incerta

Sofremos com o inimigo
Sofremos com sua desumanidade
Que nos deixa em grande sofrimento
Com tamanha crueldade

Sofremos com a violencia
Sofremos por não sofrer
Pedimos clemência
Neste mundo de sofrimento

Que não tráz uma pinga de alegria
Ao invés
Tráz enorme legião de sofrimento
Que se desmorona aos meus pés

O sofrimento é tanto
Que hoje chegou á poesia
Num acentuado pranto
Sem vestigio de alegria

A vida são dois dias

A vida é uma festa
Por isso vamos viver
Aquilo que ainda nos resta
Até ser hora de morrer

Se houver tristeza
Saber transformar em felicidade
Tornar nossa incerteza
Naquilo que queremos fazer de verdade

Que é viver
Gozar a vida
Até mais não poder
Até ao dia que estaremos de partida

Mas até esse dia
Vamos curtir
Vamos viver a vida com alegria
Até ela nos permitir


Se amanha o mundo terminar
Dá uma festa
Onde a alegria e divertimento possam reinar
Nesta festa que é a vida

Mostra-me!

Aurora!

Mostra-me!
Mostra-me que és capaz
Mostra-me!
O beijo que faz enfeitiçar este rapaz

Mostra-me!
Mostra-me essa silhueta
Que percorre esse teu corpo 
E esses olhos violeta

Mostra-me
O cheiro do teu perfume
Mostra-me
Que nao há razão para haver ciume

Mostra-me
O efeito desse beijo
Levar tua boca á minha
E consederes este meu desejo

Voce me beijou
Me mostrou seu mundo
Em seu corpo minha cabeça viajou
E se perdeu em esse odor profundo

Regras de conduta

Quando conduzires
Toma cuidado
Não fales ao telemovel
Podes não sair movel
Do teu próprio veneno
Nao sejas parvo
Aprende a apalpar terreno
No mundo da estrada
Tens de andar sempre de olho aberto
Nunca para trás
Mas sempre para a frente
Na estrada como toda a gente
Pois a rua pode estar cheia de perigo
Mostra que és mercedor
Desse código
Nesta estrada
Toma atenção
Conduz com moderação
Não bebas!
Não fumes!
Apenas que percebas
As regras de conduta
Olhos bem abertos
E ouvido sempre á escuta
Enquanto conduzes
É para o teu bem
Só quero que estas palavas te dêm algumas luzes
Neste mundo da estrada
Conduz com moderação
Só te fará bem ao coração
E aos demais
Evitas menos mortes
E vives bem contigo
Dentro dos limites de condução
E fora do perigo

Triste papel de figurante

História.. história..
Da minha vida
Dava um bom filme
Do principio ao fim
Era só risada
Pobre de mim
Nesta história
Nem protagonista sou
Apenas um figurante
Nesta história
Supostamente apaixonante
Mas não o meu caso!
Porque?
A resposta é simples
Porque nesta história sou um figurante
Minhas falas..
Foram cortadas
Porque estavam erradas
Porque não é assim
Não era assim que me devia comportar!
Mas sim me libertar
Neste cenário
Como um figurante
Durante...
Todo meu percurso
Apenas como figurante
Não havia outro recurso
Só este
Um papel miserável
De um personagem detestável
Por isso me foi incubida essa função
Mas nem isso...
Nem isso podia estar á altura
Apenas para uma alma segura
Daquelas que não têm medo
Mesmo sabendo
Que sua personagem não tem relevância
Nesta história
Mas mesmo assim
Queria ter o mesmo direito
Seria defeito?
Sentir que minha personagem era diferente dos demais?
Talvez.
Até lá esperava...
Esperava minha vez
Para poder desempennhar um papel importante
E deixar de ser figurante

