sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Vou em busca..



Vou hoje viajar
Vou em busca.
Dos teus lábios beijar
Vou em busca.

Vou em busca.
Daquela água potável
Tão doce e saudável
Vou em busca.

Mas vou naquele rio!
No mar têm água salgada
E lá faz muito frio
Por isso sigo outra estrada

Vou em busca.
Em busca de um rumo
Em busca de um sinal teu presumo
Vou em busca.

Em busca do dia certo
Trabalhar 
E mais tarde ir em busca de ti naquele local incerto
Vou em busca.

Vou em busca.
Nesta vida de um sentido
Porque ainda estou meio perdido
Vou em busca.

Vou em busca.
E se te encontrar
Não te irei mais largar
É essa a magia da busca

Vou em busca...


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Estimar os grandes valores




Sorrindo
Amando
Sentindo
Sonhando

É o que sabemos fazer bem
Ninguem neste universo
Só nos o fazemos como ninguem
Consumamos estes actos perversos

Mas serão perversos?
Será preverso gostar?
Será preverso sonhar?
Melhor, será preverso escrever estes versos?

Não decerto
Isto é avançar na vida
É acreditar no que é certo
Uma vida bem construida

Mas isso só é possivel se o ser humano rir, sonhar, amar
E não invejar, ofender, difamar
Mas sim praticar o bem
E não ser um pé rapado se queixando dos problemas
Mas sonhar para a vida
Ir atrás do que nos faz felizes
Como aquela linda bela adormecida

Rindo 
Amando
Sentindo
Sonhando

Percorrer estes conceitos
Para que nunca se apaguem
Não precisam ser perfeitos
Baste que nunca se esgotem

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Estorvo da poesia



Quero rimar
Mas hoje não consigo
Que tristeza, só consigo cismar
Não sai nem uma gota
O stock do pensamento chegou ao fim
Este poeta já não é o que era
Mas também pudera
Desisto sem tentar
Respondo sem pensar
Não posso actuar dessa forma
Estou a fugir à norma
Sou poeta um tanto rebelde como impulsivo
E agora sofro
Mereço passar por isso
Deitei-me na cama que fiz
E agora?
Agora sou um poeta infeliz!
Onde só saem gatafunhos
Coisas sem sentido
Ainda estou meio perdido
Neste mundo da poesia
Nem pensar
Não mereço tal cortesia
Pois neste universo da poesia só causo mal-estar

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Superar o mestre





Sou jovem e aprendiz
Não tenho tal argumento
Ainda sou um petiz
Em busca de conhecimento

Para me afirmar nesse meio
Ser o primeiro a lá chegar
A dizer a reaidade sem rodeio
Meu conhecimento alegar

Será hoje, será no dia seguinte
Ainda nao superei o mestre
Quem sabe no proximo semestre
Por agora serei apenas um ouvinte

Procurarei a experiencia
Logo depois o saber
Pois é sempre crucial a reticencia
Para o sentido do conhecimento perceber




Salva vidas




Abro meus olhos
Para aquele charco me lanço
Deixo meus adversários para tráz
Sempre em grande avanço
Vou alternando meus braços,mergulho
Crol, Bruços mariposa
Oiço aplausos de gente em mim cheios de orgulho
Me dá forças para nadar , nadar, nadar
Vou em mergulho picado
Salvar aquela garota em risco de se afogar
Já me sinto um salva vidas
Este heroi salvando suas donzelas ás escondidas
Este nadador humilde
Em carcavelos, oeiras, onde for
Nadando para pessoas em apuros salvar
Nestes movimentos de natação repletos de glamour


Perdão




Crime eu cometi
Errei mais do que devia
Nunca mais errar eu prometi
Mas nao resisti
Não tomei atenção ao que fazia
E agora pago por isso
A maldade sempre a me perseguir
Isso nao acontecia se fosse esperto
Se tivesse feito tudo á risca, tudo certo
Mas isso é impossivel
Pois o ser humano é imprevisivel
Hoje faz tudo bem
Amanha tudo mal
Ele erra como ninguem
Nesta historia nunca está em aberto seu final
Resta esperar
Se o poeta terá seu perdão
Se ficará no limiar da felicidade
Ou nas entranhas da escuridão
Apesar de tudo está arrependido
Um pedido de desculpas do poeta
Maldade aceitará seu pedido?
O crime passou
E uma nova fase na vida do poeta começou

