segunda-feira, 27 de junho de 2016

Dor no além


Sou um anjo
Anjo ferido
Tocando banjo
Minhas asas sangraram
Minhas asas faliram
Já só consta um triste gemido


Tomei um copo de vinho

Fraco, o copo se partiu
No seu interior continha um espinho
O consumi e o meu coração se feriu


O sangue escorreu

Tu com prazer o bebeste
Nessa noite fomos dois sangrentos
Dois pobres sedentos de seiva
Repletos de ferimentos...


Agora vamos para o céu

Vamos engolir a dor
Esse cálice de sangue 
Que minha orquídea com satisfação bebeu

Hoje amantes desolados
Em tom bélico
Desafiamos o céu que sorri maquiavélico
Que bota nossos corações em uma cela e os deixa uma vida inteira enjaulados

A meu ver
Tenho olho despedaçado
Sorriso rasgado
Impossível me mover

Meu braço a custo se estende
O teu já todo fraco a rastejar 
Por fim sem forças se rende
Tudo pelo céu corado, esse robusto alvejar 

Meu coração ainda bate
Nisto se dá um segundo tiro
Abate ao meu coração!
Solto um último suspiro
Atentado ao anjo...
Atentado ao paraíso

Orquídea aquém 
Anjo refém
Dor no além


domingo, 26 de junho de 2016

Olha que dois!


Dois.. que dois!
Se sussurro ao teu ouvido
Se acalentas o meu coração com o teu gemido
Olha que dois..
Se corremos pela estrada como dois loucos
Se gritamos um pelo outro já quase roucos
Olha que dois!
Se bailamos com muito amor
Se amamos com tanto ardor
Olha que dois!
Se cantamos com ajuda de um microfone
Se tocamos com um saxofone
Olha que dois!
Se cuidados um do outro em momentos de doença
Se ainda permanecemos ao lado um do outro em período de convalescença
Olha que dois!  

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Imundo


A noite chega
Sentado no cadeirão
Os meus olhos traduzem cansaço
Mas eu não fiz nada hoje?
Cansado do passado..
Cansado de nada e de tudo
A noite chega
E um coração apreensivo que não sossega
Um olhar sujo!
O cujo que nunca teve brilho
Sempre seguiu um trilho pouco asseado
Alheado aos parâmetros de higiene
Foi do gene que herdou
O passar dos dias, meses e anos refém
De uma imundice que nunca desgrudou

Grande dor de cabeça


Estou presente
Presente no hospital!
Mas a minha mente....
Sofreu atendado fatal
Estou presente...
Dentro de 4 paredes
Aprisionado pelas suas redes
Preso em enredos
Repleto de aflições e medos
Estou presente...
Presente no hospital!
E não há condições para me sentir consciente..
No meio em que me encontro, esse meu grande mal!
Nela uns quantos com infeçção
Uns quantos com doença
Uma grande dor de cabeça!

Eu era...


Eu era. Verão, inverno e outono em quimera sem a presença da primavera
Eu era. Um barco à deriva sem alternativa para regressar a terra
Eu era. Um tarado, marado da cabeça. Mas isso é o menos importante
Ah! Também era um homem cheio de desejos
Aqueles sem fins lucrativos!
Só desejos fugitivos!
Eu era. Uma fera onde morava a adrenalina
Hoje sou bicho que já não espera para morrer
Eu era. Um tanto envergonhado/um sem vergonha
Eu era. Uma andorinha que voa, lança peçonha e magoa todos os entes queridos, os que soltam gemidos de dor.
Eu era. Um homem com charme, um homem sem amor
Eu era. Um homem corado no meio de uma loura e de uma morena, serena e amena.
Eu era. O inicio e o fim de uma nova era.
Eu era.

Lamentações



Andamos sempre
No empata, empata
Andamos sempre
Esperando a próxima etapa

Andamos sempre
De mal com a vida
Andamos sempre
De cabeça para baixo
Quando na realidade devíamos andar sim de cabeça erguida!

Andamos sempre
Sempre a ser comandados
Agimos sempre mas sempre
Como uns autênticos paus mandados

A escrita. Deixamos para o vizinho do lado
A escrita. Sempre transcrita para o papel pelo opositor!
Tão triste. Quando na poesia devíamos ser nós próprios, o fio condutor!

Sem norte


Olha o sul
És um homem sem norte
Olha o azul do mar
O teu ar, o teu contraforte!

Caminhas sem rumo pela estrada
Mas sempre com um sorriso
Sempre esperando que a amante te faça uma visita guiada
Ao teu coração, ao paraíso!

Procuras respostas
Bem no fundo do teu coração
Sobes várias encostas
E guardas todos esses momentos no teu livro de recordações


Não sabes quem és
Andas para com a vida de lés a lés
Não sabes quem te fundou
Serás o homem que no mar se afundou?

Passeias pela praia
Sempre irrequieto
Com ideias a mil
Esperas o clima invernal de Dezembro?
Ou o clima ameno de Abril?

Observas as gaivotas, enternecido
Vagueias nesse trilho, um dia já esquecido
E então se dá um grito de revolta!
Um passado que já não volta
Uma memória que já não possui história!


Um homem repleto de lembranças que somem
Hoje o destino foi cruel!
Hoje eu quis escrever...
Sobre os meus delírios e medos...
Tinha caneta mas me faltava o papel
Como podia expor eu, todos os segredos que guardo na cavidade mais escura do meu coração?
Já há muitos anos, fora fechado!
Um coração cheio de planos...
Planos que há muito tenho por cumprir
Mas fazer o quê
Esta vida não me quer sorrir

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Atira!


Tu consegues!
Afina a mira
Atira, dispara!
Não para!
Tu consegues!
Tens o alvo mesmo na tua frente
Não vaciles, agora é uma boa oportunidade
Olha para o teu adversário parado a olhar á espera de ser chacinado
Olha agora, acerta no dedo mindinho de Aquiles
É o seu ponto fraco
És novato nunca disparaste na tua vida
Tens uma arma
Tens uma chance
Desarma o teu alvo
Ele também se encontra no lance
Quem dá mais tiros?
Quem arranca mais suspiros?
Serás tu opressor da PSP?
Ou o teu opositor da RTP?




