terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Ser poeta



É saber por em prática as ideias
É ter amor e alma no saber
É ter sangue real de poeta a correr nas veias
É aquelas palavras sábias, o poeta as beber


É ser sonhador na vida 
Ser o cavaleiro andante salvando aquela donzela ferida
É o que não recusa qualquer desafio
É o cujo que alem de ter lado romântico também tem seu lado sombrio


Que faz as suas palavras tornarem-se mágicas 
Que põe em andamento as suas histórias 
Que como manda a tradição muitas das vezes terminarem de forma trágica
O que guarda dentro de si velhas memórias


É aquele que chega ao coração do leitor
Lhe faz emocionar com cada palavra
Não fosse ele ter escolhido a carreira de escritor
Onde transforma na sua história a felicidade em qualquer coisa macabra


sábado, 26 de dezembro de 2015

A alegria




É por vezes levar a vida com uma pitada de ironia
É saber estabelecer o bom humor e a harmonia juntos em sintonia
É por um um grande sorriso nesse rosto 
É acordar com cara de um ser bem-disposto
É saber viver o dia-a-dia de uma forma descontraída
É acordar e dizer em vós alta hoje, darei na minha vida o pontapé de saída
Nada vai estragar o meu dia
Hoje vou viver a minha vida sem picardia



Em outra vida



Estava ali ele, face enrugada, olhar cansado
Pensativo no banco daquela esquina sentado
Crianças jogando à bola se aproximam
É um solitário, um vagabundo
Pena de quem o colocou neste mundo
Mas não! Um senhor que ficara preso no tempo
Os seus passatempos e as suas memórias foram apagados
As lembranças a sete chaves fechadas
Nem sentimento nem emoção
Nem um lamento nem coração
Seu coração tinha sido trancado há anos
O embate com a vida lhe causara graves danos
Apenas ali sentado naquele banco 
Sem sinal de avanço de um gesto
Na esperança que o tempo parasse 
E as feridas do seu coração sarassem


A escola



Local de trabalho e aprendizagem
Mas será a sua existência algo certo ? eu acho que não!
Acho a sua existência algo errado! 
Porque?
Por todos os dias a ela me deslocar e ser sempre o mesmo fado
Todos a receber nela carinho e eu sem ser amado
Nao é isto injusto ?
Não é injusto os que são enjaulados por crimes que não cometeram?
Os que não cumpriram o que tanto prometeram?
Tudo isto é injusto!
Não será justo na escola haver protecção?
Juntar a raça branca e negra num só coração..
Haver respeito entre alunos e professores?
Incentivo aos defensores e fora com os agressores
Só nesse dia direi que é certo estar nesse local
A existência do bem e a exclusão do mal 

O poder de um isqueiro




Tão ajudante e tão cruel por vezes
Se por um lado nos ajuda a sair daquele local tão escuro e profundo
Por outras nos queima e nos cede graves cicatrizes
Nos muda o rumo da nossa vida num só segundo


É ele tão impiedoso que acende aquele cigarro
É ele que todos pedem para acender o seu cigarro naquele bairro
Sem ele ninguém pode fumar
Sem ele não há a hipótese daquele desejo consumar


É ele que faz eriçar aquele rastilho 
É ele que faz intimidar o inimigo
Por vezes tornando-se o nosso porto de abrigo
É só ele que quando acende transmite aquele único brilho


Quando nos queima queima a valer
Quando nos ajuda do perigo faz nossa leitura da vida reler
Quando queremos nos aquecer é a ele que recorremos
E a forma de como o utilizamos só nos a fazemos




sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Responder ás questões como elas realmente são



Pediram-me para falar mas eu não falava
Pediram-me para os meus segredos revelar mas eu não os revelava
Pediam-me para eu ver mas eu não via
Pediam para eu sentir mas eu nada sentia
Pediam para se eu tivesse algo a dizer do tema opinar mas eu não opinava
Pediam para meus medos libertar mas eu não os libertava
Pediam para eu descrever o que se passava á minha volta neste exacto momento
Eu respondi que neste exacto momento á minha volta se passava um enorme sofrimento

Mãe



Dizem que é aquela cuja é a melhor do mundo
Que nos alerta para a prática dos grandes valores
Aquela cuja temos o dever de nutrir um carinho profundo
Sentir por ela esse sentimento sem quaisquer pudores
Que lhe devemos ter o respeito devido
Aquela que quando discutimos saber escolher as palavras corretas
Aquela que nos educa com o objectivo de ser um jovem culto e não um bandido
E aquela que nos encoraja a superar todas as metas

Um dia diferente





Acordei num dia como tantos outros
Mas tinha algo de diferente
O céu estava assustado com medo 
Como se dentro dele carregasse um grande segredo

As árvores agitavam com imensa força
Come se tratasse da sua revolta
Agiam em tom de agressividade
Faziam correr uma enorme maldade

A luz do dia? nem se via..
Uma enorme massa cinzenta se gerava no céu
Como um leque de tristeza delineado naquele véu
O sol custara a acordar só dormia.. dormia..