Palavras timidas

Destas palvras
Surgem sangue
Surgem delirios
Delirios de um poeta demente
Mas palavras verdadeiras certamente
Os loucos tambem dizem verdades
Quando bebem então
Só surgem palavras sábias
Mas tão dificeis de pronunciar
Quando estamos em fase de tristeza
Nesses dias nem uma palavra sai
Só surgem quando temos uma musa na nossa frente
Nem necessitamos chocolate quente
A musa por si só faz essas palavras libertar
Estas palavras embaraçadas
Dentro do meu coração enlaçadas
Há espera de vir cá para fora
Prontas para sair sem mais demora

Eram palavras sanguinárias
Mas quando te vi
Passaram a ser palavras literárias
Há espera de se fazerem ouvir
A carência, desejo, paixão
Enfim tudo aquilo que por ti estou a sentir

A beleza do campo

Estou aqui no campo
Respirando ar puro
Pássaros voando
Mas nem um sussurro

Aqui é calmo
Apenas vejo árvores e flores
Pássaros voando
E minha voz ecuando

Dá vontade
De deitar
Aqui no mato 
Onde já se poem o sol

O frio Já se faz sentir
A noite chega
Com uma leve corrente
De ar quente meu coração sossega

Por fim me deito
A ver as constelações 
Neste agradável leito
Onde posso mirar suas oscilações

No campo
Tudo se transforma
A beleza do campo aos nossos olhos salta
E os nosso corações arrebata

Coração venenoso

Meu coração sempre batera feliz
Mas hoje foi hora
De vibrar de descontentamento
Não havia problema por fora
Éra o que todos supunham
Mas por dentro um grande dilema
Felicidade ou tristeza?
Havia um misto de medo e firmeza
Tanto ficava rindo
Como zangado e revoltado
Como se meu coração fosse do contra
Como se entrasse pelo coração a dentro uma bala venenosa
E agora só resta veneno
Dentro deste coração
Que antes era bondoso e sereno
Agora é ácido e amargo
Apenas repleto de tristeza
Eu só precisava de outro coração
Um coração doce e saboroso
Mas ao invés apenas tinha este coração venenoso
Eu dizia não venham!
Pois o meu coração é venenoso!..
O vosso ainda pode acabar da mesma forma
Por isso nao toquem! não...
Não toquem em meu coração
Onde hoje só consta desolação
E todos se afastavam..


E eu?
Eu ficara minha vida enteira com este coração...

Coração fraco!
Depois de tanto bafo no tabaco...

Coração podre!
De tanta maça estragada consumida..

Coração venenoso!!
De tanto veneno injetado em meu coração

Hoje sonhei ser rei
Mas havia um senão
Os reis nao possuem veneno em si
Mas eu... eu possuía dentro de mim
Jovem de coração venenoso cheio

Não vão entender..
Nunca entenderão!
O que é ter imensa carga de veneno preso no coração
Nunca se irão sentir ácidos e amargos
Eu...
Eu sinto!
Pois eu tenho um coração venenoso!..
Eu tenho um coração amargo!..
Eu não o largo
Pois ele está em mim
Ele vai comigo para todo o lado
Ele nasce e morre comigo
Por isso vos digo

Sejam doces
Tenham sempre uma pitada de amor no coração
Nem que seja uma pequena porção
Mas deixem o veneno fora da vossa vida
Gozem o amor
Gozem a vossa vinda e a vossa partida
Para coração venenoso já basta o meu...
Hoje este homem de tanto veneno no coração morreu
Hoje a doze fora fatal para seu coração
Já  não tinha coração, nao tinha pulsação
Naquela hora
Seu coração que antes era rico e pleno
Hoje se desfez em puro veneno

palavras em branco

Antigamente
Era minha felicidade que sorria
Ultimamente 
Não há motivos de alegria

Há muito que já não faz parte
Deste problemático dicionário
Que hoje em dia perdeu sua arte
No mundo literário

Perdeu o encanto e a beleza
Nas suas palavras
Que transmitiam firmeza
Hoje morreram!