Caprichos



A toda a hora.
Me dás permissão para entrar no teu coração 
Mas logo me chutas para canto, me mandas embora!
A todo o segundo me dás a conhecer o teu mundo
Mas no fim das contas te cansas e me mandas para o fundo do poço
Já não sei o que fazer...
Chego a achar que nunca te cheguei a conhecer!
Para ti nunca tive segredos
Mas já tu tinhas tantos...
Tantos medos!
Não tinha mistérios
Mas tu decerto tinhas e dos sérios!
Hoje bates á porta
Perguntas se podes entrar no meu coração
Que importa?
Dizes bem, que importa...
Sou como uma horta
Deixo que me vasculhes
Deixo que me entulhes de beijos sobre a face
Como vês, para mim está sempre tudo bem
Hoje acordei e decidi te dar o beneficio da duvida
Já sabia que seria tempo perdido da minha vida
O homem sempre... sempre convida a mulher a entrar na sua casa
Mas ele recusa!
Recusa um carinho meu
Recusa a blusa que comprei de propósito para ela na salsa
Falsa!
De manhã sempre com sorrisos
E no fim do dia só dividas e prejuízos
Jurei vezes sem conta na minha cabeça
Nunca mais ser um tonto
Nunca mais te dar desconto
Mas como sempre tu és o meu ponto fraco
Mas não importa
Porque ainda assim...
Morrerei hoje
Morrerei amanha
Morrerei as vezes que forem precisas para voltares a ser a minha rainha... e eu voltar a ser o teu rei 

Espelho


Eu vou...
Eu vou á casa assombrada!
Quando entro o meu medo é bastante notável frente a espelhos que levam a melhor, ditam o pior de mim, uma alma fraca e opaca!
Isto não pode ser verdade!
Eu não sou empecilho, eu tenho brilho!
Eu tenho sentimento e emoção mas frente a todos os espelhos sou apenas uma aberração
Eles ditam um homem porco, um homem sem maneiras
E se eu por ventura partisse esses cristais? os tais que não mostram sinais de arrependimento para tamanha tortura para com a minha pessoa!
Será que iria viver bem com o meu estado de espírito?
Mas que posso eu fazer?
Eu? um homem com tudo para ser feliz, me deixar humilhar ao ponto de me dar por vencido, um fraco sem imposição...
Ai Ai.. se eu morresse! 
Já não seria para vós um estorvo, um turvo que nem um Hobby saudável possui, apenas um looby na PSP, um homem que nem coragem têm de encarar o mundo real
Sou eu...
Será o espelho que me leva a torturar o meu próprio subconsciente?
Ou serei eu que não me consigo curar deste complexo tão eminente que carrego no meu psicológico, que de tanta recriminação constante já nada sente..

Qualidades e defeitos



Tenho um coração mas

No seu interior não tenho um canteiro
Não tenho uma flor
Não tenho o seu cheiro
Muito menos o seu calor

Já tenho a vida feita mas mesmo assim...

Não tenho direcção
Não tenho melodia de eleição
Não tenho perto de mim um cupido que atente com uma seta no meu coração
Muito menos critérios suficientes para atingir os níveis de perfeição


Mas a vida não é só de coisas más

Tenho bons valores
Tenho uma saudação calorosa para com a prosa
Tenho dentro do meu armário uma caderneta com todos os nomes dos meus futuros amores
E também com eles vários apelidos tais como Areosa e Barbosa

Também sou um dom Juan

Tenho delicadeza á mesa
Tudo o que faço têm de ser feito com exagerado rigor
E ao mesmo tempo com uma moderada subtileza
Sempre dentro dos parâmetros de vigor




Um lindo sonho


Ei bebe
Hoje eu tenho
O amor que tanto procuras
Está mesmo diante do teu nariz
És linda e inocente
São as palavras mais sinceras e puras
Oh bebe eu não sou feliz
Sou homem incompleto
Repleto de mágoa
Repleto de vazio
Mas bebe a história bate certo
Sou vagabundo, destino incerto, o meu
O teu... 
Ainda têm conserto! 
Vêm para junto de mim
E acalma este aperto que se gera à volta do meu coração
Fico sem norte
Vêm!
Vamos por fim à nossa infelicidade
Vêm! 
Vamos sonhar...
Vou hoje passear
Vêm-me acompanhar!
Na relva, deitado ao teu lado que assim seja
E que desse lindo sonho eu não possa mais acordar

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Adeus morte!


Tenho vontade de aprender
Então porque me deixo prender pelas cordas que me impossibilitam ascender?
Tenho um desejo ardente nos meus olhos
Um desejo de vencer!
Um desejo inegável de progredir
Mas cada vez que as cordas se aninham ao meu peito e se entrelaçam no cujo é nesse momento que me sinto a regredir 
Não tenho conta, peso e medida na minha vida
Ter ideias...
Ter um enorme leque de vocabulário a escorrer pelas minhas veias será pedir muito?
Eu grito!
Eu agito, movido pela raiva as malditas entranhas
Eu me revolto
Eu me volto de costas para a morte
Porque não quero!
Decerto não quero passear pelo inferno de mãos dadas com essa dona
Recuso-me 
Nisto sinto...sinto uma aura carregadinha de energias positivas
Pedem versos, pedem quadras, enquadradas na 1ª pessoa
Ai... me dêem!
Experimentem me passar uma caneta para a mão
Experimentem me dar uma folha em branco 
E cada flanco será preenchido com o meu coração sobre a vossa vigia 
Hoje me liberto  desse aperto tão impertinente
Não será hoje!
Não será hoje que irei morrer
Ainda sinto o meu coração a bater
Ainda ouço os cânticos dos passarinhos
Já não sinto a morte puxar-me pelos colarinhos
Fui forte!
Dei uma nega na morte!
Hoje tenho sorte!
Estou aqui de carne e osso
Frente á vida... frente á escrita
Frente ás quadras e aos versos que provocam em mim tesão ao extremo
Abaixo morte!
Ass: Deus supremo
  

Pequenos detalhes


Fogo aquece
Gelo arrefece
Coração estremece
E de carência o meu intimo padece 

Um beijo conforta
Um abraço acalma
Uma palavra é uma porta de afirmação
E um gesto teu faz tamanha diferença no meu coração

O homem não é nada mais que inocente
A mulher é nada mais que traiçoeira
Todo o seu paleio o homem consente
E cai que nem um patinho na sua ratoeira

Um muito obrigado
É sinal de educação
Um homem no teu peito abrigado
Da tua parte é sinal de preocupação

A cura para o amor
É uma boa nova
A maior Tortura
É um homem com tuberculose de caixão á cova

O teu sorriso
Para mim é sinónimo da contentação
O meu sorriso
Para ti é apenas antónimo de ostentação..

