segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Calado


Hoje o meu calar
Deu muito que falar
A todo o minuto, a todo o segundo
Ficou por entre as bocas do mundo

Hoje a minha boca foi um túmulo
Dela não saiu nem uma única palavra
Mas ainda assim foi a ausência dela
Que deixou, água na boca da clientela


Eu fui comprar legumes e verduras
Foi aí que senti na pele muitas das suas travessuras
Eu entrei e saí de boca fechada
O meu tudo se converteu em nada

Mudo?
Soltei uma gargalhada!

As pessoas bem tentar puxar por mim
Só para que eu me ponha a desbobinar
Mas eu não sou assim
Prefiro observar
Sábe-se lá o que minha vida me pode reservar
Se á toa eu começar a falar

Só eu sei


Só eu sei
A beleza que essa dona, transborda
Miúda acorda!
Tens tudo o que um homem quer
Por isso mesmo aceita ser minha mulher
Eu estou a pedir antes que alguém chegue
E do mesmo jeito, conquiste o teu coração
Dá-me já o sim que eu prometo não te pressionar
Mas também não vou aguardar o resto da vida pela tua confirmação
Eu devia estar mal da cabeça 
Quando disse que não me aquecias nem me arrefecias
Visto que não me és indiferente
Nem de trás nem de frente
De te ver ao longe fico vermelho que nem um tomate
Por isso é que tenciono
Dizer que sem ti não funciono
Sou tal e qual
Um telemóvel imóvel
Então aceita enquanto é tempo
A receita é, os dois ao sabor do vento

O amor supera tudo


A distância não é motivo
Para acabar com a relação
Porque mesmo distante
O seu coração chama pela cara metade
Chama-se saudade!
Aquele sentimento
De quando queremos estar com alguém
Que decerto, nos faz bem
Qualquer barreira torna-se num mal menor
O obstáculo podes contornar
Subindo a encosta irás detonar
Isso vai te dar mais forças para fortalecer a união
É uma clara prova de paixão
Se venceres é sinal 
Que o teu amor não se ficou pela estação terminal
Mas sim pelo infinito!

domingo, 29 de janeiro de 2017

Não vou mais chorar


Não vou mais chorar

Não vou mais chorar
Não vou mais chorar
Não vou mais chorar

O que é que me deu?

Hoje dei por mim
Tal e qual, a chorar
Acontece que não sou assim
Mas por ti não me consegui controlar
Acabei lavado em lágrimas
Esforcei-me para sorrir
Mas não foi fácil
Tenho de admitir!
Não consigo largar o lenço
E das raras vezes que o faço
No mesmo momento volto para ele
Estarei destinado a morrer chorão?
Aqui fica a eterna questão!

Mas eu não vou mais chorar

Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar

Jurei a pés juntos

Não voltar a falar de assuntos
Que só machuquem o meu coração
Independentemente da situação
Da minha parte, não há mais volta a dar
Não vou mais chorar

Mas eu não vou mais chorar

Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar

Então ao que parece

Não se fizeram á estrada, só os dias
Como também as horas e os minutos se foram
E as lágrimas ainda hoje me assombram
Entram desse jeito no meu peito com muito efeito
Invadem o meu espaço quando eu só queria um pouco de privacidade
Parece que deixarem-me sorrir nem que seja por um segundo
Por si, já é pedir muito
Eu bato com toda a força, o pé
Mas nem assim
Parece que estou em maré de chinfrim

Mas eu não vou mais chorar

Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar

Ainda nem a vi

E já digo que é castigo
Esboçar um sorriso
Parece algo que não condiz comigo
Então como posso ser feliz?
Vou voltar a jurar
Nem que a minha mãe morra
Não pensar em momento algum, nessa porra
Não vou voltar não
A chorar por um simples arranhão!

Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar
Mas eu não vou mais chorar

Por muito que me custe

Não posso deixar que o pranto me assuste
Vou pegar no meu jeito sofredor
E lançá-lo ao contentor

Até porque eu não posso mais

Decerto, viver neste impasse
Vou mostrar que o meu acenar tem classe
E que rir nunca é demais



Há sempre alguém


Há sempre alguém

Que mesmo longe nos reconhece
Que tão cedo, de nós, não se esquece

Há sempre alguém

Que nos beija na boca
Nos faz ver que a vontade não é assim tão pouca

Há sempre alguém

Que com uma leve carícia nos cumprimenta
Do mesmo modo, o coração acalenta

Há sempre alguém

Que até em câmara lenta
Consegue trazer à tona uma face mais ternurenta

Há sempre alguém que hoje nos quer

Que no dia seguinte não olha para a nossa cara sequer

Há sempre alguém que quando se fala de amor, complica

Ainda diz que assim é que dá pica

Há sempre alguém que corre o risco

De fazer um pequeno rabisco
Depois, apaga-lo com uma borracha
Como se costuma dizer nessa vida
É tal e qual a lei do vai ou racha