Já não existem palavras calorosas
Como as que existiam no mês de Agosto
Triste poeta
Fazer suas palavras morrer de desgosto

Até eu me sentia envergonhado
Já não era aquele alegre poeta
Hoje sou poeta acanhado
De fraco sangue lisboeta

Fada que enfeitiça e foge

Vejo uma luz 
Sentada sobre o luar
Tanto brilho, tanto acentuar
Que aquela fada produz

Hoje em dia até fica difícil
Chegar até aquela fada
Quando chego ela foge
Não se deixa ser caçada!

Chego a pensar que é impossível
Aquela fada poder amar
Talvez por ser incompatível
Nossa trocar de olhar

Mas fico com a esperança
De um dia poder cobiçar
Aquela fada cheia de confiança
Fugindo só para me espicaçar

Vê-se que não tem, coração
Chamar-me e ir embora
Deixar cheio de ilusão
Este pobre coração a toda a hora

Alta pulsação do amor

Será que não vês?
O tilintar do meu coração
Será que não vês?
Esta desenfrenada pulsação

Que ocorre num ápice
Que por vezes quando te vejo se desmonta
Frágilmente se quebra como um cálice
Sem eu me dar conta

Não ves?


Ele é frágil
Sim o meu coração!
Não é nada fácil
Controlar ésta desalmada pulsação

Que fazer?
A culpa é só tua!
Tu pões meu coração a ferver
E a minha cabeça no mundo da lua

Péssimo cozinheiro

Tenho de criar uma receita
Não tenho nem ideia
De qual prato vou criar
Acho que preciso começar a cozinhar

Nem estrelar um ovo 

Nem fritar um pedaço de carne

Para mim isto ainda é novo

Esta arte de cozinhar

Meto o pé pela mão

Confundo guisar com fritar

Estou em dia não 

Nesta arte de cozinhar

Qual biscoito qual caramelo

Isto não é para mim

Cozinhar ovo ou cogumelo

A arte da cozinha me deixa assim

Completamente á nora

Ingredientes trocados

Retirados do forno fora da hora

É assim o mundo da cozinha

Um alimento mal cozinhado

Outro mal condimentado

Péssimo cozinheiro

Cozinhando mal a tempo inteiro

Desabafos de um homem sofredor

Tanto tempo
Que gardei a raiva em mim
Tanto tempo
Mas hoje solto por fim

Hoje escrevo
Estas palavras que cá dentro estavam presas
Hoje me atrevo
A confessar sem incertezas

Que queria alguem do meu lado
Mas negava
Por ter medo de ser rejeitado
Eu não falava

Nunca falava...
Tinha medo do confronto
E me deixei- me levar
Até este triste ponto

Não sei se era medo
Não sei se era psicológico
Mas sei que cabia um grande segredo
Dentro deste homem solitário

Hoje cheguei ao ponto maximo da solidão
Tentei ao máximo adiar
Estes dias de escravidão
Mas não havia volta a dar

Eu sou filho do mal
Eu estou entregue
A este destino fatal
Que á anos me persegue

Chega de mentir a mim mesmo
Eu sou tal e qual
Triste e solitário
Um autentico pão sem sal

As palavras que escrevia 
Não eram para ti
Eu bem queria
Mas nunca senti

Tu sabes
Não podia sentir
Se dissesse o contrário
Estaria a mentir

Neste triste dia...

O solitário
Se fartou
Neste diário
Todos os problemas da vida contou

A Intrusa

Nunca antes tinha acontecido
Nem me reconhecia
Na minha frente carteiro e ladrão
Me mandando ao chão
Mas mesmo assim
Continuei.
Meu objectivo de alcançar você
Isto só pode ser bruxaria, mau-olhado
Obstáculo em todo o lado
Mas mesmo assim corro por ti
Vê-se que é algo que nunca senti
A ponto de correr por esse alguém
E não correr por mais ninguém
Até sofrer nas mãos de delinquentes
Não posso estar bom da cabeça
Por deixar que tudo isto me aconteça
Por uma mulher que desconheço
Mas que desregula este coração
Penso que mereço
Por me deixar levar por essa malandra canção 
Canção de bandida
Que entrou assim
Sem permissão na minha vida

Toque-Toque morte

Toque!
Toque!
Toque!