Adeus vida




Vivo num mundo aparte
Não sei o que quero
Não sei o que espero
Não sei se estou em terra ou em marte

Isto tudo é me indiferente
Se vou, se fico
Se sou pobre, se sou rico
Não sei que se passa comigo ultimamente

Não tenho reaçao, nada
Acho que é um caso grave
Não tenho ideia
Minha mente mais parece uma cadeia

Com as ideias presas
Sem se conseguirem libertar
Cheias de impurezas
Tentando se matar

Pois hoje as ideias perderam a vontade de viver
Disseram adeus á vida
Não era fácil com ela conviver
Por isso deste universo estavam de partida

domingo, 24 de janeiro de 2016

Aprender




Agora vou dizer o quão importante é aprender
O conhecimento sempre a expandir
O poeta cada dia a ascender
E o publico de pé a aplaudir

Que este mundo de poesia se faça ouvir
É isso que desejamos
Ter os grandes magos da poesia a intervir
Neste planeta que tanto amamos

Vamos em frente
Vamos amar e conhecer
Vamos tornar as coisas de forma diferente
A poesia neste jardim a florescer

Vamos regar as palavras
Vamos-lhes dar vida
Vamos vê-las crescer com orgulho
Neste mês quente de Julho

Os poetas não se renderam
O conhecimento se alargou
Ao gosto da poesia cederam
E o mundo da poesia vingou


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Mundo de imperfeição





Não sou. Não sou perfeito
Como todas as pessoas também tenho meu defeito
Mas aqui estou
Assumindo o que sou
Um jovem errante
Sempre em busca de fazer tudo certo
Mas sempre em erro constante
Porque nem sempre tudo corre bem
A derrota também está presente
Quem não erra não é gente
Errar está no sangue
Por isso errar é normal
Não errar é que é um grande mal
Significa que algo não vai bem
Pois este é um mundo de imperfeição
Errar quem não?
Eu erro sim!
Erra na vida também faz parte de mim
Neste mundo de imperfeição



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sentimento muito feio





A inveja é uma coisa muito feia
Infelizmente existe
No mundo que nos rodeia
E a que muito se assiste

Ele tem
O outro também quer
Apenas porque lhe convém
Podia ser outro qualquer

A inveja não escolhe idade nem sexo
A inveja é mesmo assim
Algo sem nexo
Um sentimento absurdo sem fim

Contenta-te com o que tens
Não sejas assim
Dá valor aos teus bens
Não tenhas inveja de mim

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Sonha!



Quarto trancado
Mente fechada
Coração enclausurado
Memória apagada

Era este o dilema
Asa cortada
Um grande problema
Uma história mal acabada

Sonhar tinha o seu preço
Por isso eu nao sonhava
Pois  o preço era elevado
E eu nao pagava

Limitava-me a sonhar baixo
Pois nao queria aborrecer ninguém
Poeta cabisbaixo
Privado de sonhar um verdadeiro refem

Mas hoje...

Hoje vou sonhar
Vou fugir deste degredo
Vou debitar
Os meus sonhos sem medo

Pois quem sonha avança
Quem não o faz
Sonhar fica na esperança
De um dia ser capaz...

