quinta-feira, 28 de julho de 2016

Já posso voar



Sou anjo que há muito perdeu a sua asa
Vivo algures na rua
A minha nova casa!
Vivia num lar chamado orquídea
Mulher espontanea
Mulher instantânea
Na hora de beber o meu sangue
Contra minha vontade, sem eu pedir
Como posso voar pelo céu
Não tenho a quem acudir
Não tenho onde dormir
Só peço que voltes a beber todas as partes do meu corpo
Desejo que minhas antigas asas voltem a ressuscitar
Que tuas asas possam suscitar a união de dois seres desfeitos
Mais uma vez refeitos de defeitos
Espero que me acolhas
Me recebas de braços abertos!
Que suportes assim todas as minhas taras e apertos
Se o fizeres também suportarei todas as tuas angustias
As transformarei em descontração
Basta apenas um cafuné no centro do teu coração
Olho com olho
Pena com pena
Adeus á tristeza
Olá orquidea amena
Vêm!
Vamos sobrevoar as ruas da cidade
Com tamanha intensidade como faziamos no passado
Tu a minha carente orquidea
Eu o teu parente
Teu anjo alado
Hoje e para todo o sempre
Sobre as tuas asas aninhado

Eu resolvo



Carregas um coração escuro

Eu carrego um coração alegre querida Carol
Meu amor deixa-me ser o teu porto seguro
Te mostrar a direcção a casa em modo farol

Oh minha flor

Estás muito cabisbaixa
Toma a minha faixa
Tal como tu têm muito valor

Oh minha querida amante

O ex partiu teu coração
Toma este reluzente diamante
Vês? Que linda declaração

Jóia perdida?

Queres boleia?
A jóia aceitou embarcar na minha vida
E partimos sem rumo numa insana odisseia

Não sairás ileso




Fala da morte 


Sente o tilintar

Estás preso
Sente a morte a te fintar
Dela não sairás ileso



Fala do enclausurado


Oh não..

Está escuro!



Fala da morte


Que foi jovem queres que te acenda uma vela?




Fala do enclausurado



Aqui não me sinto seguro


Quero sair!



Fala da morte


Nunca sairás desta cela


Nunca mais nos teus sonhos terás força para sorrir



Fala do enclausurado



Que mal fiz eu a deus?



Fala da morte



Deixa-te de fitas


Despede-te dos teus



Amanhã já não terás a presença de visitas



Fala do enclausurado


Recuso-me!

Não vou me vou despedir de ninguém
E muito menos deixarei vós despir o meu olhar


Fala da morte



Rapaz tu foste sequestrado

Molestado enquanto dormias
Achas que ainda estás no direito de reclamar

Não ouves?




Fala do enclausurado


O que?





Fala da morte


Rapaz sinónimo de paz

É a morte a chamar

Ela pede que te venhas deitar na sua cama

Ela está carente diz que te ama


Fala do enclausurado


Jamais!

Deitar-me naquela depressão
Seria a mesma coisa que sofrer opressão



Lamento mas não posso aceitar

Não me posso sujeitar aos seus abraços

Fala da morte


Oh mas são tão ternurentos



Fala do enclaudurado


Não!


São só traços violentos

De uma morte violenta
Sedenta em torturar o ar que eu respiro

Quando é que está dor irá parar?




Fala da morte


Rapaz as tuas feridas nunca irão sarar



Fala do enclausurado


Quando vais parar de me atormentar?



Fala da morte


Nunca!

Sabes atentar contra o teu pobre coração é o meu prato do dia

Junta-te a mim sou a morte

Podemos dominar o mundo


Fala do enclausurado



Jamais cairei no submundo




Fala da morte


Não tentes te fazer de forte


Faça sol 

Faça chuva
Tenho o horrendo condão
De assentar que nem uma luva no teu pobre coração