Quem é? perguntava o menino
Do outro lado não obtinha resposta
Apenas um tilintar
Tilintar vagaroso
Mas... parou de repente!
Volta a tilintar

Toque!
Toque!
Toque!

O menino já não sabia o que fazer
Seu coração não parava de bater
De angustia!, de medo..

Voltava a perguntar
Quem és ? Que queres de mim?
Mas continuava sem obter resposta
De repente!..
O telefone tocava
O menino ainda se colocou debaixo da cama
Mas ao seu ouvido uma voz tenebrosa sussurrava
Ahahaha que pensas que estás a fazer?
Sabes que não tens saída carlão
Quero o teu coração!
Ficarás sem alma te garanto
O menino se desfez em pranto
Estava destinado á morte
A voz num ápice gritou
Tanto que o menino não aguentou
Seu ouvido sangrou..
De dor!
Seu rosto transmitia grande ardor
Tanto que o sangue chagava aos olhos
Como aqueles sangrentos molhos
Que pisamos nos dias de chuva
Mas estes eram mortais!
O menino acabou consumido
Sua alma consumida de sangue

Tocaram em casa de uma idosa
Quem é? perguntou a idosa
Mas ninguem respondia
O telefone tocou
A senhora já tremia de medo por todo o lado
Num impulso atendeu o telefone
Quem é?
E pode ouvir através dele
.... AHHHHH!!!
Sou a voz ahahaha
Que transformou o teu neto de sangue
A anciana aterrorizada desligou
Mas nesse instante sua cabeça se desfez
Só sangue naquele casarão
O terror reinara naquela noite

Todas as noites
Quando o telefone tocar
É a morte que vêm para te assombrar

No meu canto

Como sempre acordo todos os dias
Como sempre me deito todas as noites
No meu canto
Que é sempre o meu manto

Nem o deixo por um minuto
Nem o deixo por um segundo
No meu canto
É esse o meu mundo

Sem cobras nem lagartos
Apenas um bondoso dragão
No meu canto
Mas já com pouco coração

Nesta sala vazia
O piano deixara de tocar
Meu coração deixara de vibrar
E se estendeu silenciosamente naquele vagar

Não sou animal
Não sou objecto
Apenas um jovem desfeito em pranto
No meu canto

Deixa-me trincar!

Vejo ao longe 
Esses lábios carnudos
Deixa-me trincar!
Para descobrir o seu aroma
Se sabem a morango ou cereja
Se vamos casar pelo civil ou pela igreja
Deixa-me trincar!
Esses lábios encarnados
Cor dos amantes, dos apaixonados
Mas quero trincar!...
Quero esses lábios beliscar
O feitiço até pode se virar contra o feiticeiro
Mas deixa-me arriscar!
Enfim.. Deixa-me trincar!

Dificuldades com os exercicios de geografia

Tenho exercicios de geografia
Já não estou a entender nada
Tenho de descrever uma fotografia
Mas eu dou uma descrição errada

Não sei o que é isto
Perguntas fora do normal
Como aqueles disfarces 
Que podemos ver no carnaval

Já estou a ficar maluco
Não consegue sair qualquer informação
Ser burro é pouco
No meio de tanta gente cheia de atenção

É o que acontece
Quando fazemos exercicios de geografia
O Sangue a ferver
E a surgir do interior uma grande rebelia

Por amor

Por amor 
Deixo o tabaco
Por amor
Até faço cálculo com ábaco

Por amor
Deixo o vinho
Por amor
Corro por ti, esta estrada, sozinho

Por amor
Até corro nu pela rua
Por amor
Até levo esses lindos olhos à lua

Por amor 
Digo aquilo que tu és
Por amor
Me ajoelho apaixonadamente aos teus pés

Eu e a solidão no mesmo barco

Hoje a solidão me chama
Tive receio mas me entreguei
Naquela tenebrosa cama
Eu me apaixonei