                          Sonha!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Sombras





Que estranha sensação esta
Sentir alguém tocar no meu ombro
Olho para trás e nao vejo ninguem
Que tédio , que assombro
Mostra-te sombra!
Que queres de mim?!
Roubar a minha alma?
Neste momento já não sinto calma..
Apenas um nervosismo que me está a afetar
Esta sombra a pairar á minha volta
Não aguento! Que tédio, Que revolta!
Que queres? levar o pouco que resta da minha pessoa?
Penetrares meu coração?
Seu malfeitor, seu ladrão!
Não posso consentir esse atrevimento
Ainda quero viver
Quero fugir deste tormento
Vai em busca de outra alma!
E leva essa tua maldade
Visto que dentro de ti não há vestigio de bondade
Vai e esconde-te no escuro
Pois tu és uma sombra so mal 
                                             Repetindo
Cai Caii haha neste triste final
Sou a sombra do mal
Tu és a presa que eu quero assombrar
Um castigo malevolo que nem nos piores sonhos possas te lembrar

Cai Cai haha neste inferno 
Cai cai assombrado no véu maligno
Que seja teu castigo eterno
Da tua pessoa um castigo bem digno



Final feliz


Chama-me que eu vou
Arrasta-me para o colchão
Vês? 
Já lá estou
Estendido na tua mão

Empurra e esfrega
Deixa-me subir e descer 
É essa a magia de teu escorrega
Um escorrega para dar e vender

Acaricia-me e dá-me uma festa
Dá-me ordens que eu obedeço
Mas, não me abandones na floresta
Eu não mereço!

Não em vez de sim?
Eu não mereço ouvir essa resposta!
Diz que gostas de mim
Eu sei que vou ganhar a aposta

Ganhei a aposta
Já essa mulher perdeu
Consegui subir a encosta
E esse amor rendeu

Categorias



   Dores

Elas veem e vão
Quando voltam é dor garantida
Uma dor no sopro do coração
É assim a vida..

Amor

Dizem que ele anda no ar
Eu cá nunca o avistei
Dizem que só o vê quem sabe amar
Talvez porque nunca amei

guerra

Dizem que é para os fortes
Nela tudo pode acontecer
Entre tantas vidas tantas mortes 
só um pode vencer

Vida

É esta triste realidade
Que dia-após-dia vou enfrentando
No meio de tanta mentira e tanta verdade
O sentido da vida vou achando

Dinheiro 

Preciso de um jogo ou de um carro
Preciso de comida ou de um cigarro
Então vou poupar para o dinheiro ter
E assim dinheiro no meu mealheiro irá crescer

Amizade

Se tiver triste 
O meu amigo coloca-me um sorriso
Caramba! nao desiste..
Isso eu valorizo!



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Flores





Hum Tão bem que cheiram!
Que charme que requinte
Um leve aroma a alecrim, elas desencadeiam
Flores do meu coração me deixem ser o vosso ouvinte

Ouvir a vossa dor
Saber o porquê de ficarem tão murchas
Foi por falta de carinho ou de amor?
Me digam fofuchas!..

Margaridas, Tulipas todas são belas
Todas merecem um ouvinte, ou até mesmo um Romeu preocupado
Com um cacto um jantar à luz das velas
Com violinos tudo o que possa contribuir para um jantar adequado

As flores não são chumbo são diamante
Não são pobres
São de uma riqueza abundante
São flores

Sedução




O teu andar é fogo
Bloqueia a minha mente
Ao ponto de a deixar inconsciente
Precisando de um pouco de água

Água?

Sim água!

Pois o que tu fizeste foi fogo posto
Não estava escrito que incendiasses a minha mente
Só mesmo vindo de uma beleza fogosa certamente
A quem domina meu coração a seu próprio gosto

Nem te importas que eu fique com sequelas em meu coração
Tu chegas e enfeitiças
Me arranhas e domesticas
Beleza na rua ao teu lado não tem possível comparação

Porquê?

Porque tu no escuro brilhas
Por onde passas marcas a tua posição
Não precisas de pilhas 
Pois se há coisa que não te falta é duração

Pum Pum Pum!