Fala do enclausurado


Ai eu aceitei

Me debruçei sobre a morte

Fala da morte


Ai tu aceitaste

Sobre mim te debruçaste
E perdeste o norte da tempesdade que semeaste


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Já posso voar


Quero achar uma garota
Sei lá que seja marota
Que brinque comigo aos policias e ladrões
Corações aninhados um no outro
Sei lá uma mulher em dobro
Se forem gêmeas bem melhor
Gosto de fêmeas iguais
Que tenham consigo manual de intruções
Pois eu tenho pouca instrução
Peguem o meu coração ao de leve
Aceito tudo nesta vida menos corrupção
Façam um dolitá para ver qual das duas fica com a sorte
Com sorte de colher o passaporte
Para uma viagem sem norte, sem transporte definido
Será muito renhido ambas são sublimes
Carlota não substimes a maria 
Pois ela está bem bem janota
Hoje ganhou uma nota de 100 
Já pode assim cortar o cabelo
Onde eu por casualidade fui o seu barbeiro
A maria janota ganhou o passaporte
Será fácil entrar no avião
O seu porte condiz com o perdiz que se rendeu
Se perdeu em miami 
Essa miuda é kamikase 
Eu vou pelo ar 
Quen me mandou te aclamar
Hoje já posso voar
Por esse teu corpo
Que sem dó me mandou pelo ar

Não estou sozinho!


Hoje por fim aceito

É este o meu caminho
Mas sei que estás presente no seio do meu peito
Que eu jamais estarei sozinho


Ei amor-perfeito

Custa não me comover
Quando me miras desse triste jeito



Ei amor-perfeito

Custa sobreviver...
Sem o teu humilde leito!




Custa sobreviver!

Sem o teu carinho

Sem as tuas palavras
Que me confortam
Que suportam a minha ausência




Oh amor, eu escolhi o meu caminho
Recolhi aqui nas profundezas do meu coração a tua imagem
Sinto o meu íntimo repleto de impurezas nesta dura viagem 
Mas na realidade tu estás presente e eu não estou sozinho



Hoje por fim aceito

É este o meu caminho
Mas sei que estás presente no seio do meu peito
Que eu jamais estarei sozinho



Porque independentemente do que possa acontecer

O meu coração jamais se deixará enfraquecer
A tua imagem até pode estar ausente no seu expoente real
Mas se encontra presente na minha mente e isso é o essencial




No fundo eu sei

Sei que também estou presente no teu peito
Eu respeito todas as tuas lágrimas
Mas não suporto que esse desconforto esteja relacionado com a minha partida
Se foi por minha culpa então desculpa amor da minha vida
Talvez um dia nos voltemos a cruzar
Quem sabe por sorte
Quem sabe por azar



Eu tal como tu quero acreditar

Que a minha viagem possa ditar o retorno ao nosso lar
Mas se nem assim encontro saída
É impossível evitar da minha parte, uma recaída



Tu disseste para eu fazer uma escolha

Eu decidi traçar o meu próprio caminho
Espero que a tua alma me recolha
Que eu posso dessa forma voltar para o meu ninho



Hoje por fim aceito

É este o meu caminho
Mas sei que estás presente no seio do meu peito
Que eu jamais estarei sozinho



Não calculas como têm sido a minha sina

Encontro umas pulas a quererem guiar o meu coração
Mas tu és aquela vela que me ilumina
A que me mostra a correcta direcção



Percorro vezes sem conta

Nas horas vagas
Até nas horas de ponta
Uma estrada que ao invés de me levar à minha amada
Me leva ao ponto de partida 
A uma encruzilhada



Tantas vezes que penso em cair

Tantas vezes que penso deste mundo partir
Mas lá no fundo ouço uma voz que chama o meu nome com carinho
Uma voz que me diz que eu não estou sozinho



Hoje por fim aceito

É este o meu caminho
Mas sei que estás presente no seio do meu peito
Que eu jamais estarei sozinho








segunda-feira, 25 de julho de 2016

O viajante


Fala do viajante


Amante toma conta do meu coração
Daqui em diante
Toma conta do meu coração
Pois vou ficar por horas de ti distante



Querida tenho de falar contigo urgentemente



Fala da amante incompleta


Sim, que foi meu amor algum problema no teu trabalho?



É mesmo sobre isso que queria falar contigo
Recebi uma proposta muito aliciante



Fala da amante incompleta


E então amor para onde vais?


Fala do viajante



Querida vou para alicante!

Mas não te preocupes todos os dias mandarei postais



Fala da amante incompleta


O que?
 ficar sem o teu ombro?
Sem a tua presença que cura a minha doença..