Nunca pensei 
Me dar tão bem com a solidão
Mas resultou 
Aquela linda relação

Quis ali ficar
Eu mais que nunca 
Me quis sacrificar
Pela minha querida solidão

Se ela for de vez
Também vou
Se ela der a vida por mim
Por ela eu também dou

Escolher perder

Vejo alguem que fala e nada sabe
Vejo alguem querer entrar na roda mas nao cabe
Porque não há espaço
Porque não está dentro do compasso

Estou fora de tempo
Estou sempre....
Num grande lamento 
A resmungar a todo o momento

Porque me fartei
Nem cheguei ao fim do trabalho
Nem sequer tentei
E agora sou uma carta fora do baralho

Isto acontece a quem fica pelo caminho
Todos a passar por mim vitoriosos e sorridentes
E eu perdedor e sozinho
Desta minha errada decisão

Querer é poder

Eu quero!
Eu posso!
Ser do clero
Eu posso!

Eu tenho braço
Eu tenho perna
Tenho mente de aço
Então posso!

O meu objectivo é ter
Eu posso e consigo!
Pois querer é poder
Acredita meu amigo

Nada é impossível
O facto de querer e de poder
É incrível
Aquilo que neste mundo podemos obter

Quero-te aqui

Vêm para o pé de mim
Nem que seja um pouco
Mas não me deixes assim
Senão vou dar em louco

Eu sei que estou a pedir muito
Mas quero-te aqui
Hoje até é gratuito
Ninguem nos pode tirar daqui

Porque se for preciso fecho a porta á chave
Faço tudo para te sentires à vontade
Até podes viajar na minha nave
Ou irmos em lua de mel naquela cidade

Como vês eu quero-te
Como sabes eu sinto saudade
Do teu arroz doce
Dessa tamanha cumplicidade!

Hoje vou pedir um desejo a deus
Que nos junte nessa hora
Os teus lábios nos meus
Lhe peço isso sem mais demoras

Menino a chorar

Vem ao mundo
O menino a chorar
Os trabalhos a dobrar
Com o menino a chorar

Papás dão a papa
O menino come
Mas tudo volta ao mesmo
Com o menino a chorar

O menino têm cagada
Por isso está a balbuçiar
A mamã se sente culpada
Por o menino continuar a chorar

A noite chega
C om o menino a chorar
A  noite é uma criança
Por isso o menino continua a chorar

Tatuagem

É o simbolo da eternidade
Ter o nome, marca daquilo que gostamos
É preciso tamanha cumplicidade
Na hora em que tatuamos

Tatuagem que tatuamos no braço
Fica para toda a vida
Não importa que seja no pé ou no regaço
Uma vez tatuada não há qualquer saída

Tatuo o nome ou o apelido
Tatuo um dragão ou um carneiro
O tempo passa
Mas a tatuagem permanece o tempo inteiro

Porque é algo que fazemos
É algo que morre connosco
Não importa a origem, linguagem
É esse o papel da tatuagem

O feitiço do coração negro

No meio de tanto coração colorido

O meu tinha de ser escuro

Olhar de bandido

Coração duro

Parado com aura negra

Comendo um coração de manteiga

Na esperança de amaciar meu coração

Mas não havia salvação

De varinha na mão

O rei da solidão

Este jovem enguiço

Lançando um tenebroso feitiço

Tu que tens essa menina

Ficar sem ela seja o teu pior pesadelo

Que a solidão se torne tua nova rotina

É este o meu apelo

Salvador da pátria

Finalmente chegou a hora

O jovem soldado foi á guerra

Mas foi com um grande objetivo

Socorrer os seus naquela terra

Não julgara que ia passar por muitas batalhas

Mas sempre de cabeça erguida

No meio de tantas caçadeiras, navalhas

Olhado de perto pela torcida

Que lhe depositava confiança

O soldado não podia falhar

Tinha no dedo a aliança

De lutar pela pátria

Junto com seu exército

Ajudar os seus entes queridos

No fim coroado rei foi seu grande mérito

Amiga joaninha

Oh joaninha
Tu entrelaçada no meu dedinho
Tu queres ser minha vizinha
E eu o teu vizinho