Pum pum Pum ! é este o som que a pistola faz 
Pum Pum Pum ! razz trazz pazz
O mal já está feito
Um tiro malhado naquele peito
Pum Pum Pum! e lá foi mais um...
ainda nem a meio chegou
Mas já montes de mortes causou
Pum Pum Pum! um dois três 
Foi esta a conta que deus fez
Pistola pistola tu sempre pronta a disparar
Só tu que fazes de vez meu coração parar
Pum Pum Pum! esta desgraça sem fim..
Pistola minha perdição não poderás tu ter dó de mim?
Nao me mates pistola bendita
Não desgraçes a minha vida
Um disparo uma bala perdida
Esta pistola faz pum pum pum!
E meu coração deixa de fazer bum bum bum..

sábado, 16 de janeiro de 2016

Sem Coração



Era uma vez um rei
Sentado no seu trono
Deixado ao abandono
Tudo porque não tinha coração
Tanto que nenhum súbdito por ele tinha respeito
Suas ordens há um tempo para cá já não tinham o mesmo efeito
Tinha um grande cargo
Mas estava redondamente sozinho
À medida do tempo foi-se habituando aquele sabor amargo
Sempre ansiando por aquele abraço, carinho
Mas sua postura às pessoas causava medo
Por isso ninguém o levara a sério
Diz-se que foi por perder seu grande amor
Há quem diga que todas as noites lhe levava uma flor ao cemitério
Desde sua morte nunca mais fora o mesmo homem
Que todos respeitavam e admiravam
Ao invés tornara-se um lobisomem
Perdido na floresta sem rumo na vida
Sempre na esperança que algo mudasse
Que encontrasse a jóia que lhe tornasse num homem melhor
Que as feridas do seu coração lhe curassem
Mas na sua vida não havia qualquer progressão
Pois este rei era um homem sem coração.




sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Poeta Em Andamento



Mentira quem disse que a solidão me impede de escrever
Pois este poeta tem muitas ideias na sua cabeça
E ai de quem disser o contrário se atrever 
Pois este poeta só fala a realidade
Este poeta não brinca em serviço
Quando fala ele fala única e exclusivamente a verdade
Este poeta não faliu, ele está bem rico
Ele tem o dom da palavra e do saber
Ele na batalha ao adversário dá um grande bailarico
Porquê?
Porque ele é artista!
Talvez por vezes calado
Mas outras observador
No mundo da poesia, um predador
Usando as palavras necessárias para abafar o inimigo
Pois o poeta não faliu nem nunca vai falir
Ele só dará ao inimigo o seu merecido castigo
Que nunca mais de casa possa sair

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Vazio





Olhava á minha volta mas não conseguia ver nada
Ainda pensei que não estivesse a ver bem
Mas não.. não havia ninguém
Estava neste espaço só
Só tinha comigo os meus 5 sentidos
Mas por vezes... por vezes pareciam perdidos
Nem quando queria fugir deste local eles me ajudaram
Sentia-me abandonado
O inferno vinha para me castigar
Viria á baila o passado
Passado.. passado esse que já tinha passado
E o futuro esse mal tinha começado
Talvez porque estava no presente.. e eu aqui presente
Colocando um sorriso no rosto fingindo que estou contente
Mas minha mãe sempre dizia quem mais jura mais mente
E decerto tinha razão
Porque eu era um actor 
Fingia minha própria dor
Na verdade só precisava de um pouco de amor carinho
Só assim poderia construir meu próprio caminho
Só mesmo eu e minha solidão
Solidão essa que pode afectar qualquer cidadão
Confinado neste local Deserto e vazio
Por vezes escuro e sombrio
Queria sair
Sentia-me sem saber o que fazer
Pensei que fechando os olhos fosse mentira esta dura realidade
Mas era verdade..
Era nua e crua aos meus olhos
Era uma aberração 
Vinha especialmente para escurecer meu coração de chuva negra e silenciosa
Chovendo batendo com força de forma raivosa
Se tornando também chuvosa e amarga
Precisando de açúcar para adoçar meu coração
Mas eu... eu não queria!
Eu apenas queria viver sem a luz do dia..
Me estender no chão
E a chuva negra levar meu pobre coração