Fala do viajante

Calma meu bem será temporário
E pego ás 8:00 da manhã
Tão cedo?
Querida a culpa é do horário



Fala da amante incompleta


Recuso-me
Recuso-me a dormir sem ti ao meu lado
Quem me vai acalmar de noite?
Quem é que me vai apagar os fantasmas que se aninham no meu coração?


Fala do viajante


Meu amor eu vou mas eu volto
Até lá toma este amuleto


Fala da amante incompleta


Ai que mais podia eu querer do meu amor
Um presente repleto de ternura e preocupação para com a minha pessoa
Foi esse o seu modo de dialeto


Não preciso mais de ter medo
Já posso dormir descansada
Aconchegada pelo teu amuleto
Que me faz te sentir mais presente de mim





sábado, 23 de julho de 2016

As de espadas


A favela..

Ela geme de dor ao ver-te assim
Agarrado ao leme atraido pelo cheiro a jasmim
Tenho o desejo que o vento me mostre a direção correta
E este seja só um entre muitos obstáculos para chegar á meta

Estes carentes ventos que sopram de leste
Que se dissolvem em fragmentos
Dizem nutrir por mim sinceros sentimentos
Eu pergunto!
Que raio de paixão é esta?
Que me falta ao respeito
Que bate assim com força no meu peito

Gnr faz  um mandato de busca
Entra pelo meu quarto a dentro
Mas ele está em pantanas
Ventanas todas abertas
E vestes negras cobertas de pedras enfeitadas que vão na minha direção
Me fazem roer de dor 
E dar assim um final mais descordenado no meu coração

Ás de espadas é esse o vento
Que ataca com chapadas em forma de lamento
Vento que atraca no meu veleiro
Sempre em finais de janeiro

Vento que não se vê
Leva tudo pelo ar
E amanhã se prevê
Por si um eminente suspirar

Seguir em frente



Um dia por acaso nos cruzámos na estância
Te fintei com meu olhar ternurento
Tu fintaste o meu com notória distância
Que sem dificuldade alguma me tirou todo o alento

A vontade de sair daquela ilusão era pouca
A vontade de saíres daquela conclusão era maior
Nunca na vida me imaginei refém de uma mente oca
Tal como o ditado, cego que não quer ver coração ruim, é o pior

O melhor mesmo é deixar essa mulher ir
O melhor é seguir em frente
Partir sem rumo
Começar um novo presente

Viver um dia de cada vez
Partir à descoberta do amor
Esboçar um sorriso talvez.
Se me cruzar com a mulher certa



Gelada pena


Me ferem na batalha
O soberano me condena
Tudo porque cometi uma falha
E agora pago uma gelada pena

Do lado oposto olhar insípido
Sobre o meu, já desfeito
Ríspido na hora de me ditar a sentença
E o meu eu, em tom derrotista na hora de por Deus possuir crença

Não tenho poder de escolha
Toda essa regalia vai para o ditador
Um ás em ditar sofrimento e dor
Sentença? Asfixiado em uma bolha

Refém daquela eminente bola de neve
Que pela serra nevada derrapa
Abafa o meu esplendor breve
Que de uma morte reservada já não escapa

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A doença do amor


Estar doente numa cama de hospital
É  a mesma coisa que estar carente
É ter o desejo de receber um postal de natal
Estar enfermo é estar no seu imperfeito estado
Sem meio termo na vida
Estar doente 
Assim de repente
Sei lá..
Doente de amor!
Sei lá um demente sem valor
Os dias passam
Os meses escapam por entre os dedos
Os anos passam e os medos...
Esses prevaleçem!
Tal como a doença
Sem a tua presença por assim dizer
Fiquei a condizer com a doença
Um valor tão elevado de pagar
Chegar a velho e não ter um porto de abrigo
Ai esse é o maior castigo!
Mas no meu caso ainda tenho uma vida pela frente
Então porque ao invés de estar a contar estrelas contigo no céu
Porque ao invés estou em uma cama de hospital?
Doente e sem recursos
Acho que cheguei ao limite
Sinto ossos a estalar
Um corpo fraco!
Quero falar
Mas não sou capaz
Eu sou carente.. aparentemente, demente
Sem a mulher para preencher o meu coração
O coração de um ser doente com tumor
Um tumor que se chama a doença do amor

Poema curativo


Fala da maria das dores

Senhora enfermeira?