Um pedaço de nada!



Me deu um beijo
Me deu um abraço
Mas foi tudo tão à pressa...
Que perdi o fio à meada
Fiquei sem nada!

Sim é verdade.

É verdade!
Eu recebi um beijo teu é certo
Eu recebi um abraço teu sinónimo de aperto
Mas não foi com intensidade
Foram só carícias apressadas

Que foram feitos dos leves beijos?

Que foram feitos dos leves abraços?
Que para mim hoje se tornaram tão mas tão breves
Souberam
Sei lá... Tão a pouco!

Insatisfeito

Voltei a pedir um beijo
Ao invés recebi um queijo
Ao seu lado um bilhete com um adeus
Voltei a pedir um abraço
Mas foi com grande tristeza que recebi um pedaço de nada!


Dois caminhos


Um longo percurso
Chegar até á fama
O ultimo recurso
Talvez arranjar uma dama

O meu percurso
É recheado de obstáculos
Doenças, desgostos de amor
E ao mesmo tempo uns tantos espectáculos 

O meu percurso
Não é jogo da glória
Não é a entrada em concurso
É um objectivo bem vincado de chegar á alegoria da caverna

Anota aí no teu caderno
O meu percurso
Ainda está longe de chegar ao inferno
Faltam no mínimo duas ruas

Sou de luas
Tenho duas alternativas
Tenho o meu percurso
E uma decisão que irá mudar o curso da minha história

Me dão um boneco de anjo e diabo em vudu
O condão para ser um santo
O condão para ser um demónio
Decidi quebrar o tabu e ser um Belzebu  

É tudo!


Um beijo...
O que para ti um beijo significa?
É que para mim é algo que fica!
Para ti é só um contacto, um trocar de salivas
Para mim é um acto
Um acto de amor!
Para ti é a prática de parapente já em declínio

Para mim um beijo é o bloquear da mente por uns segundos
É um fechar de olhos por um momento, onde o seu reabrir é incerto
É uma viagem ás maldivas de tal passeio entre duas salivas
Um beijo não é só um contacto
É um pacto que jamais selado não pode ser cancelado
Um beijo... é cego, surdo e mudo
Não sei quanto a ti mas,,,
Para mim um beijo é tudo!

Memorias


Houve um homem...
Outrora abandonado
Pela estrada fora
Memórias que hoje já não somem

Houve alguém
Um alguém pouco experiente
Do amor sempre aquém
Com falta de nutriente...

Falta de vitamina
De nome , Amor
Á qual o coração contamina
De muita sujidade e ardor

As impurezas...
Essas lançadas ao rio
Um homem sem defesas
E a amada horas e horas...
Noites passadas ao frio
Para sentir presente as sobras
As sobras do seu amado, hoje fora de seu poderio...

Coração malandro


Se me dás o teu amor
Não abro mão a ninguém
Se me dás o teu calor
Eu darei também
És tu
Es tu
Todas se aproximam para me dar amor
Mas tu és a única
És a única que faz o meu coração balançar
Que me faz avançar,e ir em direção ao teu coração
És humilde, negas um beijo meu para ter fazeres de forte
Ao invés abdicas do teu grande amor e dás prioridade aos deveres da escola
És tu
És tu o meu grande amor
Eu sinto vontade de beijar esses lábios vermelhos e me perder nesse labirinto sangrento
Tu também sentes vontade de beijar este estupor
Um estupor louco por um beijo 
Rouco de vontade de beijar e cortejar essa rainha que sempre tomou conta da minha vida mesmo de forma indirecta sempre foi a recta que segui...
Hoje a custo consegui dizer
És tu
És tu a mulher que eu amo
És tu a quem eu chamo de meu amor
És tu 
Todas abrem a sua mão para mim
Mas nem todas têm um coração do teu tamanho
Um coração delicado e ao mesmo tempo tacanho em admitir o que no fundo sente
Coração malandro e reticente
Coração que por trás carrega um sorriso estampado na cara
Frente a mim sorriso chapado
Directo e sem meandro
Coração malandro


O que busco?


O que busco?
Como tantos outros, ser feliz
Ter uma vida desafogada, sem preocupações, sem dramas
Busco assistir a tramas de amor que me deixem colado ao ecrã
Busco ser um sapo vinculado a uma rã
Busco por casualidade, a minha própria identidade
Busco orientação, busco aceitação, igualdade e continuação de boa tarde, boa noite
Busco o paraíso... porque de demónios já está o inferno cheio!
E eu busco ser um anjinho mas atenção, sem aurela!
Busco ser um vagabundo sem destino e sem rumo a vaguear pela ruela
Busco a paz interior 
Busco pertencer uma classe superior á do prior velho
Ser respeitado...
Despeitado quando chegar a idoso?
Nunca!
A dignidade!
Os padrões de igualdade nunca devem passar de moda
Tal como um bom vinho deve passar de geração em geração
Busco aquilo que ainda não encontrei
Busco provas para desvendar o que ainda não desvendei
Se vendo os olhos como posso eu buscar se não vejo?
Eu busco o inalcansável 
Eu busco nos meus sonhos o impensável
Busco uma mulher cega
Que mesmo que por ventura a encontre
De que serve se ela não me serra com o seu olhar....
Eu busco em vão uma mulher que não me vê!
Eu busco em vão uma mulher que não lê os meus pensamentos!
O que busco?

Alma perdida


Procuro por ti.