Vem para minha casa
Vou te contar a história da joaninha
Por isso poem-te fininha
Hoje vou deixar teu coração em brasa

Depois te canto uma canção 
De uma joaninha que subiu para a minha mão
Que quis viver comigo
E que nesse dia ganhou um bom amigo

Depois deita-te a meu lado
A cama tem muito espaço
Primeiro te canto o fado
Em seguida no teu coração te ato um laço

Para que não te esqueças amiga
Que és importante para mim
Que esse sentimento prossiga
E que nossa amizade não tenha fim

Eu já sonhei e voce?

Voce já sonhou ir á lua?
Já sonhou ter minha mão interlaçada na sua?
Concerteza eu já sonhei
Concerteza nos meus sonhos o teu amor ganhei

Voce já sonhou o amor dividir comigo?
Voce já sonhou ter alguem que a salve do perigo?
Eu já! já sonhei ser o seu salvador
Salvar voce de toda a tristeza e dor

Voce já sonhou ser uma peça de fruta?
Por exmplo um morango
Eu já! sonhei naquela gruta
Ser o seu orangotango

Mas nos sonhos...


Deste orangotango voce têm medo
Quem me dera ter a chave
Para descubrir o segredo
Desse grande entrave

O dom do doce bombom

Podias ser uma goma
Mas és um bombom
Tu não sabes mas eu sei
Tu tens um dom
Que se dá ás sobredotadas
Não a qualquer uma
Mas ás que mereçem ser amadas
Tu sobes naquele palco
Nem te importas
Tu danças nesse alto astral
Seja no natal, no carnaval
Ninguem pode levar a mal
Pois o que é bom é para se comer
E só esse bombom faz meu coração bater

O encanto da sereia

Tão linda e serena

Esta deliciosa garoupa

Tão doce e amena

Nem usa roupa

Tão nua aos meus olhos

Aqueles despojos

Aquele cabelo ruivo

Tão sensual

Suas manobras despertam curiosidade

Deixa-me entrar nesse oceano

Nem que seja por engano

Mas deixa...

Deixa bela sereia

E depois vem comigo

Fazer um lindo castelo na areia

És tu

É em ti!
É em ti linda
É em ti!
Que eu penso ainda

És tu!
Que eu carrego no meu peito
É Contigo que acordo
E do mesmo modo me deito

És aquela que nos meus sonhos, me sussurra
És só tu como ninguém
Tão doce e pura
Me faz ficar aquém

De não ser o homem desse coração
De ter o teu nome no meu peito por engano
De não haver salvação
Nos sonhos deste ser insano

Mas és tu!
Que acredito que possa ser minha
És tu!
Que me faz acreditar ser possível seguir essa linha

Espirito de juventude ardente

É este o espirito

Num cortamato

Tantos concorrentes

Prontos para correr por ali abaixo

No meio de tantos aplausos

Tantos olhares

Vou focado em meu objetivo

Não vencer

Mas lutar por este sonho

Terminar aquilo  que me pruponho

Uma competição saudável

Competindo com outros jovens de forma agradável

Seja no inverno

Seja no verão

Vamos correr

Vamos fortalecer nosso espirito de competição

Triste vida de cão

Foi naquela triste madrugada

Que me largaram no meio da estrada

Nem dó tiveram de mim

Meu olhar ditava desilusão, Tristeza

Estava ali deixado ao deus dará

Sem alimento, sem qualquer defesa

Mas eu não era o unico naquela situação

Haviam mais cães ali estendidos

Outros dados para adoção

Se não nos amam porque nos querem?

Porque o coração nos ferem?..

