Difícil é esquecer
Fácil é lembrar
Como o amor nos pode manobrar
A seu belo prazer
Para isso acontecer
Basta um simples olhar
Caímos nele sem querer
Sem a intenção de o alcançar
Como é traiçoeiro, o amor
Apodera-se sem permissão, do nosso ser
Independentemente do género, sexo ou cor
A cada dia que passa ele ganha mais poder
E eu sinto-me a enfraquecer
Como se me estivesse a faltar o ar
Em que eu tenho de respirar fundo
Para de vez, não enlouquecer
Depois de horas
À tua espera
Brindas-me com a tua demora
Volta para a tua terra!
Deixei tudo o que tinha para fazer
Oh baby, para estar contigo
Mas tu tinhas que olhar
Só para o teu próprio umbigo
Ainda me perguntas
Se entre nós está tudo bem
Entre nós está tudo uma bagunça
Prepara-te para ficares sem mim!
Eu não admito
Faltas de respeito
Passares por cima do que eu sinto
De mim, do meu peito!
Bianca não brinca
Bianca não foge
Bianca deixa-me dar-te uma trinca
Bianca sente o meu toque
Bianca
Tu és branca
E és boa na cama
Até a barraca abana
Bianca esquece o cláudio
Bianca deixa-me mostrar-te o meu áudio
Bianca deixa-me te recitar um poema do Bráulio Tavares
Já pensaste que podemos viver muitos momentos áureos?
Bianca tu és um osso duro de roer
Mas eu vou até ao fim, te moer
Bianca, eu já estou cansado de sofrer
Mas eu sei que ao teu lado eu posso renascer
A vida é feita de escolhas
Eu escolhi ser um fugitivo
Mas por mais que te escondas
És sempre reconhecido
Põem-te na solitária
Sem puder usar telefone
Na prisão é tudo fora da minha faixa etária
Se tentas fugir és apanhado novamente com a boca no trombone
Porque que é que a minha vida
É melhor do que a tua?
Porque eu sei caminhar de cabeça erguida
Mesmo sabendo que a minha vida é uma grande filha da puta
Quem és? Perguntaram-me ao que eu respondi na cela
Sou o, cara da balela
Vim da favela
E vou para debaixo da terra
Apanhei-te com ele na cama
Como é que tu achas que eu me sinto?
Mas é mais do que óbvio de que quem ama, cuida
Se calhar nunca foi assim tão forte o nosso vínculo
Todas as noites que passavas fora
Era com ele que te ias encontrar
Eu engolia todas as tuas mentiras
Para a mim mesmo, não me enganar
Se pensas que vou ficar a pensar em ti para sempre
Deixa-me que te diga que estás muito mal enganada
Eu vou seguir com a minha vida em frente
A partir de hoje tu e eu não temos mais nada
Restam apenas as recordações
Mas com o passar do tempo, eu as vou apagar
A isso eu chamo de, preço a pagar
Por me deixar levar pelas emoções
De onde vens
Não me importa
Só não quero que fiquemos reféns
De um sentimento onde não se consegue abrir a porta
Esse lugar
Chama-se coração
Mas quem somos nós para o julgar
Se ele tem sempre razão
Se tu sentes
O mesmo que eu
Por favor, não penses
Em quem te ofendeu
O passado
É isso mesmo
O outro lado
O lado negro!
