sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Congelado No Tempo


Dias frios , Dias quentes
Nem um sussurro nem uma brisa
Os dias já não eram os mesmos
Na rua não se encontrava ninguém
Todos tinham sido consumidos pelo vento
Sobrava eu apenas batalhador destemido
Impávido quieto como um relógio parado no tempo
Diria que foi a forte brisa do vento a responsável
Por mais que eu me quisesse libertar e sair daquela situação nada podia fazer
Meus braços.... Minhas pernas... Meu coração Assim estavam Assim permaneciam paradas, nem um movimento.. nem um olhar nem um gesto... nada..!
Estava eu confinado aquele duro e triste destino 
Mais um instante e nada mais sobrava só as memórias
Era então hora de ser consumido pelas forças do vento e do Gelo.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Diferenças




Perguntaram-me se rir e chorar é a mesma coisa Não!
Rir é o contentamento estampado no rosto Chorar é a chuva, o sofrimento e o abismo Que tentamos sempre saborear com outro gosto!

Se vermelho e azul tinham o mesmo significado Azul é a cor do céu e da força leviana do mar Vermelho é a cor do sangue e da guerra!
Sempre disposto a matar!

Se, o dia e a noite tinham o mesmo sentido O dia é claro hora de despertar novas conceções A noite misteriosa, aparição de planetas, estrelas e constelações

Se viver e morrer tinham o mesmo gosto Viver é sentir o nosso coração a palpitar Gozar a vida e tudo o que ela tem para nos dar Morrer é passar na rua, levar um balázio e o nosso coração parar

E se a coragem e o medo andavam de mãos dadas Coragem é a ausência do medo Saltar de uma ponte sem ter medo daquilo que possa suceder E o medo é o receio de ficar no fundo do poço sem poder ver o sol nascer





quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Preso Nas Amarras do Coração



Ali estava eu naquele canto olhando o vazio
Olhar ingénuo e sério 
No fundo do meu coração pensamento sombrio
Das amarras profundas me tentei libertar 
Meu senhor que fiz eu para merecer tal castigo?! 
Nesse instante só me restara orar 
Nesta prisão das amarras permanecia cada segundo
Cada instante que passava me sentia um vagabundo
Sem destino, Sem rumo
Sentia um aperto forte como se rasgasse meus pensamentos...
Meu coração!
A partir daí senti não ter mais salvação 
Nem Meus rugidos de raiva de alguma coisa podiam valer
Nesse instante me sentia a desfalecer 
Das amarras Malignas não podia resistir
Minha Alma não tinha mais remédio senão partir 
E assim minha alma se afundou como o Titanic.