Temos sentimentos

Necessitamos carinho e atenção

Hoje o unico carinho que sobrou foi a rejeição

Isso destruiu nosso coração

Hoje ficamos mal servidos

Nesse beco perdidos

Á espera de um coração bondoso

Não importa que seja de um senhor idoso

Desde que ele transmita amor e afeto

Que me possa dar um teto

Uma casota para me abrigar

Mas eram apenas sonhos de cão

A verdadeira realidade era o abandono

De um coração sem dono

Roda da fraternidade

Vamos fazer uma roda
Vamos todos dar as mãos
Nesta nova moda
Vamos em frente irmãos

Ainda vamos a tempo
Ninguem fica de fora
Todos á volta
Somos um só uma ancora

Se voce não tem força
Eu seguro em seu lugar
Por isso serve a cooperação
Neste meio de aculturação

Somos todos diferentes
Somos todos iguais 
Todos irreverentes
Todos especiais

Ciclo vicioso

Não é ser do contra

Mas.. hoje a indiferença falou mais alto

Voce passou por mim naquela esquina

Tão docinha e pequenina

Mas eu segui a minha estrada

Sei que deixei voce zangada

Mas não tinha tempo, não tinha hora

Voce ficou machucada comigo

Que faço agora?

Sei que para si neste momento sou um inimigo

Mas foi minha decisão

Ignorar voce moça

Sei que não tinha razão

Mas foi impulso

Não sei em que estava a pensar

Mas garota eu te prometo

Um dia te poder compensar

E te explicar o porque

O porque de te ter ignorado

É que eu tal como voce já fui abandonado

A flor de autrora me deixou nessa mesma esquina estendido

Me prometeu amar mas...

Não cumpriu o prometido

Agora voce entende?

Sei que voce se sentiu uma cahorra abandonada

Mas prometo ainda hoje  levar voce ao altar 

Minha ilusória princesa encantada

Que tristeza, que alegria

Ai que tristeza!..

Não ter um porto de abrigo

Viver no meio de tanta pobreza

Sem um unico amigo

Que tristeza!..

Já não há vestigio de amor

Aquela linda alteza

Perdeu toda a sua cor

Que tristeza esta!...

Um mundo sem ordem

Hoje o mundo deu uma festa

Onde só constou desordem

Roubos... violência

Que é feito da poesia..., dos grandes valores?..

Onde se encontram as pessoas nobres

Neste mundo que entrou em decadência

Que alegria!..

Um mundo alegre

Onde fosse possivel confraternizar

Mas era preciso um milagre

Para esse desejo concretizar

Essencia da rosa brava

Não, hoje não ouço nada
Não, hoje não vejo nada
Sim hoje me perdi na madrugada
Me perdi com aquela rosa no meio da estrada

Não, hoje já não cheiro
Hoje já não sinto
Andei. Andei.
Perdi-me naquele labirinto
E me deparei com aquele canteiro

Onde se encontram muitas flores
Tulipas e muitas mariposas
Mas as que mais gosto são as rosas
Amarelas vermelhas de todas as cores

Não cheirava
Mas hoje cheirei
Com amor farejei
Aquela rosa brava

Parceria sádica

Hoje fui visitar a solidão

Já tinha saudade

Daquela imensa escuridão

São muitos anos de amizade!

Muitos anos de longa conversa

Muitos anos de dor compartida

Mas ficou sempre a promessa

Desta ligação ser mantida

Somos a parceria do mal

Bem como amigos e amantes

Neste grande ritual

De homicidas asfixiantes

É juntos que matamos

E do mesmo jeito, castigamos

Quem nos fez tanto mal

A morte será o seu triste final

Ilusão distorcida

Espero que saibas que tu és..
Tu és droga pura!
Da cabeça aos pés 
Me levas á loucura

Mas nos meus sonhos!
Lá vale tudo
Lã não são tão enfadonhos
Dentro deles sou sortudo

Porque?

Porque consigo acreditar
Que lá é possivel sonhar e amar
Mas terei que aceitar
Que não me encontro nesse patamar

Nem isso posso viver..
Nos sonhos tudo é uma ilusão
Com esse engano terei de conviver
Não posso amar cheguei á conclusão..