Na rua
Na avenida 
Na tasca
Nem sinal teu minha querida.

Nem no quintal

Nem no meio rural
Tanto animal à beira da mãe natureza
Mas nem sinal da tua beleza

Eu procurei por ti...

Procurei todos os dias
Todas as noites
Mas tu levavas a tua vida em correrias

Procurava arranjar motivos de comemoração

Dava festas para a tua ausência esquecer
Mas o meu coração.
Ele só pedia para adormecer

Porque de ti não havia rasto

Uma dor enorme e infinda
Abracei o teu corpo como um padrasto
Um corpo de ida sem vinda...

Não consigo ser indiferente

De mim escapaste
Hoje já nem desembocas na minha nascente
Daí em diante a minha respiração abafaste

Será que foi algum demónio que te levou de mim? Anjo caído

Se foi... Nem que eu percorra o inferno
Nem que eu morra nesse inverno
Pela tua ausência ainda mais arrefecido, sem toque de primavera
Mas percorrerei essa esfera sem fim que não tem dó de mim
Será que não sentes?
Decerto não sentes!
O meu corpo... Ele não aguenta a tua ausência!
Tanta violência da tua parte que afugenta o desejo do infinito, de encontrar esse amor que não me quer sorrir, ao invés prefere partir do que me fazer feliz...
Na ilusão de te encontrar escrevo hoje neste caderno por escrito


Procuro por ti.

Na Lua cheia
Na avenida 
Nas horas de almoço e de ceia
Nem sinal dessa alma perdida...




Fases do amor



Ontem.... Ontem foi um beijo!
Hoje... Hoje foi abandono!
Amanhã... Amanhã será o desejo que dês trela a este cão sem dono...

Ontem foram contadas 1001 histórias de príncipes e princesas
Hoje são só balelas contadas na primeira pessoa
Amanha serão contadas apenas insossas histórias

Ontem foram juras admissíveis
Hoje foram só duras injurias 
Amanha serão pequenas garantias de uma paixão sem fim mas com os dias contados

Ontem foi a minha vontade
Hoje foi a tua maldade
Amanhã será a existência de uma barreira que nos irá separar para toda a eternidade

Sou carente!


 Sou carente! Quando tenho a minha mão dormente e necessito da tua para a acalmares 
 Sou carente! Quando tenho meu coração gelado e falta o teu chocolate quente para me confortar
 Sou carente! Que fazer? Não consigo ser indiferente à beleza dos mares
 Sou carente! Sou telemóvel e necessito as tuas mãos para pegar e transportar
 Sou carente! Sou transparente em sentimentos facilmente se nota quando sou vidro sem película aderente
Sou carente! Carente quando te vejo ao longe e sinto uma vontade insana de beijar essa tua boca de porcelana
Sou carente! Sou um carro sem gasolina 
Sou carente! Sou magro e preciso de vitamina C para ganhar uma nova rotina na minha vida
Sou carente! Tenho tantos produtos para por em prática o prato que desejo consumir mas falta esse ingrediente chave
Sou carente! As notas não se ajustam, falta a clave de sol...
Sim sou carente! Quando chega o serão e falta esse toque quente e agradável com sabor a verão
Sou carente!

Dançarina no vento



Sentes um friozinho na barriga?
Sou eu o ar puro!
Deixa-te deliciar por esta ensurdecedora cantiga
Que deixa o teu ouvido na lua por tal sussurro
Que te põem a dançar e a pensar num futuro vivido para o balé
Ai.. dançarina que não tira o pé do chão, que não se deixa alcançar pelo vento
Tu danças contra a sua vontade num triste lamento
Vês? a tua saia levantar voo?
De certo não és um avião
És um peão que gira
Devido ao vento que te vira do avesso
Sou eu o vento, a arma de arremesso que te põem a delirar
Sente o ar puro que te aconchega e sossega o teu coração
Sente o furacão katrina que deixa a tua cabeça num verdadeiro turbilhão
Sou eu o vento, que esbate nos teus cabelos em tom de oração
Sou o papão, o senhor ventoso, e invernoso que quando de ti arranca um gemido de dor se dá por vitorioso

A Poesia...



A poesia é um pedaço de esperança para toda a criança que já não sabe o que é sonhar
Salva o poeta da vida monótona e lhe traz um pouco de humanidade e sanidade à tona
Lança charme com versos e quadras digna de poesia que cobiça
Poesia caçadora, e o poeta a presa na sua teia castiça
É a poesia uma surpresa agradável no meio de tanta categoria ralé e de primeira
É droga para o seu coração de profeta hoje atingido pela seta da poesia
É a poesia que joga com a emoção do poeta em estilo Pingue Pongue
Uma poesia descarada sem maneiras que se estende de Portugal até Hong Kong
Atiça o rastilho na lareira e se avista uma gravura de uma caneta na labareda
Palavras escondidas no fogo mas reunidas no jogo de sedução
Podem não se ver as palavras nem as quadras mas se pode ver a imagem de um poeta
A imagem de um poeta consumido pela fantasia da poesia
Agora Sumido devido à alta chama da poesia!
No outro mundo tenho as mãos calejadas pelo quente
Tenho pernas queimadas pelo fogo ardente
Uma poesia que não perdoa Fernando pessoa
Acalenta com a palavra, e quando a presa se deixa reconfortar
Então ela esquenta o seu corpo e mata sem avisar...

domingo, 19 de junho de 2016

O menino da terriola



Hoje o menino da terriola com alguma mesada dada pelos papás voltou a estudar
Largou o campo e foi para a escola
Lá aprendeu matemática e toda a sua temática
Aprendeu a língua portuguesa e toda a sua gramática
Hoje o menino da terriola pôs em prática toda a sua inteligência
Pôs as mãos á obra e hoje já não necessita pedir esmola
Pois hoje terminou os estudos, arranjou um emprego e têm dinheiro que sobra 
Hoje ao menino da terriola não lhe falta nada.
Hoje o menino da terriola sabe ler e escrever
Aprendeu com os melhores professores
Foi nos corredores da escola que conheceu um amigo parreco que também era pobre
Estava marreco de aprender a contar até 100
Por fim saíram da escola, se formaram em gestão
Se casaram aos 30 anos pelo civil
E hoje ainda vão ao café, retomam a sua amizade
Hoje o menino da terriola é velhinho
Recorda com carinho o ancinho que usava para lavrar a terra
Hoje o menino da terriola faz um juramento de bandeira onde enterra todo o seu passado e toda a escola da vida
Que lhe deu de guarida e lida em modo carreira.