Morte





Meus olhos se abriram
Estava num quarto trancado
Meu coração estava algo encarcerado
Que estava eu ali a fazer?
Na verdade sentia um enorme prazer
O mal me queria assombrar
Não tinha como escapar
Nem mesmo as paredes as raspar
Nada!
As paredes estavam bem revestidas
Estava condenado a morrer naquele local penoso
Tão infame e assombroso
Por momentos me deixei cair levemente
Meus olhos e até meu coração deixavam de bater brevemente
E a fuga.
Essa tinha passado à história!
O terror daquele local era para mim só mais uma triste memória
Destinado à pouca sorte
Esperando por aquele doloroso corte
                                            
                                                  A Morte

Preto



Sinónimo de escuridão
De todas as cores a que se distancia
Como um barco à deriva
Pedindo perdão

É a cuja transmite ausência de cor
Sempre muito séria 
A cor que dentro de si carrega muita dor
Sempre na esperança que lhe façam uma vénia

A cor solitária
Mas inteligente
Na solidão maioritária
Já nada é como Antigamente

Tal cor que se apodera do ser humano friamente no seu peito
A cor que lhe apaga todos os sonhos
A tristeza a correr no seu leito
Num leito de sonhos tristonhos 

Esta cor marca posição
Machuca  esmaga 
Destrói o coração
Essa cor os sonhos apaga

                             
                                 O preto

Dinheiro




Este mundo sem dinheiro
É a mesma coisa que uma flor sem cheiro
A luta pela sobrevivência 
As contas por pagar
A entrada na demência
É isto que que a falta de dinheiro gera
Nos tornamos em algo que não éramos
Nos impede de comprar de comprar aquele tão desejado chocolate
Aquela moeda tão valiosa
Agora nem a ver
A sua falta nos tira a vontade de viver
Pois o dinheiro é tudo
Sem ele não há roupa nem comida na mesa
Sem ele estamos condenados á pobreza
Pois ele nos faz sentir vivos
Ele é sinónimo de vida bem resolvida
Mesmo tendo apenas uma moeda de um euro sempre dá jeito
Nem que seja a compra de uma simples caneta
A moeda têm sempre uma segunda faceta
Se de um lado cara do outro coroa
Nao é brinquedo nem pessoa
É apenas uma moeda.

sábado, 9 de janeiro de 2016

O Jogo





Os dados estão lançados
Neste jogo só pode reinar a vitória
Alcança os objectivos desejados
E assim poderás ficar na história

Se o obstáculo aparecer
A solução é, o enfrentar
Pois só assim se pode vencer
Basta apenas acreditar

Nada no jogo é de graça
Mas cabe só a ti escolher continuar ou desistir
Sol ou chuva faça
Não está nos planos, a derrota, permitir

A vitória está perto 
O inimigo a enfraquecer
Cada obstáculo que acerto
Fico com mais certeza que estou a vencer

        O jogo




sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O Tempo




É ele quem manda
Nem mesmo quando suplicamos ele abranda
Cruel e impiedoso
Invernal e ventoso
Nem dó tem pelo ser humano
Ele quando avança não perdoa
Mesma a quem sofra mesmo a quem doa
O tempo não volta atrás
Não muda o que fizemos no passado
Jamais altera aquilo fizemos de errado
Têm aquele dom de avançar
É como um autocarro
Não espera por ninguém
Se não fizemos o que devíamos ter feito agora já não é hora para isso
Existe sempre a hora certa para tudo 
Hora de descanso, Hora de estudo
Cabe a nós seres humanos saber fazê-lo na hora certa
Pois o tempo.
O tempo não fica à espera por ninguém!
Não importa se fizemos mal ou bem
A verdade é que o tempo não pára
Sempre em competição com o ser humano
Acabando sempre por vencer
Para ele não importa o que possa acontecer
Para ele não há meio-termo 
O tempo se é para avançar é para avançar
Ele nunca aceita o nosso pedido
Para ele esperar pelo ser humano não faz qualquer sentido
Pois ele não espera por ninguém
                                               
                                      O Tempo 




quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Nas malhas do preconceito



Todos naquela rua felizes em movimento
Todos menos aquele rapaz
Aprisionado numa cadeira de rodas o que estaria ele a sentir naquele momento
Talvez se sentindo um ser incapaz