Há sempre alguém que nos congela

Seja um, ele ou até mesmo uma, ela

Há sempre alguém que nos faz

Decerto, ter vontade de correr atrás

Há sempre alguém que nos faz querer

Decerto, ir além do nosso ser

Há sempre alguém que nos faz duvidar

Decerto, do passo que estamos a dar

Bom receber tempo de antena

Sinal que vale a pena
Ficar por esse, alguém de quarentena

Há sempre alguém que nos completa

Não fosse, atingido pela mesma seta

Há sempre alguém que está na mira do cupido

Mas que ainda assim opta por se fazer de fingido

Há sempre alguém que tende em desabrochar

Um coração que não quer mais desembuchar

Há sempre alguém que a custo nos convence 

Que como sempre é o amor
Esse senhor que no fim das contas, vence




Amar sem amar


Mais um dia
Que cá me espera
Uma resposta sincera
Será tristeza ou alegria?
Eu não sei o que estou a sentir
O que devo fazer para provar que não estou a mentir?!
Vou deixar o tempo mostrar que estou certo
E do mesmo jeito, de mim ficar perto
Eu não quero mais
Decerto, dar justificações aos demais
Só vou abrir o coração quando achar que é a altura indicada
Pois para mim, amar sem amar é um sentimento que não dá com nada

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Não julgues um livro pela capa

Não julgues um livro pela capa
Não julgues um livro pela capa
Não julgues um livro pela capa
Não julgues um livro pela capa

Tu que estás aí desse lado
E que falas do seu visual quando és tu que usas uma capa
Mais vale estares calado!
Dizes que qualquer mulher faz o teu estilo
Deixa-me dizer-te que és um péssimo pupilo
Então do teu mestre é melhor nem falar
Quando vê um rabo de saia só sabe assobiar
Mas o amor não se fica só pelo seu exterior
Também há que ter em conta o seu interior
Vês uma mulher passear na rua
E gozas com a sua maneira de andar
Dizes que o melhor mesmo, é ela abrandar
Mas tu não sabes o que ela passou
Ou até mesmo, o caminho árduo que traçou
Se na verdade compras um livro com gravuras, no quiosque
E no fim ficas com tonturas só de observar o seu rabiosque
É porquê?
Por razões absurdas!
Imagina que as imagens não eram surdas
E do mesmo jeito, ouviam tudo o que tu dizes a seu respeito
Com certeza seria tudo, menos um amor-perfeito
Eu sei que o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita
Mas se tens a oportunidade para dar valor a frases que dão que pensar
E figuras que fazem a tua ignorância, compensar
Então nesse caso aproveita!

Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo


Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo


Nessa vida cada vez mais me surpreendo
Então não é que aquilo que o meu amigo fez
Tal e qual, se pode considerar de horrendo
Vejam lá que o desgraçado teve o desplante de fingir estar doente
Quando na verdade, nada sente
Está mais rijo que um pêro!
E diz ele que se encontra em desespero
O fulano até pode tentar disfarçar
Mas na hora H , eu vou lá estar para o desmascarar
E não é que assim foi?!
Vi-o a comer que nem um boi!
Meu amigo
Por isso é que eu digo

Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo

Mas não só 
Também o apanhei a pedir esmola à porta da escola
Tal e qual faz um carocho
O moço até ficou roxo
O problema dos estúpidos é achar que são inteligentes
Mentem com quantos dentes têem na boca
Por isso é que a reposição da verdade, tanto os sufoca
Pois vocês já sabem

Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão


Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão

Não importa se foi um ato intencional ou irrefletido
Para qualquer dos efeitos, o individuo tem de ser detido
Já viram o que era
Todo mundo na terra virar fera
Algo tem de ser feito
Até porque todos nós temos o direito
De viver numa sociedade honesta
Por alguma razão temos o dom de evitar a presença de gente funesta
Basta alertar as entidades especiais
E contar que estamos a ser alvo de ataques por parte de animais
Quando todos nós devíamos ser iguais
Mas infelizmente a educação já vem de berço
E há uns quantos que já optam por quebrar um terço
Decerto, do regulamente do cidadão
Estenderes a quem te estende de igual modo, a mão
E não, seguir o padrão
De quem por natureza já é ladrão

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão

Não importa que suplique
A consideração que todos lhe tinham
Vai descer tal e qual a pique,
Pode ser que ao ficar por ali uns aninhos
A ver o sol tal e qual, aos quadradinhos
O faça ver que roubar o próximo não o leva a lado algum
Apenas a dias e dias de jejum

Podes roubar
Mas já sabes onde vais acabar
Numa cela
Onde não está aberta à ativação de uma vela
A reza de nada te vai salvar
E olha que eu sei bem do que estou a falar
Pois ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão
Assim como a prisão tira ao mauzão longos anos de diversão

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Mais vale só que mal acompanhado