O que vejo em mim?


Vejo em mim o lar doce lar que tu és quando me acolhes
Vejo em mim um marinheiro sem coordenadas para lançar as amarras
Um vagabundo sem destino em um universo imundo
Um homem perverso maquinando contra a tua saia
Um coelho da Páscoa esperando que tu abras e desfrutes do brinquedo
Sou um presente de natal com laço á espera de que quando seja desembrulhado receba
um abraço teu
Sou um livro esperando que tu folheies e leias as odisseias que se encontram por entre as
teias repletas de ilustrações.
Sou a sombra que assombra um par de garinas, bailarinas da noite
Sou a dança que não se cansa de rodopiar por entre as avenidas
Sou a desgraça que para vós pouco ou nada acrescenta ter uma pontada de graça
Sou um palhaçinho com nariz vermelho que com uma engraçada rima, anima o vosso
serão
Sou poeta que dança ao sabor do vento e das palavras
Sou eu um homem cheio de facetas
Há quem diga que sou vedeta de Hollywood
E eu digo que sou fast food para a sociedade...

sábado, 18 de junho de 2016

Grito..


Vêm carinhosa
Vêm devagar
Preenche os meus sonhos a cor de rosa
Carrega no botão iniciar
E causar dolor
Tenho desejo de sentir a tua mão
Junto com o teu calor
Bem no cantinho do meu coração
Vem calmar
O meu coração 
O meu coração
Oh.. vêm me amar!
Com o por do sol, se dá o serão
E eu grito já sem esperança de alcançar a moça airosa
A tua sombra cada vez mais se distancia
Grito sem fim perante a dança da lua mentirosa
E tu do outro lado da estância caminhas em direcção oposta
Fico sem resposta, preso a uma noite que não sorri para mim
Para ti é indiferente se fico ou não carente
Serei eu um louco?
Mas é que o beijo que me deste soube a pouco!
E hoje exposto numa folha de papel sou alma sem essência
Preenchida por essa tua infiel ausência...

Comportamentos


A minha aparência física influência na minha forma de escrever 
Não dá para descrever, é uma lírica difícil de interpretar, devido á cuja que me faz comportar como uma coruja sem norte
A minha maneira de ser é difícil para todos de a poder espreitar porque eu não me deixo ser descoberto
Para que me querem observar? para eu ficar coberto de gargalhadas, ordinárias e originárias nessas vossas línguas afiadas
Ser enxovalhado? jamais ficarei encalhado no vosso olhar!
É difícil entender, tenho tudo na mão e de repente deito tudo a perder
Maneira de ser a minha.... a arranco como uma erva daninha e a danifico, depois verifico que os versos saem todos deficientes
Não são suficientemente explícitos para atingir as vossas mentes
Actos ilícitos deixam sequelas das gordas, e pelas bordas eu afirmo que é.
É a minha aparência física que influencia na forma como eu me exponho e escrevo os meus versos, na forma como deposito a confiança neles para salvarem o mundo
A minha aparência física é fodida
A psicológica se encontra toda encardida 
Têm lógica, tantos manos na casa dos 20 anos  mas nem todos os hermanos são conterrâneos, iguais, do mesmo sangue enfim todos contemporâneos
Ao invés todos carregam o mesmo drama
A aparência física, os fazem ficar deprimidos na cama, a tomar comprimidos, a comer pringles e a ouvir singles clássicos que nunca passam de moda
Não pode ser esta a nova moda...
É esta a nova moda!
Já todo mundo aderiu, preferiu abraçar o vazio e mostrar á cama o seu lado mais sombrio
É incrível também fiquei interessado, aliciado por uns quantos comportamentos, aderi enquanto havia tempo
Preferi ficar de pijama na cama ao lado dessa dama do que sair para a rua tipo que tenho fama -_-
Passem os anos que passar vocês não aprendem, não atendem o telemóvel á rua 
Não entendem que a aparência física inibe a boa vibe 
Vocês não entendem, a aparência psicológica é uma doença patológica sem coerência, ética, ou lógica é psicologicamente, eticamente, etnicamente errada, se for para vós encarada como nada
É triste acordar, engordar e chegar ao fim do dia afim da melancolia
Escuta! tu que estás desse lado e és telespectador, expectador e que com muita dor observas a rebelia que surge do interior, que se gera á volta da fera, sem regalia, dias de alegria ou folia
E fica assim por uma ultima vez com esta mensagem gravada no teu telemóvel!
A vida é uma viagem em contagem decrescente 
 As mentes foram negligenciadas, dadas como dementes, influenciadas pela aparência física que hoje ganha grande peso na sociedade e que deixam o jovem obeso devido á carência amorosa que sofre e que não é correspondida tudo por culpa da sua aparência física que para seu espanto não têm elevado  cache na sua conta
A aparência psicológica hoje ganha mais sentido, apanha desprevenido o puto que jamais achou ser convidado
O obeso recebeu o convite, de luto pelos gestos normais, hoje banais e impróprios, próprios da sua pessoa!,
Deixou de comer e para culminar ganhou no estômago uma gastrite 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Disponível para amar



Disponível!
Estou disponível para amar
Para onde vou, ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar?

Disponível!
Estou disponível para amar
Para onde vou, ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar?