Maltratar
Quem me maltratou
Por não me saber amar
Por não perceber que acabou
Dei-te todo meu amor
Dediquei-me de alma e coração
Mas tu não soubeste dar-me o devido valor
Agora eu peço e que vás e voltes não
Beijaste a minha boca
Disseste há uns tempos atrás que ela pertencera a outra
Mas fica a saber que a minha boca, ninguém a rouba
É no que dá te armares em mulher boba
Com que eu me envolvo
Ou deixo de me envolver
Só a mim me diz respeito
Não sei se estás bem a ver
Vivemos num mundo podre
Onde só damos valor aos bens materiais
Assim não vamos longe
Amanhã poderá ser tarde demais
Por isso vamos apostar na educação
Em especial, para jovens problemáticos
Mostrar-lhes, a correcta direcção
Se queremos um mundo melhor, temos que mudar de contexto
Vamos aumentar os postos de emprego
Diminuir assim, o número de suicídios
Ter direito a um valor de subsídio
Só nós sabemos tão bem como ninguém o quanto a vida não tem preço
Todos podemos fazer a diferença
Vamos para a rua fazer um protesto
Faz favor de me dar licença
Se queremos um mundo melhor, temos que mudar de contexto
Não faço por faço
Faço porque tenho prazer
Digo o que tenho a dizer
Sem me contradizer
Não como por comer
Como para não emagrecer
Comer dá saúde e faz crescer
Quem não o faz nem sabe o que está a perder
Não canto por cantar
Canto para os meus males, espantar
Se quiseres podes-me acompanhar
Desde que não te deixes apanhar
Não me mato por matar
Mato-me porque sinto que não tenho muito mais para dar
Dei tudo o que tinha quando preso no lugar de outro
E nem isso souberam aceitar
Fui ao continente
Vi uma sommersby
Eu fiquei contente
A de maçã, eu bebi
Foi remédio santo
A partir desse dia
Para meu espanto
Moleza, não sentia
Deu seus frutos
O que eu plantei
Aqui não há ursos!
Já dizia a minha mãe
Estou a criar raízes
Com a sidra de maçã
Só queria que visses
Essa minha guardiã
Eu falo mas ninguém me quer ouvir
Está-se tudo nas tintas para o que eu estou a sentir
Que deus afaste de mim todos aqueles que me querem ver cair
Porque para ajudar estão todos em bicos de pés, prontos para aplaudir
Eu calo-me e todos querem-me ouvir falar
Mas eu não tenho mais nada a acrescentar
Penso que já foi tudo dito há bem pouco tempo atrás
Quando eu morri de amores por ti por sorte ou por azar
Sou preso por ter cão e por não ter
Se ao menos eu pudesse voltar a nascer
Mas desta vez, sem voltar a cometer os mesmos erros do passado
Olha para mim, ouvi dizer que a esperança é a última a morrer
Tu nunca amaste alguém a pontos de te sentires inferior?
Eu já mas ninguém é mais do que ninguém do que diz respeito ao amor
Somos todos feitos da mesma matéria, o tecido do Outono, do desejo sem pudor!
Tempo em que as folhas caem e as recordações ganham maior valor
Se não queres pertencer ao novo grupo de infectados
Segue as dicas e truques de zorro, o justiceiro mascarado
Ele coloca a sua mascara de segunda a domingo folgado
Nunca para quieto, está sempre muito agitado
Combater a corona vírus
Está nas mãos de todos os indivíduos
Limpa como deve de ser, as janelas se fores um limpa-vidros
Não importa qual seja o teu estímulo
Eu sou um grande cidadão
Quando entro no autocarro nem preciso de pedir perdão
Assim que entro nota-se a léguas a minha expressão
Sempre com mistério e discrição
Aqui sou eu quem dá as instruções
Vocês tratam de colocar a máscara e, eu, de comandar as operações
Sou eu, o zorro, justiceiro mascarado nesta minha preocupação
Que é minha a luta contra a propagação da covid-19
Numa manhã de nevoeiro
Lembro-me bem, era mês de fevereiro
Saí na estação, Escola Pintor Almada Negreiros
Foi onde encontrei o meu primeiro amor
O consegui enxergar na perfeição
Até eu fiquei admirado e não foi para menos
Tudo porque nesses últimos tempos
Estava a passar por uma depressão profunda
Nasci com um hemangioma facial
O espelho nunca foi de acordo com a minha imagem
Ouvi dizer que todas as pessoas são iguais apesar do seu aspeto racial
Que temos de saber aproveitar as poucas oportunidades que nos surgem, a vida é uma passagem
Agora que encontrei o amor não me quero despedir
Mas talvez eu seja mais feliz na outra vida porque nesta é pedir demais
Um pouco mais de compreensão por parte das pessoas, alô eu estou aqui
Não quero ser só mais um, quero ser aquele que só quer ser feliz
Eu raptei a tua filha
Porque te quero de volta
Se soubesses o quanto por ti, o meu coração fervilha
Não voltavas para aquele idiota
Nós conhecemo-nos no peru
Jurámos amor eterno
Mas eu fui burro
Não soube assumir o meu lado paterno
Mas ainda vou a tempo
É só dares-me um voto de confiança
Eu prometo que o sentimento
Irá virar boa lembrança
De que estás à espera?