Pessoas.. essas nem vê-las todas enfiadas dentro de sua casa
Talvez por medo, receio do estado do tempo 
Por pena sua ter constado este contratempo..
Natureza esta que umas vezes nos ama outras nos arrasa

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Desistir


É nem sequer cumprir o desafio que nos foi colocado
É fugir das batalhas com o rabinho entre as pernas
É deixar o trabalho a meio e o dar por acabado
Perceber que para haver luz numa caverna são precisas duas lanternas

Com isto entender que a cooperação faz a força
E é o nosso pilar que nos faz continuar
Que no dicionário não possa constar a palavra minorca
Que só por perder uma batalha não se deve amuar

Devemos ir á luta 
Arranjar todas as armas que temos para vencer
E não fugir e esconder a nossa fronha numa gruta
Mas sim realizar para o impossível acontecer

O que eu sou?



Um jovem pobre receoso
À procura da pessoa que vá preencher o meu coração
E que me faça sentir um ser poderoso
Um jovem carente na tua mão

Um rato em busca do queijo da ilha
Um jovem destemido no seu barco
Procurando por ti quem sabe naquela terra maravilha
Consiga saltar aquele imundo charco

Conseguir-te resgatar
Trazer-te para tua casa sã e salva
Que a partir desse dia seja o teu avatar
Viver contigo uma aventura nesta selva!

Possamos ser um só
Na tua mão a minha se entrelaçar
Que de mim inocente possas ter dó
E que o teu corpo eu possa avassalar

A infância



Era o tempo em que as crianças eram inocentes
Quando deixavam fugir um balão
Quando ainda não tinham noção do que era a razão
Quando caminhavam sorridentes para o jardim de infância
Quando o amor, paixão para elas ainda não tinha relevância
Quando iam para a cama dos pais e se sentiam protegidos
O tempo em que jogavam á macaca
Que choravam e que por mais que os pais quisessem não fechavam a matraca
A faixa etária em que as crianças acreditavam no pai natal
Quando tinham o sonho de voar
Quando sonhar para as crianças não era sinónimo de enjoar
A época em que ainda não tinham de pensar no amanhã
Em que pensar no futuro ainda estava fora de questão
Onde o rebuliço e traquinice na sua vida constavam
E onde ao seu coração a palavra amor tatuavam

A profecia



Estou aqui, olhei ao luar
Perguntei a Deus quanto mais tempo iria aguentar
Enfrentar o mundo não era fácil
Enfrentar o fogo e o gelo não seria pêra doce
O senhor me respondeu que os desafios se davam aos destemidos
Aos que tinham algo especial no fundo do coração
Que não desistiam de achar da questão a solução
Que o embate ao inimigo seria inevitável
Que o percurso para o mundo enfrentar era esse
Que dos fracos não reza a história
Que se queria enfrentar o mundo e singrar na vida teria de partir em busca da vitória
Que se queria amar e ser amado
Eu deveria de deixar de lado o medo e o receio de ser rejeitado
Ergui a cabeça e ao senhor prometi cumprir essa profecia
Entrar desta vida esta louca peripécia

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O que é a dor?



É o sentimento de alguém que vive num mundo sem cor
Onde todas as cores fugiram e apenas o preto constou
É viver a vida num amargo sabor
Pois o doce do branco pouco durou
É sentir o nosso coração pouco colorido a definhar
É perder a noção do que é amar e sonhar
É viver a vida num grande desânimo
É sentir a bateria da nossa vida no mínimo
É deitar no chão e dizer que o mundo para nós terminou
E por isso nesta dor negra, culminou


Sonhar





É ir para além dos nossos sonhos
Entrar num mundo que não é nosso e explora-lo
É ter um desejo incontrolável de adquirir o inegável
É querer realizar o óbvio
É querer ir mais além do mundo onde vivemos
É entrar nos sonhos e alcançarmos aquilo que tanto queremos
É calar todas as pessoas que dizem ser impossível sonhar
É conseguir sentir que pela primeira vez somos pensadores e sonhadores
Que não nos contentamos em sonhar apenas no nosso casulo
Que sonhando conseguimos ver a vida de outro ângulo
É explorar os sonhos até ao fundo
É acordar e esfregar a todos o sonho que tivemos naquele mundo
Que todos podemos sonhar
Que todos podemos idealizar 
E mais importante que todos podemos concretizar

domingo, 20 de dezembro de 2015

Porque?!