Mais vale só que mal acompanhado

Mais vale só que mal acompanhado
Mais vale só que mal acompanhado
Mais vale só que mal acompanhado

Do outro lado da rua vejo um inocente

Juntamente com ele está um grunho
Tal e qual de arma em punho
Que o força a tornar-se num delinquente

Este cheio de medo aceita

Rápido se dirigem a um banco
Nisto o mauzão aproveita
E dá uma de arranco

Por isso é que eu digo

Muito cuidado a quem chamas de amigo
Fica sempre com um olho no burro e outro no cigano
Sabe-se lá quando este te vai induzir ao engano

O policia chega ao local

E depara-se com esse cenário
O jovem ali todo mal
Dando uma de solitário

Mas às vezes é bem melhor

Ser rico em doçura
Do que ser colossal em doses de sal
Pois isso sim é que não tem cura

A tentar dar uma de santo

Diz o mauzão, que cá se fazem, cá se pagam
Mas eu não vi o rapaz a rogar praga
Ele estava apenas no seu canto

Hoje em dia têm muito cuidado

A quem queres ter tu, do teu lado
Se no fim das contas conheces os manos
E no fim eles só sabem causar-te danos

Epa! realmente

Confidente?
Só a minha barriga!
Não me agride nem estiga

Mais vale só que mal acompanhado

Mais vale só que mal acompanhado
Mais vale só que mal acompanhado
Mais vale só que mal acompanhado

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Eu sou


Eu sou aquilo dou a conhecer desde o amanhecer ao anoitecer
Eu sou aquilo que sou e não aquilo que desejas que eu seja
Ainda acrescento alguns defeitos em mim para ser a cereja no topo do bolo
Eu sou igual a mim mesmo
Eu penso, logo existo!
E sou o que o espelho reflete
Não, o numeral 7 da sorte
Mas sim, o numeral 13 respetivamente do mal
Que para qualquer lado me acompanha
Eu fujo mas logo ele me apanha
Acabo desse jeito, encurralado
Porque eu sou filho do mau olhado
E até mesmo no presente
Estou sempre mas sempre ausente
Não sei bem o que me deu
Mas esse aí de cabeça no ar
Esse sou eu!
Talvez um dia ela volte ao lugar
Enquanto esse dia não chega
Vou continuar a sonhar
Eu sou aquilo que pratico no dia-a-dia
Não abdico das pessoas que me trazem alegria
Pois eu sou mesmo assim
Um petiz que faz tudo para se sentir feliz
Que dizer..
Viver amuado não faz parte de mim!
Eu sou enamorado e tarado
Mais um pouco, marado da cabeça
Ainda que não pareça
Eu sou a voz da razão
Perante um conflito de ideias
Sempre de candeias ás avessas
Sempre de pratos e travessas na mão
Eu sou malabarista
Brinco com os utensílios mas sempre com cuidado para estes não cairem estatelados no chão
E tu és a femêa que enaltece o coração deste machão

Unidos jamais seremos vencidos


















Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos

Nós somos um bando de maganos

Sonhamos com este dia há anos
De guitarra na mão
Há fanfarra até ao serão
Damos música a toda a população
Com o intuito de ficar entranhada no seu coração
Não queremos de modo algum
Por vós, ser esquecidos
Se temos tanto em comum
Que tal sermos reconhecidos?!

Até porque unidos jamais seremos vencidos



Unidos jamais seremos vencidos

Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos


Pois é esse o nosso lema

Ficar juntos independentemente da gravidade do problema
Só para terem uma pequena noção
Se algum de nós estiver a passar mal
Por esse motivo não conseguir comparecer à actuação
O resto dos membros cancela na hora, o recital
Pois é isso que os camaradas fazem
É esse o sangue que nas veias, trazem
Até porque vocês já sabem
Não deixam que os pequenos Beatles acabem



Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos


Esta é para todos aqueles que nos querem fazer a cama
Como sabem, foi desde cedo que começamos do ponto de partida
No entanto bastou uma pequena batida
Para alcançarmos rápido, a fama
A nossa música cativa
Pelo simples facto do nosso som
Ser tal e qual uma voz activa
O que é realmente muito bom


Para os mais descontentes
Eu tenho aqui um recado
Sabem o que são correntes?
Se não, vão passar um mau bocado


Eu digo a todos os conhecidos
Planos são coisas que todos nós temos
Nessa vida o que mais queremos
É ser nada mais nada menos que reconhecidos
Então se pretendem ser alguém
Façam-se à estrada se necessário
Dando por fim uma abada ao adversário
Evitando nesse universo, acabarem como um Zé-ninguém



Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos
Unidos jamais seremos vencidos



Somos oriundos de uma banda
Que por nada desse mundo abranda

É verdade
Ao início sentimo-nos de mãos e pés atados
Como se costuma dizer
Filhos criados, trabalhos dobrados
Mas isso lá passou com a idade

E porquê?

Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos

Dizem eles
Já cá canta o outro grupo em stock
Isso é porque ainda não viram a nossa banda de rock, actuar
A mim também não me espanta
Sorte que chegámos na hora H de os evacuar

Somos poucos 
Mas os melhores
Somos loucos
Aqui e arredores
A música metal desborda por entre as nossas veias
Não é fatal, uma vez que somos ricos em ideias

Este grupo não é igual aos demais
Tipo individual na hora dos recitais
O nosso em contrapartida é colectivo
Daí o adjectivo,

Unidos!


Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos




Porque unidos jamais seremos vencidos


Somos unidos pelo canto

É isso que define o nosso quarteto
Bem como movidos pelo seu encanto
Que faz o quadro roqueiro ficar completo




Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos
Porque unidos jamais seremos vencidos


Porque unidos jamais seremos vencidos




Barco à deriva


Quantas vezes
Te disse para parar
Quantas vezes
Te disse que não era eu
O homem certo para te amar!
Mas tu quiseste ir com essa relação avante
Mesmo sabendo eu que podia estar de ti, distante
Eu não estava para aí virado
O teu carinho não era suficiente
Nem mesmo as tuas palavras que dizias, serem reconfortantes
Não eram suficientes para me trazer de volta a terra
Não eram não
Quantas vezes, eu disse para acabar com essa relação de fachada?!
Quantas vezes, eu disse que não era a hora ideal para te fazer sentir uma mulher desejada
Eu não me encontrava bem psicologicamente
Mas tu não quiseste saber
Só sabias dizer
Não te quero por nada desse mundo, perder!..
Mas é claramente isso que vai acontecer se não caíres de uma vez na real
Deres conta que não sou eu, o homem ideal
De lágrimas nos olhos peço perdão
Por não ser aquela peça que falta para completar o teu coração
Lamento mas não pode ser preenchido pela mão deste homem
Sabes
Eu tenho um coração diminuto
Falta-me experiência de vida
Eu não a possuo!
Com isto posso terminar dizendo que não sei o que é gostar de uma pessoa à toa
Primeiro tenho de a conhecer e ficar perto dela sem estar com a cadela
Quantas vezes, eu vou ter de me repetir?!
Pela milionésima vez e por muito que me custe admitir até porque não te quero de alguma forma, ferir ou até mesmo, iludir
Quero-te bem longe de mim!
Está melhor assim?
Eu já era para ter tomado esta atitude há muito mais tempo 
Mas só hoje consegui ganhar coragem
Acredita que a mim me dói mais 
Não penses que isto te está a afectar só a ti
Olha à nossa volta!
Olha o nosso coração...
Ele está despedaçado!
Não vai voltar mais ao lugar
Neste momento as rosas, sangram
Gemem de dor!
Querem ver a todo o custo, o nosso amor
Mas ele não vai florescer
Mas ele não vai crescer mais
Dói demais eu sei
Mas eu avisei
Quantas vezes, eu disse
Que não era este homem o responsável pelo teu sorriso
Tu sorriste porque pensavas que essa relação estava a ir pelo caminho certo
Lamento desiludir mas eu estive do teu lado por uma simples razão
Por não conseguir dizer não, mesmo sabendo que a única coisa que te mantinha viva
Era nada mais, nada menos 
Que eu

No amor, um autêntico barco à deriva






terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Agradecimento


Eu não tenho medo
Trago comigo a palma da tua mão
Que em segredo
Acalma o meu coração

Aconteça o que acontecer
Sei que ela vai aqui estar
Decerto, para me proteger
De quem queira protestar

Nada nem ninguém
Me pode fazer mal
Pois o violentar e o desdém
Vão hoje fazer uma viagem na sua nave espacial

Obrigado por toda a atenção
Juro que não me vou esquecer
E vou fazer menção
A quem o fez por merecer

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Uma saudável distração


À tua beira é mais fácil levar o medo para a brincadeira

Pois é essa presença que me dá estabilidade, equilíbrio e segurança
Os ingredientes necessários para me voltar a sentir uma criança!
O resto do mundo até se torna tão miúdo comparado com o teu sobretudo
Que vezes sem conta, me protege do pranto
Me traz à tona todo o encanto
Começo a pensar que saber dizer não
É tudo menos o meu forte
Pois quando estou a teu lado até perco o norte
Bem como a noção do que me rodeia
Se na verdade já passou a hora de ceia
Eu nem dei atenção
Ao tempo que se encontra em constante alteração
Parece que ainda ontem era verão
Tinha eu, o sol a esbater no cantinho do meu coração
Mas hoje é inverno
Bem-vindo ao inferno!
O mesmo que é atenuado pelo teu abraço terno...
Graças a ele, que eu cá me desgoverno