A tua filha súplica por ajuda
Por isso vem depressa
Tal como eu, ela tem saudades tuas
Falaste mal
Da indústria musical
Mas ela está de pedra e cal
Tem um ar angelical
Sem a música
A vida seria um erro
Ela é a única
Que cura o desalento
Eu vendo
Um milhão de discos
Havendo
Uma série de riscos
A pirataria é crime
Compra no supermercado
Antes que se origine
Uma quebra no disco inventado
Não tenho chances
Fico sempre no banco
À espera que tu avançes
E me convides para dançar, para ser franco
Quando pego na tua mão
Eu deixo de existir
E tu passas a ganhar maior posição
Uma sensação ruim
É como se eu não estivesse presente fisicamente
Secalhar é por isso que dizem que os anjos também choram
Se ficam sem asas tiram-lhes à partida, a liberdade para sempre
E assim imploram por perdão
No dia seguinte acordo na tua cama
Mas nem sinal teu
Quem ama
Perdeu
Estou apaixonado
Mas não me quero declarar
Com medo de ser rejeitado
Então fico aqui sentado a pensar
Acho que a vou convidar
Para irmos juntos ao cinema
Se ficar a pairar no ar, o dilema
Eu vou fazer de tudo para o olvidar
Vou-me concentrar
No que ainda não temos
Mas no que podemos vir a precisar
Se os nossos gostos forem os mesmos
Tenho algo para te dizer
Quero que me ouças até ao fim
Contigo, tenho muito a aprender
Se sou o que sou hoje devo tudo isso a ti
Quando penso em ti
Lembro-me de tudo aquilo que ao teu lado, eu vivi
Mas tu não estás mais, aqui
O nosso amor chegou ao fim
Não há volta a dar
O passado, eu já não posso mudar´
O melhor que eu tenho a fazer é, me acomodar
Não quero de alguma forma, te incomodar
Quem sabe, talvez um dia
Eu te encontre por magia
Algures numa esquina
Perdida e sem rumo
Espero ser quem te mostre prumo
Numa sociedade de consumo
Que comuniquemos por sinal de fumo
E que o nosso amor dê os seus frutos
Eu não vivo
Eu sobrevivo!
Num bairro social, competitivo
Onde sempre tento ver o lado positivo
Tenho as minhas rimas
Que são as minhas obras-primas
São elas que evitam que te deprimas
Na época de vindimas
Frequento uma escola de artes performativas
Procuro talento por todas as partes
Inspiração nos melhores parques
E tenho gratidão pelas tardes de verão mal dormidas
Tudo por culpa de um sonho
Ao qual de corpo e alma, me proponho
Mas fica difícil quando só há uma bolsa em jogo
Resta-me fazer tudo com amor e sem perder o fôlego
Tenho fair-play
Dentro e fora da play
Podes até fazer o replay
Para veres como eu não sou um fora da lei
O apito dourado
É um falso testemunho
Que acaba por ser julgado
Com um mandado de segurança
Eu vivo para o futebol
E vibro como se fosse o Carlos Puyol
A dar toques na bola, desde o nascer ao pôr-do-sol
Agora, engole isso
As mentiras no jornalismo
São a prova viva da falta de profissionalismo em Portugal
Dão-me vontade de vomitar e de seguida puxar o autoclismo
É a isto que chamo ver as coisas com realismo
De onde eu venho
Eu dou tudo o que tenho