Porque um abraço é a melhor coisa desta vida
É ele que me cura o cansaço e a fadiga
É ele que me cura na vida, esta ferida
É ele que quando estou com frio faz meu coração aquecer
Que faz meu coração de pedra enfraquecer
É ele que faz os meus dias de chuva se tornarem dias de sol
É ele que faz tornar este cato num girassol
É ele que me faz desaparecer a escuridão deste coração
Torna os dias de inverno num grande dia de verão
E é ele que quando penso deste mundo partir
Dessa ideia tonta desistir

sábado, 19 de dezembro de 2015

O que é verdadeiramente bom?



Ter saúde para dar e vender
Quando tenho frio ter um aquecedor para me poder aquecer
Quando estou triste ter alguém para minha dor fazer esquecer
Quando estou sentado e alguém me ajuda a levantar 
Quando me esqueço da letra e me ajuda a cantar
Quando me incentivam a não desistir
Quando estou em baixo e alguém se sujeita á minha dor compartir
Quando estou só naquele canto
E alguém se oferece a ser meu manto
Quando está a chover e se propõem a partilhar comigo o chapéu de chuva
Quando não vou á escola e me emprestam os apontamentos
Quando estou tristonho e me põem um sorriso no rosto
Quando me fazem saborear a vida com outro gosto
Quando tenho de dançar e alguém se oferece a ser meu par
Quando não tenho jeito para dançar e mesmo assim a pessoa está disposta a me ensinar
Quando me fazem ver a vida com outra cor
Quando me mostram da vida o lado belo e a ausência da dor

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Natal





Não é só comer e beber 
Não é só dar e receber
É ter a família reunida
Como diz o velho lema nossa força unida jamais será vencida
É deixar as tristezas e os problemas de lado
É ter com a família, um natal bem passado
É juntar o amor e a paz numa só palavra
Viver com grande intensidade esta quadra

Um dia de cada vez

                                                                                                         

Acordei mais um dia para me deslocar ao meu local de estudo
Perguntaram-me se já sabia o que da vida queria fazer
Eu respondi que não queria nem saber
Que a vida devia ser vivida um dia de cada vez
Que hoje faz sol amanha pode fazer chuva
Que hoje são dias de gloria amanha podem ser dias de guerra
Que hoje estamos presentes, amanha podemos estar ausentes
Apenas nos focar-mos no dia de hoje
Viver o quotidiano correndo bem, correndo mal
Que nada influencie minha expressão facial
Que a vida possa ser vivida com um sorriso no rosto
Que apesar desta desmotivação
Os dias possam ser vividos com grande satisfação
Mesmo com receio do que o futuro me possa reservar
Ao máximo a vida possa aproveitar

sábado, 5 de dezembro de 2015

Se disser


Se te disser boa merda não significa que te esteja a desejar a morte
simplesmente estou a desejar-te boa sorte
Se disser para teres cuidado
É porque não quero que chegues atrasado
Se estou a dar na tua cabeça não é porque estou a ser duro contigo
No fundo é porque estou a  fazer o papel de amigo
Se disser que desisto desta vida
é porque andei andei e não encontrei a saída
Se disser que tenho sentimentos
É porque não suporto ver certas atitudes
Não conseguir ver nas pessoas quaisquer virtudes
Se disser que não tenho vontade de sair á rua
É porque as pessoas falam da tua vida quando deviam falar da sua
E se disser que a escuridão hoje venceu
É  porque minha força de vontade enfraqueceu




sexta-feira, 4 de dezembro de 2015


Quando quiseres falar mal de alguém tira senha
Quando tiveres vontade de te coçar vai buscar lenha
Quando quiseres enfrentar alguém abre a pestana
Quando quiseres nadar usa barbatana
Se não quiseres ir ao fundo
Deixa essa vida de vagabundo
Se queres singrar
Toca a trabalhar
Se não queres perder
Toca a surpreender
se quiseres ir á luta 
toma cuidado com a tua conduta

domingo, 29 de novembro de 2015

O que é o oxigénio ?