Pele com pele



Uma derme molhada, roçada na de um outro verme

É de facto um verdadeiro atentado ao tangível
Não aconselho a quem tenha uma carinha sensível
Podem não querer mais nada a partir desse dia
Somente, a sua pele macia!
A juntar às gotinhas de limão
Que vão caindo uma a uma pelo corrimão
Pele seca, a minha
Logo logo com a sua não faz mais, farinha
Fica molhada!
E a culpa é de quem solta maliciosa gargalhada
A mesma que me deixa nervoso e com o rosto oleoso
A sua face chega e baralha os planos desta antes sem sal
Mas que com uma pitada de açúcar até vira carinha laroca
Diz essa mulher, ser estranho um homem sentir-se
Tal e qual de pedra e cal na sua revitalizante xaroca
Se o normal é seu jeito jovial me deixar com água na boca

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Por fim me levanto


Se não suportas o meu pranto


Então

Acalma
Essa escuridão
Sem vestígio de alma


Devolve-me o encanto



Canta

Uma canção
E espanta
Esta minha solidão


Não é preciso chegar a tanto



Vem-me aconchegar

Desenlaça
E desembaraça
O meu inquietar


Por fim me levanto


Tal tontura

Chegou ao fim
Numa altura
Em que o teu dialecto, acalmou o meu chinfrim

Oh solzinho


Oh solzinho!

Brinca no meu peito
Faz carícias bem desse jeito
Desavergonhado e sem respeito
Que eu de bom grado, aceito

Debita frases eróticas perto da minha boca
Logo verás como ela fica louca
De tanto buzinares, a tua até fica rouca
Calorzinho que não se toca

Meu querido mês de Agosto
Faz festas no meu rosto
Que eu dou permissão com todo o gosto
Só para me livrar de um profundo desgosto

Transmite-me calma e firmeza
Livra-me dessa maldita incerteza
Que em dias mais escuros vira tristeza
Por não te ter do meu lado, reluzente alteza

domingo, 15 de janeiro de 2017

Rico


O amor tarda em chegar..
Não tenhas pressa!
Vive um dia de cada vez
Tens saúde, família e amigos?
Se sim então és mais rico do que pensas
O amor ainda não te sorriu?
Secalhar é porque não te merece..
Ou talvez porque ainda não é altura de te sorrir
Mas isso é o menos importante
Tens família, amigos e saúde?
Se sim, então és mais rico do que pensas
Caso contrário
Que deus te ajude
Vejo-te todo deprimido
Hoje até tomas mais do que um comprimido
Dizes em chinfrim que a tua vida chegou ao fim
Será que eu ouvi bem?!
Disseste mesmo que és um Zé ninguém?!
Olha nos meus olhos 
Tens família que se preocupa contigo?
Poucos amigos que te livram do perigo?
Saúde para dar e vender?
Se sim, então eu quero um sorriso nesse rosto
Se não chegar então pede ao pranto para ir lá fora ver se está a chover
Porque verdade seja dita
Se tens família amigos e saúde 
És mais rico do que pensas
Acredita em mim
Se não chegar
Eu mostro-te casos de pessoas sem esperança
E aí verás que as diferenças entre os teus problemas e os demais, são bem mais abismais

Escuta e executa



Realmente dá-me piada
Quando tu chegas com a língua afiada
 Me acusas de ser fofoqueiro
Mas chiqueiro a mim não me diz nada
Gosto de fazer algo produtivo
Como por exemplo?
Escrever!
Faz bem ao meu coração
Sempre com moderação e nunca de forma exagerada
Meu amigo
Primeiro vivo a vida
Só depois é que digo se ela foi ou não mal-agradecida comigo
Não posso tirar conclusões precipitadas
É meu dever escutar
Para no fim ter a oportunidade de executar as vidas passadas
Que eu dormi em claro por não ter um cigarro
Mas principalmente por não ter a oportunidade de acender a tocha
Assim fica difícil ter ideias
Luz é sinónimo de inteligência 
Não me reduz porque eu não pratico negligência
Eu dedico o meu tempo a fazer aquilo que mais gosto
Escrever poesia em papel 
Na frente escrevo sobre o presente
As razões que me fazem ir em frente
No verso é mais o inverso
Respectivamente as coisas boas e más pelas quais, eu passei
Quanto ao futuro
Apenas digo aos demais
Em relação a esse senhor 
Só sei que nada sei

Querida escrita


Porque é que o talento não vem quando é preciso?
Me deixa ao relento sem vestígio de um sorriso
As minhas mãos gelam por não ter o seu alento
O meu coração resfria e é aí que meu coração deixa de bater
Tudo por não ter a frase que dê um toque de alegria
Mais um pouco, nada vai restar para contar a história
Eu era um homem cheio de ideias a escorrer por entrar as veias
O que aconteceu é que as palavras deram o baza
E eu pois claro, fiquei sem casa
Hoje durmo na rua do chão sem a sua compaixão
Cara escrita, menina dos meus olhos
Acredita que és mais do que aquilo que pensas
Vamos por de lado as ofensas
E com isso nos amar mutuamente
Ao ponto de dominar a mente um do outro
Vou escrever enquanto as minhas mãos assim o permitirem
Nem por um minuto vou deixar que te tirem de mim
Não!
A escrita é o meu eterno serão
Um reconfortante biberão
Que sem saber, vou beber
E é em sim que eu vou adormecer