Ouve bem!
Nunca fui sedutor
Sempre fui homem recheado de pudor
O produto que toda a mulher deseja
Será entregue de bandeja
Mas não comigo!
Ficar sozinho?
Será esse o meu eterno castigo?
Sim é esse o meu interno castigo!
Há anos que sigo esta estrada sozinho
Sempre disposto a te chamar de, meu amor
Sempre disposto a sentir o teu odor
Será a minha voz suficientemente audível?
É que hoje a minha voz baixou o tom, nível
E há uma barreira que impede a nossa união
Há uma boca com sede que pede a tua, em dia de reunião
Há um veredicto final
Já te tinha dito que o desfecho iria emitir um sinal positivo
Entras no face
Olhas a bolinha verde
Não falas comigo tu é que perdes
Pois hoje eu estou

x2
Estou disponível
Disponível para amar
Para onde vou eu ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar

Estou disponível
Disponível para amar
Para onde vou eu ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar


Já pensaste?
E se o mundo acabar amanhã 
E se não tiveres vivido tudo o que planeaste
O que estará para mim reservado?
Se há anos que não tenho uma mulher, e se desejo...
Colho um malmequer
Vou retirando as pétalas
Bem-me-quer
Malmequer
E essa mulher virada de costas que não olha para mim sequer
Não quer que eu seja seu
O que faço se me desfaço aos pedaços por não ter o teu abraço?
O tempo está a contar
E eu ainda tenho tanto para apontar no meu diário
Espero com ele não me desapontar
O que tenho para escrever no meu diário?
O resumo da minha festa de aniversário!
Onde os nossos olhares se cruzaram 
Ao início recusaram beijo
Mas logo depois acusaram desejo
E agora o que vês?
E agora o que vejo?
Vejo um homem sem alegria numa noite fria, carente e sensível
Disponível!


x2
Disponível!
Estou disponível para amar
Para onde vou, ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar?

Disponível!
Estou disponível para amar
Para onde vou, ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar?


Tu falas mas não imaginas o prejuízo que é ter juízo
Não imaginas a vontade que dá, te ver ao longe e não poder te ter
Acredita, eu também sei que para ti tal como para mim é complicado
Mas o mercado já tem pouco produto ou quase todo o que restava, rastejou pelo cano abaixo
Mas a verdade é que venha o produto que vier eu só quero esse
O teu nome é tudo
Pareço um miúdo de 10 anos quando o pronuncio
Tal como os anúncios que passam na televisão
A visão cada vez mais desfocada
A minha garganta cada vez mais sufocada pela tua retirada
Mas tenho uma boa notícia
Hoje com malícia te digo 
Hoje tudo é possível
Hoje para ti estou disponível 


Disponível!
Estou disponível para amar
Para onde vou, ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar?


Disponível!
Estou disponível para amar
Para onde vou, ouço a tua voz a chamar
Estou disponível
Disponível para amar
Então do que estás tu à espera para me poder aclamar?


Está dificíl


Trabalhar?!
Não está fácil
Já tentei dar o melhor de mim
O que se passa é que sou pouco hábil
Por mais que eu tente tudo me corre mal
Da minha pessoa os patrões não estão afim
Me colocam as malas á porta, e por baixo deixam um postal:
Boa sorte e um bom natal!
E agora o que vai ser de mim?
Se eu digo que pondero desistir me dizem para insistir
Se eu cair então me dizem para me levantar e voltar a tentar
Mais uma vez
Voltei a dar o melhor de mim
Para conseguir um emprego fico á beira da porta ao relento
Acontece que eu não sou assim
O pouco que me restava não me servia de sustento
Corri em busca de trabalho
Bati em várias portas
Mas todas já se encontravam ocupadas
Então nas horas mortas
Eu vou para as obras
Mas é só para os fortes
Os chefes são maus como as cobras
Ali quem não têm caparro não têm lugar
Não tens estofo abandonas o barco
Tenho desejo de alugar um T2
Mas a vida não está fácil
Devo desistir ou continuar a lutar?
Será que devo maturar sobre a razão de não ser aceite?
Será que é por ter o azar a acompanhar?
Ou por ser um peixe que ninguém deseja amanhar?
Eu não escondo a vergonha
Perdi o pouco que tinha
Hoje todos os dias escondo a minha fronha por entre um naperon
Não acredito que cheguei ao ponto der ser um tonto sem desconto, por parte dos patrões ou mesmo dos vizinhos
Será que serei alguém digno neste universo
Onde nos locais de trabalho me vejo submerso numa fasquia que é alta
Farei falta á minha malta?
Eu só digo a todos
A todos os que desejam trabalhar 
Trabalhar não é coisa fácil
Lá não há lugar para falhar
Tu que desejas trabalhar deves ser forte e ágil
Se fores frágil mais vale não atrapalhar, quem necessita trabalhar para alimentar os filhos
Trabalhar não é pêra doce
Ou lutam pelo vosso posto ou acabou-se 
Os critérios para entrar são elevados
O ressalto é sempre admitido
Os batalhadores são sempre colocados de lado
O que vale é que ao homem dos sete ofícios vale o sacrifício
Constrói um edifício
Canta em locais de convívio
Pinta na rua sem esperar troco
Luta boxe em horário nocturno frente ao adversário
Toca fado nos bailes para tocar o coração dos que assistem
Como vêem é um homem atarefado
O que lhe vale é a garra que ele manifesta nos dias de trabalho, é um homem que presta serviço
Cumpre sempre
Claro que eu escorrego 
Não nego que o barato sai caro
Mas se perco o emprego vezes sem conta
De que serve voltar a tentar
Se volto a cair ao chão
Tenho bocas para alimentar
Por isso se por ventura me abrirem as portas irei me dedicar exclusivamente a esse meu futuro ganha
pão  