Fala da enfermeira

Sim necessecita algo senhora vieira


Fala da maria das dores

Sim! quero um chá de cidreira
Espere um segundo
Queria falar com o meu marido

´
Fala da enfermeira


Lamento o ocorrido mas hoje não é o dia ideal para o seu marido a visitar ao hospital
Você sofreu lesões graves


Fala da maria das dores


Ai só entraves 
Só entraves
Quero o meu marido felizberto

Ai és tu meu amor que aperto


Fala do felizberto

Ai maria queeufuria só de te ver
Que alegria meu amor


Fala da maria das dores

Ai felizberto olha para mim estou toda desfigurada
Já não me queres pois não?

Fala do felizberto

Claro que te quero minha querida
Essa ferida vai desaparecer com um leve cafuné
Deixa-me te cantar uma canção
Essa é a minha função


Fala da enfermeira

Desculpe mas você não é médico

Fala do felizberto

Mas sou um elemento cénico!

Sou um grande icone da lingua portuguesa

Sou anjo que caiu do céu

E que se aninhou no coração dessa freguesa

A minha maria

E para aliviar a sua dor lhe dedico um poema de conforto 

Da minha autoria


corre!


Por o mundo a girar
Caminhar sem rumo
Deixar o corpo se mover
Por o publico a se comover
Com tamanho sacrificio
Lutar pelo sonho de escrever
É puro vicio
Soltar versos
É puro vicio
Avistar corpos imersos
Na verdade  é o prazer
O prazer de brincar com a vida!
Que fazer?
Se a vida nem sempre é vivida como desejas
Se nem obtens
Tudo o que almejas
Mas são ordens
É a lei da vida
Luta e corre
Escuta o sonoro que decorre
É um sonoro de glória
Sente a euforia que se ouve do lado de lá
Já houve quem não saisse para contar a história
Muitos ficaram pela vontade
Mas na realidade só fica na memória do expectador
Não o refém do medo ma sim quem vai além
Quem corre em busca de liberdade

Mais uma vez..


E mais uma vez

No teu jogo voltei a cair
E mais uma vez
Perdi a vontade de sorrir

Mais uma vez

Voltei a nutrir paixão
Por alguém que de mim nem um pingo teve de compaixão

Tudo era bom quando estava ao teu lado
Mas mais uma vez o meu coração foi quebrado

Era suposto ser um coração quente

Era suposto o meu coração ser filho de boa gente

Mas hoje recebi um recado em forma de aviso do teu amante

E uma vez mais o meu coração do teu se tornou distante

Amor errante, o teu

Transformou em diamante gelado o meu

Coração selado

Envias mensagens a pedir para reatar
Não vês que este amor foi cancelado
E foste tu que acabaste por o matar

Atentaste contra o meu coração

Brincaste com os meus sentimentos
Fui teu abrigo à toa
Prometeste-me que faríamos uns quantos rebentos
Mas escolheste faze-los com outra pessoa

Para que lhe protejo

Se no fim das contas é que vejo
Uma traição no seu expoente máximo
Imponente mesmo após, teu golpe traiçoeiro

Sem qualquer dó apregoa

Mentiras contra a minha pessoa
Abusa da minha boa vontade
Só me deseja pura infelicidade

Eu não!

Eu desejo passear contigo pela cidade
Mas mais uma vez
Perdi a capacidade de sonhar
Cada traição tua
Me faz mais uma vez
De ti sentir nojo
De me envergonhar da mulher que se deita ao meu lado
Chega-te para lá que eu não sou o teu anjo alado
Não és Cinderela não
És cadela que não conhece o dono
Neste caso um cão
Que obedece às tuas ordens
Nunca estou perto de outras mulheres
Já tu a toda a hora em volta de homens
Diz-me o que queres?
Já vi que sou mais um pobre nas tuas mãos
A ser usado
Acusado de andar a ver filmes de traição!
E não há um pingo de paixão que por ti reste
Há apenas um sentimento de desilusão
A que eu faço alusão
Todos os dias
Todas as noites
Nas quentes
E até nas mais frias
Nas mais sorridentes
E nas mais sombrias

Há apenas um sentimento de desilusão

Que me cobre da perna à goela
Hoje sou vagabundo com a cabeça numa tremenda confusão
Passeando de luto pela ruela



Não desistas



Hoje passei na rua
Conheci um menino
No mundo da lua
Sempre muito triste
Sem nada para fazer cantarolava o hino
Acha que não existe razão para viver