Quero ser reconhecido


Quero ser reconhecido

Mas tento ser paciente
Viver com calma, o presente
Sem com isso, ser esquecido
Eu tenho o direito
De querer ser o homem perfeito
De ter à minha volta
Gente que toma conhecimento da minha revolta
Sem com isso a deixar cair no esquecimento
Mas tenho de me apressar
Olhar para a esquerda e para a direita na hora de atravessar
O perigo está sempre à espreita 
Ele ataca sempre pela calada
Então anda de mente aberta
Ao invés de a ter fechada
Sempre com os pés bem assentes no chão
Sentes o sermão?
Já disse que não é o sermão dos peixes
Se não entenderes à primeira não te queixes
Eu espero que sim
Se o pilim não vêm até mim
Então vou ter de ser eu a fazer para que tal aconteça
Cabeça sempre erguida em direcção aos jornais
Bem como Eça fazia para combater a azia dos demais
E felizmente até hoje continua a ser uma figura reconhecida
No fundo luto com unhas e dentes
Nunca a passar com paninhos quentes nesse mundo
Se vais 
Se cais
Só poderás ficar choné
No entanto 
Se ficas de pé
Se te agarras à fé com café
Que queres mais?
O adversário não dorme
Têm uma vontade enorme de te ver na lama
Então não faças a tua cama
Faz à rua, sem vestígio de drama
Intimida o mano com uma face mais destemida e menos intrometida
O sucesso não vem no momento
São precisos dias fatigantes de trabalho
Pois é do minguado que se fazem gigantes
Hoje já não se fazem tantos santos errantes como se faziam antes
Fazem-me apenas uns quantos sócios tratando de negócios em distintos recantos
Como se costuma dizer
Sou a excepção perante tanto maldizer
Sempre no spot 
Disposto a manter a reputação
Era suposto ele ser top?
Sou top com todo o gosto
Era suposto ele escrever letras sobre Hip hop?
Para vosso desgosto é suposto sim 
Eu escrever letras sobre Hip hop!
Explicando o seu sentido assim Tim Tim por Tim

Sepultura do amor


Ao longo dessa vida
Percebi que não era este ser
A principal razão de tal torcida
Sem vestígio de aroma
Dono de um só idioma!
Os tais que me levam a querer
Que sou eu aquele que tanto te faz sofrer
Logo eu, que já sou um sofredor por natureza
Dor para a qual não há cura
Há sim para a tua, agora em convalescença
Têm alguém que segura a sua amargura com uma pitada de doçura
Enquanto eu não tenho absolutamente nada
Somente minha humilde sepultura!
Mergulhei no seio da escuridão
Com isto dizer que não sou mais eu
Esse homem há anos que faleceu
Tudo por não ter mais, o teu coração



O amor como deus manda


Linda?!
Tudo bem?
Tens a tarde livre?
É que sabes..

Tenho saudades de te amar
Saudades de te farejar
De trocar carícias por entre os lençóis
De junto contigo ler os mil sóis
De entrar e ficar para a história
Contigo por inteiro na minha memória!

E tu?

Oh lindo?

Como estás?
Ao inicio fiquei de pé atrás
Mas hoje vou ter de confessar
Antes que o teu falar tenha o desplante de me cessar
Na verdade tenho muita saudade
De entrar de rompante na tua fenda 
E ficar a residir o resto da vida nessa luxuosa fazenda

Nos meus sonhos
Não só tenho o teu íntimo que me abriga
Como em dias que me dão a volta á barriga
O teu firme dialecto, os torna mais risonhos

Oh linda...

Que me dizes de tornar o sonho realidade?
Matar de uma vez por todas, a saudade
Sem levar tal coisa para a maldade
E dessa forma ficar juntos por toda eternidade

Na nossa modesta casota


Nos aclamamos sob sua demanda
Nos beijamos ao som da sua propaganda
Nos abraçamos como deus manda
Nos amamos pois é ele que comanda

E evita desse jeito que o nosso amor entre na bancarrota

O Amor.


O Amor.

Deve ser vivido

Deve ser apetecido
Deve ser contido
Deve ser extrovertido

O Amor.

Nunca deve ser inanimado

Nunca deve ser indesejado
Nunca deve ser abarcado
Nunca deve ser fechado

O Amor...


Entre pólos opostos

Hoje vira contacto
O prazer da visão e do tacto
É algo que não paga impostos

O Amor...