Paz e Harmonia


Obrigado
Mais um dia de vida
Obrigado
Paz e harmonia reunidas
Hoje unidas de paixão em matrimónio
Abençoadas sejam as amadas do meu coração
A receita perfeita
Uma colheita colhida por mim
Escolhida por mim assim
Em paz e harmonia
Paz e harmonia.,..
Sinto-me a voar
Custa respirar diante de duas donas que mexem com as minhas hormonas
Se eu estou em paz, então se faça um voto de silêncio
Se estou em harmonia, então faz favor de não incomodar este jovem que se deixa acomodar ao acordar por palavras como paz e harmonia
Quero viver 
Serei um paz de alma até eu querer
Escolhi reviver os bons momentos
Encolhi os ombros como um tanto faz
Mas na verdade para mim é só paz!
Para mim é só paz e harmonia!
Chá de camomila faz bem á cabeça, eça
Esquece os dramas do passado
Ama esse presente de paz e harmonia tão presente nessa tua ironia que tu tanto brincas de noite e de dia
Sente as coisas boas da vida
Sente paz e harmonia hoje reunidas para dar uma nova prespectiva a esse teu jeito de pensar
Puxa uma cadeira
Senta-te ao lado dos bons
Escuta os seus dons, as suas amadas
A paz, foi há um ano atrás que a achei 
Hoje ainda tenho uma réstia de esperança, no rosto um alegre sorriso de criança
Harmonia... em dia de folia, tão saudável..
Sou afável! vá entrem, concentrem todos os pensamentos, fechem os olhos digam adeus aos tormentos
Tenham duzentos pensamentos em mente, eles não mentem, consentem os pobres de alma
Uma salva de palmas, hoje todos vós têm energia para dar e vender, para render até se aprender a ler 2020

E tu o que vês


Olá
Diz-me com quem andas eu te direi quem és
És a inocência, mulher alheia á sua aldeia, seu local de residência
E tu o que vês?
Eu vejo uma mãe leoa que defende os seus
Vejo o verde em ti
O verde de esperança
Eu olho e vejo natureza escrito na tua testa
É o que resta em ti, bondade e frescura que mata a minha secura nos dias mais negros
E tu o que vês ?
Eu vejo a calma, eu vejo uma mulher desordeira a caminhar pelos terrenos cheios de feno
Tu és o ameno, eu fico em segurança
És a temperança , nem muito á terra nem muito ao mar
És apenas uma mulher que carrega no braço uma braçadeira escrito nela, mulher guerreira

rebelde


Adeus
Me formei
Hoje me transformei em menino rebelde
Adeus rotina chata
Olá mudança
Eu disse que era certinho
Eu disse que não partia
Adeus?
Não! Disse que não partia os pratos
Na verdade parti todos os pratos que restavam
Rastejavam
Ai!
Os meus actos foram tão crueis
Ai!
Eu mudei
Andei, andei
E cheguei á estação mudança
Foi de tanta andança pela bonança
Bonança?
Pelo inferno!
Sou diabo, não santinho
Não quero danoninho
Chegas perto de mim e te parto a cara
Acho que ainda não deste conta mas esse teu gesto é de afronta,
Estás a pedir confronto
Anda cá desafiar-me eu já te conto
Não sou aquele que fazias pouco
Não faço parte do mesmo alfabeto que tu
O meu vocabulário é recente, o teu é inconveniente
Sou sobrevivente 
Andei andei
Mandei uma dica bem lixada
Fica com a tua dica
Nem tentes ripostar
A minha é mais fatal que a tua
Não acreditas queres apostar?
Eu já te disse irmão 
Aqui é mano a mano
Não há abraços nem apertos de mão
Hoje eu mudei
Hoje eu mudei
Hoje sou rebelde 
Haaaa!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

doença da escrita


Foge! Foi hoje que debitei versos à balda
Já de fralda a ler poemas de grandes poetas
Fico com pele de galinha e ainda só vou na primeira linha
Meu coração é delicado
Fraqueja com facilidade
Então um puto inocente frente a poemas de Fernando pessoa e Cesário verde até se perde nas quadras
Mas foi a custo que cheguei ao fim da meta e hoje aos 19 anos me tornei poeta
Comecei por ser um novato de fato e gravata já em conferência para ser uma referência para outros senhores que amam a poesia e toda a sua fantasia
Me tornei um poeta de classe alta, até levei multa por excesso de verso, me excedi na conta.
Hoje entre cara e coroa, escolho coroa! 
Outros tantos escritores que afirmam se inspirar no segundo Fernando pessoa, não é à toa que carrego uma coroa de rei na cabeça
Mas eu sou poeta!
Que importa.
Os poetas também são Reis, têm o rei na barriga, agem como uma lombriga sempre a fazerem comichão no rabinho de outros poetas da mesma liga
Quem me obriga a ser escritor?
Ninguém! Foi de livre vontade que fiz a vontade aos versos, às quadras e hoje faço uns quantos poemas
Digo olá à literatura
Assumo o comando
Uma doença prematura chamada poesia
Muito cedo a abracei,
Escrevi 2 ou 3 poemas e logo alcancei a fama
Um poema de amor tão bom.
Foi uma pomada, uma lírica que emaranha
Seria uma aranha presa na teia da poesia
Se poesia fosse vinho já estaria em coma alcoólico
Se bebo poesia?
Bebo de manhã!
Bebo à tarde!
Bebo à noite!
Poesia é vinho que eu recomendo vivamente
Finalmente posso dizer que sou bêbado
Tudo por culpa da mestra poesia
Alcoólicos anónimos chamam pelo poeta carregado de heterónimos
Hoje dei uma palestra tão vasta, que arrasta toda a explicação de me ter tornado escritor
Penso que já não bebo mais nada hoje...
Foge!
Esqueçam!
Nunca se apaixonem pela poesia
Nunca se emocionem por palavras supostamente bonitas
Nunca se limitem a escrever duas palavras apenas
Liguem as antenas
Se convertam em poetas
Bebam as palavras mas sem corantes e conservantes
Conservem o vosso estatuto tal como Miguel Cervantes
Antes era admiração
Hoje é paixão
Amanha
Não sei o que será!
O mundo da poesia vencerá?
Posso ficar velho
Mas a minha marca.
Essa ficará registada
Já ficou!
Hoje sigo!
Hoje tenho seguidores!
Hoje prossigo a minha longa jornada!
Hoje delineio a minha história!
Se serei reconhecido?
É preferível a ser esquecido!
Os anos irão passar
Mas o amor irá permanecer
Desde o amanhecer ao anoitecer
Lá estarei eu com a minha caneta na mão
O planeta a estremecer de retribuição pela paixão que lhe tenho
Porque eu venho do planeta terra
Do mundo da poesia junto com os camaradas com quem convivi, em vila ramadas, quando me encontrava em convalescença, perante a escrita, essa minha grande doença








Ideias!