É o que me faz enfrentar o dia -a -dia 
Encontrar a porta que me conduza à saída
Me cure esta grande ferida
É o que me faz ir atrás daquilo que sinto que faz sentido
Largar esta máscara de bicho e tornar-me um ser extrovertido
É o que me faz dar azo às minhas ideias
Ter esta garra a correr pelas minhas veias
É o que me faz respirar
É o que faz quando estou no limite minha cabeça estoirar
O que me faz ter forças para continuar
Sentir-me um verdadeiro pássaro a flutuar

João


Olá sou o João e com razão 
E toda a gente sabe que tenho bom coração
Sou humilde e não nego
E só não vê quem é cego
Trabalhador nato
Rapaz calmo e pacato
Muitas das vezes sinto-me aborrecido
A espera de ser conduzido pelo cupido
Rua Vasco da gama Fernandes é onde moro
Este local que tanto adoro
Braga é o meu apelido
Neste mundo quero ser reconhecido





sábado, 28 de novembro de 2015

Em busca da saida

Sexta-feira acordei com muita moleza
Esperei o tempo todo que o dia chegasse ao fim
Como os labirintos que nuca mais acabam
Espera espera interminável
Depois percebi que esperar não era aceitável
O tempo não podia avançar fazer o que?
Ficar tanto tempo dentro de 4 paredes
Não pode ser que fiz eu meu Deus?
Será crime que cometi
Será que foi por consumir o fruto proibido e agora estou a pagar por isso
Talvez sim, talvez não
Que posso fazer para ter o meu perdão
Apenas sair destas quatro parede era o meu desejo
Por tanta vontade de fugir deste local acabei cego e agora nem a saída vejo
Satanás não paguei já pelo meu castigo?
Não chega já ficar rodeado de vazio?
Andar andar e chegar ao mesmo sitio
Quero a saída!
Quero a saída deste louvável inferno
Ai meu castigo eterno!
Ohh não, me sentia a enfraquecer
Eu apenas esta dor desejava poder esquecer
Mas não.. não!
Este labirinto sem fim tinha de me assombrar para o resto dos meus dias
O regresso a casa era improvável
Tudo em vão depois deste esforço incansável
Nada feito
Este triste destino eu aceito
Deste grande castigo fui eleito
representante da solidão coração desfeito
De tantas armas apontadas á minha pessoa
Aii adeus Lisboa.

Meu triste fim



Acordei no buraco negro 
Não havia luz, apenas ausência de claridade
Sair dali para mim já não era prioridade
Apenas ficar ali estendido como um mendigo
Naquele local onde só podia prevalecer o perigo
A força das trevas me tirava as forças
Me encurralava até ao pescoço
Sentia-me um autêntico pêssego sem caroço
Não tinha qualquer ponta por onde me agarrar
Estas malditas entranhas queriam-me tramar
Ai Deus meu! Já não havia como me libertar
O cerco cada vez mais a apertar
Seria meu triste destino
Falecer ao som melancólico deste violino
Seria algo leve e pouco sofredor
Me tire daqui e me leve ao senhor

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Enfrentar a plateia



Recitar um poema não é só fazer por fazer
É expor a alma, as ideias tudo o que possa ocorrer
É recita-lo com ternura com todo o tamanho do mundo
É ser intensivo na recitação a tudo minuto e a todo o segundo
É saber aproveitar o momento
Saber usar o pensamento com todo o sentimento
É não ter medo de enfrentar a plateia
Dizeres tudo o que as pessoas querem ouvir de mão cheia
É não ter receio de receber críticas
Saber aceitá-las para da próxima vez fazer melhor
Saber verificar os erros ao pormenor
E recita-los com todo seu esplendor
Saber dizer a palavra amor sem gaguejar
Saber dizê-lo com atitude nas palavras
Dizê-lo sem que fiquem encravadas
Sem que fiques embaraçado ao citá-las
Que possas saber começa-las e da mesma forma termina-las
Que te possas sentir um mestre diante do público
Que possas dessa forma sentir-te especial e único
Que saibas usar a razão e a verdade
Que os teus descendentes no futuro às tuas ideias possam dar continuidade
Que possas apesar de todo obstáculo contrariar a adversidade
E deste jeito viver num mundo de liberdade e originalidade




terça-feira, 24 de novembro de 2015

O que é mais triste nesta vida?