Mas tens uma vida pela frente
Ainda és inexperiente 
Mas com o passar da vida vais entender
Que nem sempre o ser humano sorri
Por vezes também chora
Umas vezes ignora o que não presta
Outras cora por receber na cabeça uma festa

Se um dia disserem que és fraco
Diz a todos para colocar mais tabaco
Erguer a cabeça
Dizer em voz alta
Eu sou forte 
Eu não quebro
Tenho imensas ideias no meu cerebro 
Vou até ao fundo do meu ser
Eu vou mudar o mundo podem crer

A vida é linda


A vida é Linda
Cheia de amores
Que o diga a ermelinda
A vida é cheia de Flores
Todas de cores e odores

A vida é um percurso

Quando dás por ela já estás no fim do decurso

A vida é cheia de fanfarra e trabalho

A vida é cheia de obstáculos que o diga o atalho

A vida deve ser percorrida pela forma mais árdua


Assim a uma vida digna terás acesso

Não é a merginalizar pela rua que terás mais sucesso

A vida deve ser vivida

Sem pagar qualquer divida

Sonhar é sinónimo de vida e é de graça

Socializar também faz parte da vida

Mesmo com alguém que seja ou não da tua raça

Sorri

chora

Diz

Eu corri na vida para não ficar de fora

Não sabes mas

Deves viver a vida pois a vida é linda

Além do mais se for vivida a dois

Disfruta

Abre horizontes

Usa as ideias do publico como fontes para as tuas futuras criações

Viva a vida

Liberta as emoções

Fecha os olhos

Sente todas as vibações

Deixa-te contagiar

Pela natureza

Pela sua beleza

Poem a cabeça a viajar

Corteja

Deixa-te cortejear

Faz uma odisseia

Delineia objetivos

Mantem eles sempre ativos e vivos

A vida é linda

Cheia de razões para viver

E se for para reviver momentos bonitos que nos marcaram

Mais ainda








Me mentiu


Me mentiu
Me mentiu
Me mentiu
Me mentiu

Começou a mentira
Diz que vai ter com a amiga
Mas está com o amante na mira
E eu ingénuo vou na cantiga

Garantiu
Não ter mais nenhum homem
Disse que me ama
Mas palavras somem
Me mentiu!

Começaram as desconfianças
Haverá um terceiro elemento na relação?
Dos nosso dedos começaram a sair as alianças
Pois não há razão para ter uma prova de amor cravada no coração!

Me mentiu
Me mentiu
Me mentiu
Me mentiu

E esta noite não quero passar em claro
Quero fechar os olhos e contigo sonhar
Mas se ela diz que já não sou o principe de olho azul claro
Quem terei daqui em diante para me acarinhar

Ela disse no altar
Juras e promessas não iam faltar
Me amar para todo o sempre prometeu
Mas uma relação de anos compromeu

Nunca tirar do dedo o anel
O anel..
Todos os dias da sua vida me ser fiel
Fiel..

Mas não havia essa certeza escrita no papel!
Papel!

Ela me mentiu
Me mentiu sim
Ela me mentiu
E hoje a nossa relação chegou ao seu fim,

Partiu..
Partiu..
Partiu..
Partiu!






Não terás nada a temer



Querida não terás nada a temer 


Querida não terás nada a temer 


Querida não terás nada a temer 

Querida não terás nada a temer 


Há tantos anos que eu te amo
Há tantos anos que foges de quem no fundo amas
Com o coração sempre te chamo
Com indiferença sempre me tramas


Ainda assim à porta da tua casa, eu permaneço
Tu continuas a tua vida sem notar a minha presença
Eu choro... Pois de amor teu, careço
Essa tua falta se tornou em uma incurável doença

Tu podias ser feliz
Do que estás a espera?
Corta o mal pela raiz.
Deixa essa fera!

Fica comigo
Eu amo-te tanto...
Fica comigo
Não vês que eu posso ser o teu manto?!

Não vês que eu não aguento?!
Eu bem tento...
Mas todos os dias no teu prédio
A assistir a violência e assédio.


Fala do Manto protector

Diz-me
Estás mesmo feliz?


Fala da Amante hesitante

Não vês que sim?
Por isso é que todos os dias aquela besta faz pouco de mim


Fala do manto protector

Então porque não o abandonas?
Vamos fugir para as amazonas!