É suposto ser gente

Nunca um bicho
Então trabalha nele arduamente
Não o deites na primeira oportunidade, ao lixo



segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Está atento


Procuro a mulher dos meus sonhos na vida real
Mas é mais dificil achar o amor que uma agulha no palheiro
Procuramos, procuramos e nada
E ás vezes a amante até está mesmo diante do nosso nariz
Talvez por querer sempre mais ao ponto de não aceitar tudo o que vem à rede
O ser humano é que perde por ser assim
Nunca se sente satisfeito pois para ele tudo tem de estar sempre a seu gosto
Eu não vou condenar mas acho que o homem ou até mesmo a mulher devia parar para pensar no que é melhor para si
Se tens á tua beira uma pessoa que te adora e que faz de tudo para te ver feliz então faz o favor de a olhar com olhos de ver
Não deixes que esse alguém te passe ao lado ao invés considera-o um verdadeiro achado

domingo, 8 de janeiro de 2017

Queremos mais amor



Lá fora não se encontra nem um único cidadão
É para verem a importância que eles me dão 
Eu grito na esperança que alguém venha em meu socorro
Mas os tais ficam na sua enquanto eu morro por dentro da forma mais nua e crua
Do outro lado da rua aparece ao minuto, um puto que agradece a deus por mais um dia de vida
Parece que foi tida em consideração, a sua oração, por toda a povoação
E eu?
Sou apenas mais um...
Sem nada em comum com o resto do povo!
Sou novo e já sem esperança
Quem sabe, de ficar com a herança dos meus pais quando estes baterem as botas
Nem que seja à batota
Em plena escuridão 
Sofro de chacota por parte da cota
Mas isso já ninguém nota
Os maus tratos que sou alvo
Salvo, os momentos com razão
Não são físicos
Mas sim, verbais
Não só para com a minha pessoa
Também para com animais
Temos presente de nós, uma voz que só magoa
Nessa noite a conformidade é o que a gente retém
Para toda a criança que se sente refém
Incapaz de ver para lá do além
Eu só vos digo desde Portugal a Jerusalém
Menos ais, menos ais, menos ais
Queremos mais, queremos mais, queremos mais!
Até porque diz o estudo
Que toda criatura
Merece receber acima de tudo
Pequenos dialectos de ternura
A esses canibais sem coração
 E que resolvem tudo à base de tortura
Nós dizemos
Menos ais, menos ais, menos ais
Queremos mais, queremos mais, queremos mais
Mais um pouco de compreensão
E que esse sentimento possa estar à nossa altura

Mais amor por pavor?
Menos dor se faz favor!

Em sinal de sua beleza


Eu só peço que se erga um estandarte em sinal de sua beleza

Que para mim se resume única e exclusivamente, a arte
Seria um erro deixar que o enterro dessa mulher fosse pobre
Ao invés eu tinha de fazer algo nobre para homenagear
Decerto os bons momentos que passamos a dois
Durante toda a minha vida essa mulher foi a minha muleta
Era em si que eu me apoiava quando não me conseguia por de pé
Meu amor foi mais forte que a dor e a prova é que apesar de choné
Tinha sempre paciência para mim
E eu admiro essa virtude numa mulher
Não vou mentir!
E eu admiro essa virtude numa mulher
Só ela para me ver sorrir
Mesmo quando tinha vontade de chorar
Lá estava para me amparar da queda
E é por isso mesmo que não vou deixar passar em branco a quantidade de vezes que essa dona foi meu banco para eu poder-me sentar
E então agora é a minha vez de a representar
Hoje sou o seu coração
A voz da razão!
Menina dos olhos castanhos
A minha rotina
E para toda a eternidade
Menina dos olhos castanhos 
Junto à lareira lá está a bandeira com as cores da paixão
Vermelho e cor-de-rosa
Como a tal mulher mimosa
Dona do meu coração

Deixa-me dizer


Deixa-me dizer que sou homem sem jeito
Mas cá me ajeito só por te ver
Deixa-me dizer que fazer por fazer não tem lá muito sentido
Não imaginas a dificuldade que tem sido
Passar por ti na rua sem poder beijar a tua boca e ainda assim ter de fingir que o teu olhar não traz nada de bom para mim
Deixa-me dizer que não quero que tu sofras, por isso traça o teu próprio caminho
Que eu vou fazer o mesmo e de preferência sozinho!
Deixa-me dizer que aquilo que eu senti ao te ver, foi para mim, amor à primeira vista
Um encontro que até dava capa de revista
Até dava para ir a uma entrevista
E deixa-me dizer que eu aceito!
Pode ser que desse jeito ganhe emprego
Isso até pode beneficiar o meu ego
Não nego
O amor é cego, tenho dito
Ser maldito!
Deixa-me dizer que o maldizer a mim, nada me diz
Principalmente se vier da boca de gente infeliz 
Aí menos ainda!
Olha só como ficas linda quando olhas para mim
Fico sem saber como me atrever a pedir-te em namoro
Deixa-me dizer que não levo desaforo para casa
E se o fizer, eu morro pois como já sabes tal coisa só me atrasa
Deixa-me dizer que a palavra talvez, não é resposta nem aqui nem na china
É sim, para mim uma autêntica chacina!
Deixa-me dizer que eu não sou um ser humano eterno e que se for para morrer então que seja agora 
Namora comigo antes que seja hora de eu ir para o inferno e cumprir um castigo sem retorno
Deixa-me dizer que eu me recuso a ver-te do céu junto de um intruso, onde eu fico com o pior dos papéis
O papel de corno!
Deixa-me dizer...