Triste é ter pão e não ter manteiga para poder barrar
Triste é começar algo e não saber como terminar
Triste é me encontrar com cara de amuado e não saber como sair dessa situação
Propor-me a cantar sem saber sequer metade da canção
Triste ainda é ser chamado ao quadro e não saber a resposta
Levar um raspanete da professora porque não está bem disposta
Muito triste ainda ir á dispensa para comer chocolate e perceber que a minha mãe o escondeu
E por isso meu coração enfraqueceu
Triste é ter papel e não ter caneta para expor as ideias
Sair para a rua e reparar que esqueci de calçar as meias
Triste é querer debater e não ter argumentos
Acharem que és um coração de pedra quando no fundo tens sentimentos
Triste é fazerem-te uma pergunta  não saberes a resposta e levares aperto
Olhar para trás e dar conta que a sala se tornou um grande deserto

A hora de vencer



Depois de tudo o que passei
Já nada me pode magoar
De tantas lágrimas que derramei
Aprendi a me levantar
De tantas tentativas que errei
Chegou a hora de acertar
De tantas respostas perdidas
Outras me levaram à verdade
De tantas vezes que me questionei
Agora sei a resposta
Sei o que fazer para subir esta longa encosta
Isto foi o que passei
Não me arrependo do caminho que tracei
Porque não desisti e fui em busca da vitória
Apesar de tudo posso afirmar que tentei
E foram essas tentativas que ficaram na minha memória


perguntaram-me se havia algo pior que um cacto feroz atacando



Não, pior é quereres encontrar um rumo para a tua vida
Andares andares e não encontrares a saída
Sonhares que estás a ser aconchegado e de repente seres acordado e o teu sonho ter terminado
Pior é pensares que estás a chegar á meta
Acordares e perceberes que afinal aquilo era tudo treta
Pior é agires como um banana 
E não teres como abrir a pestana
Pior ainda é chegar a casa depois das aulas ires para a cama
E na hora H teres de fazer um recado á tua mamã
Pior é passares na rua e te darem uma indirecta de forma nua e crua
Pior é alguém achar que possui sabedoria
E na volta foi ver as respostas no livro da amiga Maria
E por fim achar que entendeu tudo o que foi dito anteriormente
E errar redondamente

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Chuva de lágrimas

Olhei da janela do meu quarto
Minha expressão era de alguém que estava farto
Como no dia em que minha mãe entrou em trabalho de parto
O céu estava extremamente nublado 
Estava a condizer na perfeição com meu ar de amuado
As nuvens  apresentavam várias figuras umas recheadas de muitos carinhos e ternuras
Outras com muitos defeitos e conjunturas
Deslocavam-se de um lado para o outro  como se ficassem cansadas de permanecer no mesmo local
E eu observando-as naquele ritual
Olhava-as com grande encanto
invejava-as não tinham com que se preocupar
Eram livres!
O meu olhar logo se tornara embargado
O céu se tornara cheio e carregado
Imensa chuva do céu cai como se fossem lágrimas a cair pela face abaixo
Tantas que chegavam á minha alma
Eu bebia essas lágrimas e assim compartilhava a mesma dor que elas
Mas sempre compartindo distante parado e pensativo
Ao mesmo tempo as nuvens compartilhavam as minhas lágrimas
Mesmo longe das nuvens a nossa chuva de lágrimas estava em sintonia
como se se eu e as nuvens fossemos irmãos gémeos repartindo mesma dor
Como portugal na sua luta mostrando todo o seu esplendor.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A História de um guerreiro


Um dia vais acordar e perceber que a vida não é um conto de fadas
Neste mundo já tinhas as tuas vidas contadas.
Não havia tempo a perder
Um dia acontece o inevitável e o gozo da vida já não vais poder entender
Não percas tempo faz o impossível acontecer
Sabes bem que o podes fazer e não terás nada a temer
Pois se não o fizeres o gozo da vida vais perder
Luta e abre aquela porta que há muitos anos estava fechada
Abre-a e não deixes esta história inacabada
Decide tu o teu desfecho
Pensa que enquanto estiveres presente nesta história terás sempre contigo a palavra vitória
Algo que se dá ao lutador persistente 
Aquele que não tem medo e que vai sempre em frente
Que na hora H está sempre presente
Umas vezes vencedor outras derrotado
Ás vezes ameaçado e atacado
Mas no fim da luta honrado e coroado
Isto acontece com a força interior
Que muitas vezes frente ao adversário me torna superior
Não no sentido convencido mas sim no sentido humilde
Por reconhecer as derrotas e transforma-las em vitorias
Transformar estes acontecimentos em grandes histórias
Que todo mundo possa orgulhar e seguir 
E mais um pouco esta grande missão cumprir