Não sei fazer um desenho
Mas coloco sempre todo meu empenho
Não sou bom aluno
Estou com a cabeça noutro lugar
Há quem diga que estou com a cabeça em Neptuno
E é verdade, deixo-me facilmente, empulgar
A escola
É uma gaiola
Muitas vezes faz-me querer dar à sola
Outras, dar um tiro na tola
Não sigo regras
A elas a minha essência, não se integra
Gosto de estar à janela
Ver quem passa pela viela
Uma coisa é clara
Posso ter muitos ténis da Zara
Mas nada se compara
À beleza de uma jóia rara
Não a troco
Por nada deste mundo
O seu nome, eu invoco
Tenho-lhe um carinho profundo
Ela é pura
Como a lua
Deixa que flua
E a vida continua
Vamos ao que interessa
O tempo passa depressa
E meu Stresse me Stressa
Se a sua alma não regressa
Vivemos um amor impossível
Eu sou bruto e tu, sensível
Eu sou viciado em sexo e tu, em rímel
Não estamos ao mesmo nível
Vivemos em constante conflito
Estou longe de ser o filho que qualquer mãe gostaria de ter. admito
Mas não podes negar que dou o litro
Para que possamos viver em perfeito equilibrio
Recebo as tuas amigas em casa
Vou para o meu quarto para ficares mais à vontade
É que tanta mulher junta deixa-me em brasa
E tu sabes que eu sou aquela base
Gosto de me retirar quando sinto que estou a mais
Mas não penses que é por estares longe de mim presencialmente que não estás no meu coração
Estás aqui dentro muitas vezes até demais
Por isso peço que a partir de hoje me tenhas um pouco mais de compaixão
João Pedro
Não tenhas medo
De engolir em seco
O segredo é esse mesmo
Foste traído
Sentes-te perdido
Corroído por dentro
É como se fosse comigo
Sou o teu irmão
Sei bem o vai no teu coração
O que acontece contigo é da minha exclusiva obrigação
Ainda que seja novo, sou capaz de te dar um belo sermão
Queres pôr termo à vida
Mas deixa-me que te diga
A vida é bela e merece ser vivida
Acontece que por vezes não lhe damos a importância devida
Se me queres vir ver
Se sabes onde é que eu moro
Então vem aqui ter
Não percas o foco
Sei que tens algo para me dizer
Hoje o mundo é nosso!
Eu sabia que isso ia acontecer
E que tu não eras nenhum bloco de gelo
Não basta querer
Ou dar um voto de confiança
É preciso ver para querer
Trabalhar de sol a sol
Só assim um amor pode sobreviver
Conversa de, sei onde moras mas eu não posso
Só serve para me convencer
Que somos de pólos opostos
Eu me dedico a ti
De corpo e alma
Por isso é que estou aqui
Porque sinto a tua falta
Dá-me pena
Saber que sou o outro
Superar esta perda
Mexe com o meu sistema nervoso
Tu ainda vais ser minha
É só uma questão de tempo
Até caíres nesta minha ladainha
O que aconteceu naquele dia foi o calor do momento!
É de joelhos que eu te peço
Faz tudo só não me ponhas em cima, um processo
Ninguém neste mundo te quer tão bem como eu te quero
Mas sou homem e como tal não sou de ferro
Tua alma é triste
Felicidade é coisa que não te assiste
Toda a tua vida, tu fingiste
Ser quem não eras, não te permitiste!