Fala da amante hesitante

Eu a ti me vou entregar
Vou dar um passo em frente
Ao teu lado estou disposta e enfrentar
O futuro e principalmente hoje
O presente
Vamos tentar!

Mas tenho receio
Oh
Mas tenho receio
Oh

Oh
Mas ao mesmo tempo eu anseio
Oh
Mas ao mesmo tempo eu anseio


Fala do manto protector

Oh
Então aceita
Oh
Então aceita

Eu estou aqui para te fazer feliz

Aproveita!


Fala da amante hesitante


Eu tenho um manto que me protege
Quando não tenho rumo, me rege
Trata-me como uma verdadeira princesa

Disso tenho a certeza! 


Fala do manto protector


Eu tenho diante de mim 

A mulher perfeita

Foi a eleita!


Se porventura tiveres medo
Segura a minha mão
Esse é o segredo
Segura a minha mão
Vês?
Tão calmo que ficou o teu coração...


Eu disse-te


Querida não terás nada a temer 

Querida não terás nada a temer 


Querida não terás nada a temer 

Querida não terás nada a temer


Enquanto eu estiver presente na tua vida.




terça-feira, 19 de julho de 2016

um até já


Fala de Edmundo

Olá desculpe o atrevimento mas como se chama?


Fala de Ema


Ai desculpe me chamo Ema

E você?
Decerto que com esse olhos azuis como os seus só pode ter um nome digno

Fala de Edmundo

E tem me chamo Edmundo


Fala de Ema

Ai príncipe de olhos azuis que se chama Edmundo

Me diga, você não pode ser mesmo deste mundo?

Fala de Edmundo


Ema acredite que faço parte deste mundo de insanos e apaixonados


Fala de Ema


Oh Edmundo não me trate por você

Trata-me por Ema

Fala de Edmundo


Claro Ema!

Oh Ema estás com uma voz tão triste
Tens algum problema
Se tens deixa-me solucionar

Fala de Ema 


Ai Edmundo são meus pais


Fala de Edmundo


Ema? eles são os tais que..


Fala de Ema


Sim ! eles querem sair desta vila

E me querem levar com eles
Mas eu não quero pois ainda agora te conheci
Entendes meu cavaleiro andante?
O que faço?
Oh meu príncipe me dás tu um abraço?

Fala de Edmundo


Claro que dou!

Até um beijo na testa
Posso ir mais longe
com uma festa no teu peito
Isto se me permitir

Fala de Ema


O que? Um beijo na testa

Tal feito no meu peito?
Ai Edmundo tal acto grosseiro..
Não posso consentir tal festa!
Eu não gosto de confusões
E se por ventura cedesse ao teu beijo
Ai Edmundo meu coração ficaria uma pocilga

Fala de Edmundo


Ema

olha-me no olhos!
Não vês?
Eles brilham
Não mentem
Eles fervilham
Consentem qualquer resposta
Mas por favor hoje deixa-me dar-te um beijo
Um beijo na tua testa e acalmar esse desespero.
Só um pouco de tempero..
Me deixa Ema
Eu prometo que no fim de tudo dou uma limpeza nesse coração
Prometo que nem um pedaço de pó ficará para contar a história

Fala de Ema


Ai!

Que calores Edmundo
Então me dá!
Mas antes disso
Preciso de flores
Flores!
Tenho muito calor
Ah aproveita vai á fonte e me traz um pouco de água
Pois esse meu corpo não aguenta
Ai Edmundo...Edmundo
Se soubesses o quanto estou sedenta para ter um cálice de água benta a escorrer-me pela venta

Fala de Edmundo


Ai então não sei

Nem me fales nisso Ema
Senão seremos dois carentes com calor
E isso não pode ser!
Aqui tens

Ai meu Edmundo só bens

Só bens!
Ai Edmundo seu desgraçado
Porque vens?
Porque não envias alguém para vir no teu lugar?
Será que não entendes homem?
Que te mirar me faz cada vez mais suspirar
Ai..
Vai embora
Não venhas
Ai!
Deus meu
Castanhas assadas
Quero uma dúzia

Fala de Edmundo


Mas.. estamos no verão!