Ideias!
Ideias! São como teias que servem para prender os telespectadores 
Ideias! Fervem no sangue e servem para salvar o mundo
Ideias! Servem para abrir mentes retrógradas
Ideias! Servem para mudar o mundo
Ideias! Servem para nós as compartilharmos
Ideias a meias quem nunca?
Ideias! Servem para por fim, atenuar o ar poluído pelo fluido contaminante que os carros libertam tal como cigarros que estragam o lindo da natureza e destroem a sua beleza
Ideias lindas para fazer face às ideias feias
Ideias cheias de epopeias revolucionárias
Outras ideias repletas de cheias e pormenores que nem lembram a menores de idade na casa dos 5, 6 anos
Ideias originais com finais de imposição que combatam planos insanos de gajos marginais
Ideias, todos temos mas por vezes não lemos o nosso raciocínio, não puxamos pela cabeça
Olhem o Eça por exemplo, tanto visitou o templo sagrado, tanto puxou pelas ideias que hoje é um homem ás direitas, chegou ao topo do mundo
Ideias, não importa o grau de importância
São uma porta de afirmação
Ideias são elas que correm desalmadamente pelas nossas veias
As ideias são uma actuação que partem da nossa mente, à espera de aplausos, de um atentamente
Levam o sujeito a efectuar uma introspecção de todos os sentimentos e a por em prática a táctica que o cujo consciente tem em mente 
Ideias permanentes!
Ideias temporárias!
Ideias são uma ajuda valiosa para sair de uma situação complicada e penosa
Ideias não fazem mal a ninguém e se servirem para curar a doença da falta de expressão então serão uma mais-valia para a evolução do homem
Ideias!

o amor é lindo


O amor é lindo
Tanto abraço
Tanto beijinho
Tanto amasso
Tanto miminho

Ai o amor
O amor está na moda
Tanto sexo
Tanta foda

Ai o amor
O amor é lindo
Provindo de jamor
Um amor que causa furor

o que vejo em mim ?


Em mim tenho um requinte inigualável 
Em restaurante boas maneiras como eu ninguém têm
Ninguém têm tantas peneiras, só um cheio de manias 
Sou um coração de manteiga, solidário
Sempre disposto a doar sangue ao meu gangue
Sou uma jóia de moço
Por vezes é a paranóia de querer ser perfeito que me consome
Tenho um coração que some nas horas mortas
Partilho, abro portas ao meu bom senso até para com meu filho
Tenho um brilho imenso que não passa despercebido no trilho que sigo desde o dia que disseram que eu era um bom amigo
Sou bom amigo?
Sou um querido, tão querido que só causo alarido!
Inconveniente que estraga o bom ambiente que se gera na era dos anos vinte
Coração bom, coração mau
Que sopra para onde lhe der maior proveito
Sou do contra
Entro em afronta só para fazer de conta que sou conflituoso
Tenho em mim tantas qualidades como defeitos
Sou atrevido devido aos genes que recebi dos meus progenitores
Sou trapalhão com a poesia diante dos editores e de autores que também escrevem poemas acerca de problemas da juventude, saúde, desgostos de amor, e de rostos muito acarinhados da televisão portuguesa
Sou um tanto preocupado com os que me rodeiam
Como antiquado com os que teimam em ser higiénicos
Vamos dar um toque de sujidade a este universo tão limpinho que dá do
Vamos dar um tempinho a este ambiente que necessita  arjar as ideias sem sujar -_-
Pois grafitar não é estragar!, é afogar as mágoas na liberdade de expressão, que hoje abalou e ao mesmo tempo embalou o artista ambientalista e activista a um mundo completamente renovado
Hoje inovado, inspirado em dali
Revolucionário que mistura as palavras em um mix de vocabulário que espreitou no dicionário
Misturo a banda sonora da dama e vagabundo com a do astérix e obélix pronto para mais um remix digno de dj
Sou poeta, brinco com as palavras e quando se portam mal as fecho ao trinco
Também dou amor quando estão carentes
Valho por dois parentes
Enxovalho qualquer paspalho que acredita ter uma vida
Medita uma vez já acha que é um buda
Mas sim um grande filho da puta! sem vida, sem conduta para ser um gajo instruído
Aprende comigo
Prende o teu amigo no teu coração
Agarra, observa todos os seus truques mas não copies, copiar não é coisa de duques nem de senhores bem comportados
Sou dj
Sou pintor
Sou poeta
Sou tudo o que eu quiser
Sou estatueta na avenida da liberdade
Neste planeta terra eu sou a verdade
Sou o que vocês vêem em mim
Um conselheiro
Um olheiro
Um cobiçador de estrelas de alta categoria
Sou o sol
Sou lua
Giro na tua rua
Miro essa mulher toda nua da forma mais crua
Sou aquilo que sempre almejei
Tu és aquilo que eu sempre invejei
Nunca estou contente,
Quero sempre mais
Sonhar nunca é demais
Engonhar já é envergonhar o país
Comigo é cortar o mal pela raíz
Hoje danifico o meio ambiente
Árvores cortadas
Temos de começar de baixo
Por isso ao invés do contrabaixo, toco bateria
Sou complicado
Complico as coisas mais simples
Não aplico os conhecimentos que obtenho
Venho do país das maravilhas sou alheio ao meio onde me encontro
Vejo em mim um retrato ingrato que o espelho me deu a conhecer
Mas eu já me conhecia?
Afinal desconhecia tanto detalhe
Obrigado por tudo isso
Hoje já posso dizer que sou amargo para com todas as pessoas que me deram alimento
A vida me deu um encargo chamado fardo
Serei uma mais valia?
Serei regalia para os meus descendentes e vizinhos?
Tenho muito a ensinar
Tenho muito a aprender
Tenho muito a ganhar
Tenho muito a perder
Mas o que importa é proporcionar momentos únicos aos amigos e á familia
Uma relíquia que nunca passa de geração
O que vejo em ti
Lealdade
Diferença
Especialidade
Crença
Tamanho amor na saude e na doença
O que vês em mim?
Revolução
Grito
Revolta
Que emito á volta do nada
Choro
Esperança
Um idoso em corpo de criança
O que vejo em mim?