Mas podia avistar um sorriso no seu rosto
Podia ter motivos para tal tristeza mas não
Para ele era rei morto rei posto
Na vida estava disposto a esquecer aquele trágico abanão


Era um rapaz com grande espírito de vida
Mesmo apesar do que a vida lhe tinha reservado
Estava disposto a pagar aquela divida
Tudo por sua vida não ter terminado


Pois seu coração ainda batera
Terá sido Deus que quis assim
Quis que o jovem tivesse um belo fim
Mas tera sido mesmo um belo fim?


Privado dos sonhos 
Parado pedindo que uma alma caridosa lhe ajudasse a cruzar a estrada 
Mas vira aquela necessidade sendo negada
Seus olhos ficaram tão tristonhos

Sonhará que um dia chegasse uma fada que lhe realizasse um desejo
Nao recuperar seus movimentos mas sim um mundo sem preconceitos
Onde todos vissem as qualidade e deixassem de lado os defeitos
Dizia o rapaz É isso que  no futuro prevejo.

Quero Amar



Sabe aquele sentimento 
De olhar e ficar perdido de amor
Ficar com apenas esse, alguém no pensamento
Que nos faça viver a vida sem dor

É isso que eu quero
Quero poder amar
Mesmo que você tenha medo, por si eu espero
Espero que de meu amor me possas chamar


Quero sentir o que é ser beijado
Quero sentir aquela saliva fogosa 
Que essa saliva me converta num frango assado
Nessa tua boca poderosa


Quero fazer parte desse arco-íris que trazes no teu coração
Quero acorrentar-me aos teus lábios
Para assim te poder cantar uma canção
E assim percebas o quanto eles são sábios


Quero sentir que pela primeira vez sou especial
Que seja eu aquele rapaz que tu vás aclamar
Que possa ser o teu fruto tropical 
Quero amar

Desculpe não ser o que o senhor e as pessoas queriam que eu fosse



As pessoas passam observam aquele rapaz
Porque não se mexe? porque não mostra amor?!
Eu não podia! não tinha forças, não era capaz..
Era o único rapaz daquela escola que vivia a vida com outro sabor
Ao mesmo tempo pedia perdão a Deus
Meu Deus sei que não me tenho andado a portar bem
Mas eu não podia ser o que o senhor e as pessoas queriam que eu fosse
Peço desculpa por não ser como os outros rapazes que oferecem aquela donzela uma flor
Desculpe por ao invés lhe causar dor
Mas eu era um rapaz com próprio feitio
Aquele rapaz que quando ouve o toque de saída se senta naquele canto a olhar o vazio
Repetindo vezes sem conta 
Desculpe por não ser o que o senhor e as pessoas queriam que eu fosse
Mas eu . eu era um jovem humilde
Nao gostava de sonhar alto
Pois eu não tinha ambição
Eu era ingénuo não sabia bem o que era a vida
Não sabia que ela esperava muito de mim
Mas eu nada podia fazer, não estava afim
Talvez um dia.. um dia eu pudesse ser o que o senhor e as pessoas queriam que eu fosse
Um rapaz sonhador que pudesse amar o mundo
Que não tivesse medo de dizer o que da vida acho
Que sem medos a felicidade pudesse viver cada segundo
Mas eu não podia...
Desculpe e desculpa também Julieta
Desculpa não ser um quebra coração
Desculpe por não sentir aquela tão desejada atracção 
Mas eu não podia fazer isso
Não podia para com ela assumir esse forte compromisso
Não posso ser seu
Não posso ser aquele a quem se pode chamar de Romeu
Não posso viver esse conto de fadas a seu lado
Não posso ser esse tão desejado príncipe encantado
Porque? Porque ainda custara a fazer as pazes com a vida
Ainda custara a sarar nessa face essa grande ferida
Talvez só nesse dia eu possa ser.. ser o que o senhor e as pessoas queriam que eu fosse