Peço perdão


Acordar sem ti
É um transtorno para mim
E para os que aqui se encontram
Eu apenas digo
Hoje por tua culpa sou um perfeito mendigo
Procuro desde a matina até ao serão 
Carradas de comida no contentor
Peço as melhoras ao meu senhor
E que ele me livre de toda a dor
Hoje acordei meio estranho
Dei por mim a chorar baba e ranho sem saber o porquê
Ninguém entende mas todo o mundo vê
Eu até podia explicar a razão
Mas não seria o mesmo coração
Não fui mais eu, sem o teu
A alegria...
Por uns quantos anos manifestei essa senhora
Sabia eu, o que era amar
Até a nossa canção cantava com muito glamour, pompa e circunstância
Mostrando dessa forma a importância que ela tinha tanto para mim como para ti
Para nós!
Até na nossa voz
Peço perdão pelos danos que te causei perante pais, primos e avós
Perdoa-me porque eu não consigo viver mais sem ti
Diz-me que a nossa história não acaba mais aqui...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Porque eu quero acordar


Porque eu quero acordar
Mas não sei se vai dar
Então vou pôr-me a sonhar
Para não envergonhar a plateia
Vou inventar e dizer que foi precisamente por a vida ser feia
Que eu decidi por uma vida inteira, me ausentar
Porque eu quero acordar
Mas não sei se vai dar
Por isso se eu não acordar para a vida real
É porque não tinha potencial
Decerto para enfrentar a adversidade na hora de aperto
Por isso se eu não acordar para vida real
É porque não tinha potencial
Para dar o essencial é nossa estrelinha
Se eu não acordar a culpa não é tua
Em contrapartida é minha por deixar que te excluíssem da minha vida
Ao longo da vida foi assim
Eu primeiro e tu por fim
A verdade é que eu não tinha crença em mim
Fui perdendo aos poucos a cabeça com ou sem gim
Eu sei que prometi ficar lúcido por ti
Por nós dois!
Mas não deu
O pouco amor que carregava no peito
Esse se perdeu por inteiro
Se foi pela noitinha!
Agora peço à nossa estrelinha
Que troque por miúdos o futuro que se avizinha
Porque eu quero acordar
Mas não sei se vai dar
Por isso mesmo vou-me antecipar antes que o meu olhar se perca por entre ruas, avenidas, praças ou até mesmo em umas quantas romarias
Sem quaisquer correrias!
Vou sonhar para não envergonhar a plateia
Seja em hora de jantar ou até mesmo em hora de ceia
Eu vou pedir a Deus um desejo
Vou pedir que ele se concretize
Embora tenha muito medo
Não posso deixar de ser atrevido
Até porque só estou a lutar pelos meus ideais como faria qualquer individuo que estivesse na minha situação
Mas quero ver esse sonho tornado realidade e de preferência bem cedo antes que eu parta desse mundo sem dar uma única justificação
Porque amanhã eu posso não acordar
Porque eu não sei se vai dar
Posso não sonhar só mesmo para não envergonhar todo o povo que se orgulha e do mesmo modo, espera muito de mim
Sim!
Porque eu quero acordar
Mas não sei se vai dar
Porque tenho noção que posso morrer a meio do sono
Eu não prometo nada
Até porque pode acontecer, ficar-me pelo período da madrugada
Sem poder ver sequer a luz do dia
E se isso se puder explicar como um ato de cobardia
Então é porque o destino assim o quis
Que eu fosse nessa vida, um perfeito infeliz


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Disposto a tudo



Levanto-me da cama pronto para mais um dia de vida
Que bom poder a Deus, agradecer
O facto de ter no cimo da mesa montes e montes de comida
Só algo assim para fazer o meu peito, engrandecer
Mais um dia em que saio pela porta grande
Porque eu não sou um ser humano qualquer
Sou aquele que quer
Que do mesmo jeito só descansa
 Quando por fim alcança os seus almejos
Entro no meu local de trabalho
O que vou encontrar no interior é incerto
Mas o certo
É que eu acredito que posso contornar todo tipo de obstáculo sem recorrer a um atalho
Desde nascença
Que eu vivo para uma só crença
Focar-me no mais importante
O futuro.
Que ainda não é de todo brilhante
Mas eu vou encarregar-me que assim seja
Não vou entregar a minha alma de bandeja
Vou sim 
Sorrir
A quem do mesmo jeito faça questão de aderir
Estender a mão
A quem do mesmo jeito faça questão de me estender o seu coração