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A decisão


Perto da falésia me encontrava
Podia sentir o oscilar das ondas
Olhar indiferente, sorriso rasgado
Na duvida se saltaria ou não
Não sentia mais nada.. acho que nunca sentira
Defeito meu? talvez, jovem indeciso receoso quebrado como pétalas murchas como se precisasse de um pouco de água para não ir ao fundo.
Era esse meu problema.
Apenas saltar o vazio eu queria.
Destruir as barreiras que me impediam de ser um cacto com espinhos que todos pudessem respeitar e temer mas não...
Mal estava eu longe de saber que eram tudo sonhos,ilusões.
Uma dura realidade que eu tentaria demover , em vez disso era um rato á procura do seu queijo , um jovem em busca do seu gps. .. basicamente era tudo isto.
Nem as ondas queriam saber da minha pessoa , se afastavam ao passo que se riam de mim , a grande ousadia de me desafiarem para eu pular da falésia .
Estava entre a espada e a parede cedo percebi que as ondas iam levar a melhor .
Meu corpo ansiava e rejubilava por aquele desfecho que se tornara cada vez mais previsível.
Ergui meus braços e entreguei-me ás ondas de corpo e alma.
Meu eu já não reagia  Entreguei-me á maré como se fosse meu cobertor , minha manta .
E assim foi meu olhar apagou-se ainda esperei que meus braços e pernas fossem do contra e não correspondessem aos avanços mas estava enganado obedeceram e a minha mente que já antes não estava em condições ao entrar no mar desligou-se e assim terminei.
Deitei-me no mar como se me deitasse na minha cama e de facto foi a minha cama a minha grande cama da perdição

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Congelado No Tempo


Dias frios , Dias quentes
Nem um sussurro nem uma brisa
Os dias já não eram os mesmos
Na rua não se encontrava ninguém
Todos tinham sido consumidos pelo vento
Sobrava eu apenas batalhador destemido
Impávido quieto como um relógio parado no tempo
Diria que foi a forte brisa do vento a responsável
Por mais que eu me quisesse libertar e sair daquela situação nada podia fazer
Meus braços.... Minhas pernas... Meu coração Assim estavam Assim permaneciam paradas, nem um movimento.. nem um olhar nem um gesto... nada..!
Estava eu confinado aquele duro e triste destino 
Mais um instante e nada mais sobrava só as memórias
Era então hora de ser consumido pelas forças do vento e do Gelo.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Diferenças




Perguntaram-me se rir e chorar é a mesma coisa Não!
Rir é o contentamento estampado no rosto Chorar é a chuva, o sofrimento e o abismo Que tentamos sempre saborear com outro gosto!

Se vermelho e azul tinham o mesmo significado Azul é a cor do céu e da força leviana do mar Vermelho é a cor do sangue e da guerra!
Sempre disposto a matar!

Se, o dia e a noite tinham o mesmo sentido O dia é claro hora de despertar novas conceções A noite misteriosa, aparição de planetas, estrelas e constelações

Se viver e morrer tinham o mesmo gosto Viver é sentir o nosso coração a palpitar Gozar a vida e tudo o que ela tem para nos dar Morrer é passar na rua, levar um balázio e o nosso coração parar

E se a coragem e o medo andavam de mãos dadas Coragem é a ausência do medo Saltar de uma ponte sem ter medo daquilo que possa suceder E o medo é o receio de ficar no fundo do poço sem poder ver o sol nascer





quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Preso Nas Amarras do Coração



Ali estava eu naquele canto olhando o vazio
Olhar ingénuo e sério 
No fundo do meu coração pensamento sombrio
Das amarras profundas me tentei libertar 
Meu senhor que fiz eu para merecer tal castigo?! 
Nesse instante só me restara orar 
Nesta prisão das amarras permanecia cada segundo
Cada instante que passava me sentia um vagabundo
Sem destino, Sem rumo
Sentia um aperto forte como se rasgasse meus pensamentos...
Meu coração!
A partir daí senti não ter mais salvação 
Nem Meus rugidos de raiva de alguma coisa podiam valer
Nesse instante me sentia a desfalecer 
Das amarras Malignas não podia resistir
Minha Alma não tinha mais remédio senão partir 
E assim minha alma se afundou como o Titanic.