Teus olhos lacrimejam
E teus lábios já não beijam
Não importa onde estejam
Por amor, eles rastejam
Vives asfixiado
Pelo passado
Um atentado
Aos teus antepassados
A frieza te corrói por dentro
Tens alguma fisgada no pensamento
Enquanto não chega o momento
Rezas o terço de nossa senhora de Fátima
Sou desligado dos bens materiais
Dou valor às coisas simples da vida
Mas não condeno quem quer mais
Uma carta de despedida de amor
Sinto que já vivi o que tinha a viver
Tive de conviver com quem não queria
Como se não bastasse, ver o monstro em que me tornei
É incrivel como me deixo comover por tão pouco
Liguei para a linha da amizade
Tivemos uma conversa profunda
Onde expressei a minha vontade
Mas não me ligaram nenhuma
Se tiveres um amigo a precisar de ajuda
Por favor, não lhe vires as costas
Mostra-lhe que toda doença tem cura
E que o mundo dá muitas voltas
Eu desfilo na passarela
Sempre com muita cautela
Para que não me tentem passar a perna
Pois o que não me falta aí é gente dessa
Vibro com os aplausos
Sinto o coração aos saltos
Debito intervalos musicais
Retiro-me causando estragos
É assim a vida de artista
Não é fácil para ser realista
Muitas das vezes tenho de baixar a crista
Quando me pedem para ser capa de revista
Não é fácil lidar com a fama
Eu que o diga, a minha vida dava um filme de tragédia e drama
Ela se resume em C: Cama, comida e celular
Assim fica difícil mantar acesa, a chama
Se queres aprender a dançar
Tenta os meus passos de dança, alcançar
Porque aqui não há espaço para falhar
E para vencer é preciso batalhar
Mostra-me do que és capaz
Dá um passo à frente e dois para trás
Se acertares bem os passos jamais cairás
Assim Alcansarás a tão desejada paz interior
As miúdas ficam malucas
Tanto as brancas como as escuras
Pela forma como atuas
Até arrebentas as colunas
Eu sou um bom dançarino
Sei acompanhar o ritmo
Tenho um sexto sentido masculino
Que ele não me deixa ficar mal, eu acredito
O ladrão vem para roubar
Cuidado com a tua carteira
Não te deixes aldrabar
Pela sua brincadeira
Fecha a porta à chave
Antes que seja tarde
E que o problema se agrave
Nem que tenhas de acionar o alarme
Liga para a polícia judiciária
Que tenhas mais perto da tua área
Não importa qual seja a tua faixa etária
Mas que estejas em segurança na tua vida diária
O ladrão foi preso
Saiu-te de cima dos ombros, um grande peso
Já não és aquele ser indefeso
Que vivia cheio de receio e medo
Estou aqui sentado
A ver o tempo passar
E se eu tivesse tentado?
Mas deixei-me ultrapassar
Acompanhem o ritmo
Com muito amor e carinho
Não consigo sair do sitio
Mergulho rumo ao vazio
Algo tem de mudar
Seja para o bem, seja para o mal
Nada pode continuar como está
É hora de valorizar nosso património cultural
Ao som das armas me levanto
Como sinal de respeito pelo meu país
O hino da portuguesa, eu canto
Fazer o que sempre fiz
A revolução dos cravos começou
Hoje temos mais liberdade de expressão
Bem como igualdade, fraternidade, solidariedade e amor
Todos eles descritos num brazão
Sai à rua
Não te cales
Agora nem nunca
Perante os males da sociedade
Mostra a tua raça
Vai-te sem tardar
A essa escumalha
Sem te deixares acobardar
Luta por um mundo melhor
Tu mereces e sabes bem
Pois vertes lágrimas e suor
Eu conheço-te melhor do que ninguém
Vida de bombeiro é um eterno desafio
Ele apaga fogos de fio a pavio
Muitas das vezes, à chuva e ao frio
Em terreno baldio
Um bombeiro é capaz de arriscar a sua própria vida
Para que a do próximo não seja perdida
Não pensem que é uma fácil lida
É uma guerra perdida à partida
Para apagar fogos ele usa a sua mangueira
E não poderia ser de outra maneira
O mal está sempre à espreita
Sem deixar de levantar suspeitas
Se um pingo de vergonha te resta
Não deites foguetes durante a sesta
Assim ajudas a proteger a floresta
Contribuir para o inicio de uma nova era
Sesta: hora de calor mais intenso
Tenho 23 anos e ainda não sei o que quero ser
Só sei que não quero ser um alvo a abater
Ter a sensação de deitar tudo a perder
É algo que não se pode descrever
Já pensei na casa com vista para o mar
Apenas não tenho dinheiro para a comprar
Não custa nada sonhar
Mas de que adianta sonhar e não correr atrás?
Espero a chuva cair
Para poder prosseguir
Até pode fim assumir
Que não tenho perfil
O que importa é o interior
O campo não causa temor
É uma espécie de amor-ódio
A sua relação com o exterior