Reacender o teu coração

Espero ser o fogo ardente

Que aqueça aquele coração

Tão frio e indiferente

Sem sombra de gesto ou vibração

Quero atear chama viva

Bem como, o rastilho

Daquela gélida diva

Que hoje naquele incêndio perdeu seu brilho

Quero voltar a incendiar

A claridade que hoje faleceu

De fogo te quero assediar

E devolver o brilho que em tempos já foi teu

Eu consegui devolver!

Aquele brilho intenso

Agora já podes absorver

Esse fogo imenso

A doce melodia

Espero despertar

E que você aqui esteja

Para me confortar

Que assim seja

Que não seja um sonho

Que seja a realidade

Um futuro risonho

Ao lado dessa beldade

Mas não quero algo parente

Quero algo real

Ter você ao meu lado eternamente

Era o meu desejo ideal

Sem tirar nem pôr

É mesmo você minha passarola

A melodia que eu quero compor

E guardar no seio da minha gaiola

Dificil de entender

Não sei porque me rio

Não sei porque choro

Não sei porque sinto calafrio

Não sei porque te adoro

É algo que não se explica

Mas que se sente

Que aqui fica

Dentro do meu peito eternamente

Não sei porque sinto dor

Não sei porque sinto desconforto

Será falta de amor?

Estou tão morto...

Morto de carência

Morto de solidão!
Penso que entrei na demência

Por não ter o seu perdão

E agora. Agora aqui fico

Sem dinheiro

Já fui rico!

Agora já nem cheiro

Perdi aquele perfume

Que perfumava meu casaco

Me tornei um ser velhaco

Por não ter o seu azedume

É importante

É importante viver

É importante ler

É importante escrever

E o conhecimento colher

Urgente aprender

Urgente recordar

Urgente entender

Que o mundo temos de mudar

Necessário dar

Necessário receber

Necessário perdoar

Mas algo tão dificil de conceder

Relevante a ternura e o afeto

Relevante o amor e paz em união

Relevante dois amados debaixo do mesmo teto

Partilhando prazer e paixão

Realidade ou imaginação?

Andamos perdidos
Amantes desunidos
De mãos rotas
Em pontas soltas

Quero agarrar a tua mão
Mas a força me falta
Rasgas-te o meu coração
E algo cá dentro ainda sobressalta

A preocupação, o medo
De não te conseguir segurar
O grande segredo
É o resto dos dias te aturar

Mas... tu não existes!
És fruto do meu pensamento
A todo o momento
Entrar nos meus sonhos insistes

Porque?!

Devia ser imaginação
Mas começa a ser realidade
Entras neste coração
Então só pode ser verdade

Garra no olhar

O olhar que me deito

É o mesmo com que acordo

De vontade, de fé

De ser forte, de me por de pé

Ninguem me pode tirar este desejo

Desejo ardente, infinito

De quando te vejo

É esse o olhar que transmito

De calma, de serenidade

De leveza, de extrema bondade

De que os dias possam ser de paz e amor

Sem a presença de raiva e de dor

De bons momentos

De escrita, do dia-a-dia

Esquecer todos os tormentos

E ir em busca da luz do dia

Poeta miserável

Não sei porque me atrevo
Devia ficar no meu canto
Não sei porque escrevo
Se minhas palavras não surtem qualquer encanto

Não sei porquê esse espanto
Já não tenho bateria
Já perdi tanto
Fiquei na miséria

Agora recebo boleia de outros poetas
Que vergonha
Não consigo superar minhas metas
Sou mesmo um pateta

Já nem me consigo pôr de pé
A fraqueza é tanta
Ainda sou um adolescente
Mas mais pareço uma planta

Com falta de pé-de-meia

Falta de ideias

O vento as levou

Foi este o triste destino que a vida me reservou

Agora me deito
A ver o sol aqui parado

Com o meu coração todo desfeito

Na poesia acabei um ser mal-amado