Que importa?
Quero castanhas..
Quero água..
Quero flores..
Ai.. Quero tudo aquilo a que tenho direito
Ai Edmundo diz..
Diz que mas trazes
Por favor não te peço nada mais
Edmundo somente castanhas
Quentes... Tal como nossos corações ardentes

Aqui tens Ema

Castanhas quentinhas
Como o emblema que carregas
Maminhas que me deixam sem jeito
Ás cegas..

Fala de Ema 


Ai que delicia

Meu Edmundo
Tratar-me como rainha é pura malicia
Oh não!

Fala de Edmundo


Que foi meu amor

O que tens, asma?
Estás com a tua cara tão pálida
Parece que viste algum fantasma

Fala de Ema


São os meus parentes

Eles vêm me buscar
O que faço?

Fala de Edmundo 


Minha querida

Diz-lhes o que sentes
Que sentes amor por mim

Fala de Ema


Ai Edmundo não me deixes


Fala de Edmundo


Não te preocupes comigo será até ao fim


Fala de Ema


Edmundo é que sem ti ao meu lado

Sem ti é como estar no fundo do poço sem poder receber o teu amor..

Fala de pai de Ema


Ema!

Deixa esse homem
Ele não é futuro para uma jovem educada e com maneiras

Fala de Ema 


Linchada...

Mereço ser linchada!
Maneiras?
Ai pai meu eu não tenho maneiras
Eu perdi as estribeiras com o meu amor
Fiz dele gato sapato
Pequei
Ao Edmundo pedi este mundo e o outro
Lhe pedi castanhas
Lhe pedi flores..
Eu pedi o pior que se pode pedir
Pedi o seu coração!
Eu mereço ser condenada..

Fala de Edmundo


Não Ema!

Não conte nada ao seu pai
A Ema é inocente
Eu é que sou delinquente!

Fala de Ema


Não Edmundo meu amor

Está na hora de ser crescida
Está na hora de assumir as minhas responsabilidades
Meu pai têm de saber o tipo de monstro que eu sou

Fala do pai de Ema


O que?

Tu pediste flores?
Vais sentir dores
Vou-te recambiar para um colégio interno!

Fala de Ema


O que?

Ficar presa num reformatório
Sem poder ver Edmundo
Será um inferno!
Um inferno..

Fala de pai de Ema

Tu pediste assim Ema
Filha minha não pode ser bandida

Fala de Ema


Ai.. Amor da minha vida!

Já que não podes ficar com o meu suspirar
Toma, fica com o meu colar
Para te lembrares de mim
Só te peço, não me julgues

Fala de Edmundo


Oh Ema tu só me pediste flores


Fala de Ema


Não, eu pedi o teu coração

E não mereço perdão!

Fala de Edmundo


Não!!

Ema..
Sabes eu tenho um lema
É não desistir da mulher que me fez homem

Fala do pai de Ema


Filha não temos tempo a perder

Despede-te desse marmanjo

Fala de Ema 

Ai Edmundo foste o melhor que me aconteceu
Foste um anjo..
Este coração enfraqueceu
Com os olhares que atiravas sobre os meus
E agora?
Diz-me o que vai ser do nosso amor?

Fala de Edmundo


Ema..

Só um beijo
Dá-me só um beijo!

Muhaa


Fala de Ema


Oh Edmundo promete que os nossos corações ainda se voltarão a cruzar

Fala de Edmundo

Oh Ema prometo..


Fala de Ema 

Adeus Edmundo


Fala de Edmundo


Não Ema!

Isto é apenas um até já..



quinta-feira, 14 de julho de 2016

Reclamador


Olha que dia agradável
Onde estou?
Sentado num banco
Olha que lindo
Montes de vermes não param de ladrar
Eu fico com cara de parvo a olhar
Será que fico
Ou será que me levanto e vou embora
Não sei qual será a hora mais indicada para sair daqui
É que na verdade eu sou..
Mazuquista
Muitas vezes pessimista
Uma escola mista cheia de alunos
Ou será uma escola egoísta cheia de gatunos
Já fiquei mais perto de me retirar
Quero agradar mas também não tenho nada para dar
Ficamos assim?
Pareçe que sim
Foi bom
Fiquei um longo periodo de tempo sentado no banco
Porque abanco e me esqueço do tempo passar
Perdi minutos e segundos da minha vida dentro de 4 paredes
E não recebi nenhuma recompensa
É uma ofensa para mim não receber nem um centimo
Acham que ando aqui de graça?
E a minha desgraça não conta?
Quero uma nota de 20 euros
Acho que não me expressei corretamente
Ou são voces que me tomam por demente
Caramba danço samba na esperança que reparem em mim
Vocês vem com matança e estragam o momento
Sou parvo acho que ainda não acordei para a vida
Mal agradecido?
Mal agradecida!
Essa vida que não condiz comigo
Que me diz
Tomem cuidado esse aí é um perigo
Adeus vai pela sombra
Aqui só se formam aguaceiros
Ou tens contigo um guarda chuva
Ou vês a tua vida pelos tinteiros
Mania que as pessoas têm de achar que a vida é cor-de-rosa
Bem longe de ser amorosa
A vida é negra
Porque o jovem desobedece á lei
Foge á regra
O que foi que eu falei?
A vida não é como tu pensas
Hoje estás a festejar em casa do teu amigo
Amanha estás a rastejar pela rua como um mendigo
Ah pois é bébe, choné
Deixa essa faceta de nigga
Tira o boné
Esse teu ar de convencido dá-me volta á barriga
Já falei o que tinha a falar
Fica com deus
Que eu voltar para o meu lar



uma só


Descobri algo novo
Sou um achado para o povo
Para eles sou um renegado
Mas me revolto nas noites frias
Exijo alento
E depois aí terei forças para mostrar todo o meu talento
Para todos vós tenho a dizer que sou vosso porta voz
O povo não fala
O povo não se mostra
Á primeira oportunidade se cala
Então que foi feito de vossa ginga
Não lutam por vossos interesses
É que eu hoje me cheguei á frente
Luto pelos meus e vossos interesses
Querem uma vida mais justa e digna?
Querem abertura de hospitais?
Querem que a educação prevaleça?
Querem que a doença cessa?
Então confiem
Confiem na voz
Esta terra não é só o Joaquim ou o Manuel
Esta terra é a força de cada um
É a garra com que cada um se manifesta
quando sai por aquela porta
A força está na energia que cada um de voz liberta e que felizmente me deixa alerta
E com o desejo de falar por voz não que sejam incapazes de se expor
Cada um é útil
Mas ainda não estão preparados para superar aquele que para voz é o vosso maior medo
Sabem eu também tenho medo não pensem
Mas se queremos lutar pelos nossos interesses temos de nos fazer ouvir
A nossa voz tem de se ouvir para lá das fronteiras
Vamos mostrar a nossa descontentação
O que nós queremos?
Liberdade?
O que nós queremos?
Igualdade
O que nós queremos para esta terra?
Postos de saúde
Queremos educação
Queremos postos de trabalho
Queremos ordenados justos
Queremos acima de tudo que nossa voz seja ouvida
Quem somos?
Somos o povo
Ainda novo
Ainda inexperiente
Mas temos um porta voz
Que luta por nós
E que diz que nossa força unida é uma só





Em busca do meu eu


Passo entre ruas
E não me encontro
Bato ás portas
O meu eu não responde
E agora onde?
Onde acho o meu eu
Não sei o que foi feito dele
Se perdeu entre ruas
Me encontrar é a mesma coisa que achar uma agulha no fundo do palheiro
E agora o que me dizes
E se eu nunca mais me encontrar
vá deixa o meu eu entrar
Entrar de novo nos meus 5 sentidos
Mas ele não cede
Não responde ao meu pedido
Meu eu não encontro
Meu eu perdido
Foi esquecido
Entre ruas
Um eu de luas
Hoje se mostra para mim
Amanhã já não está afim
E se esconde
Para onde foi a tua alma?
Julgava te conhecer com a palma da mão
Mas afinal tens segredos para mim
Hoje dizes sim
Amanhã dizes não
Vou continuar a procurar
Até te encontrar
Até me curar desta doença
Que é viver sem o meu eu...
Se passo em qualquer rua e minha sombra não dá sinal de vida
O que é que se passou
O que é que mudou
Onde tu estás...
Meu eu..
Dá-me uma palavrinha
Dá-me conforto
Dá-me estabilidade
Dá-me o teu eu e vincula-te
Une-te e façamos figas para que este laço entre nós dois, amantes siameses jamais se quebre