sábado, 31 de dezembro de 2016

Desabrocha o coração


Hoje o meu coração se abriu
Já não há razão para viver o amor sem brio
Hoje o meu coração deu o tiro de partida
Decidiu correr em busca da paixão da sua vida

Ao longo dos anos 
Fui acumulando vários planos
Que tinha por cumprir
Mas dos tais me esquivava
Achava eu, que não havia razões para sorrir
Então para não mostrar o meu ansiar
Usava um disfarce para não encarar os demais
Era mais fácil para mim
Mas afinal não era bem assim
Sabia eu, que tinha um lado divertido
Ainda assim optava por agir de um jeito mal-encarado
Sabia eu, que era um bom partido para essa mulher
Mas a relação não podia decerto, fluir
Se eu não olhava para ela sequer!
Fosse de dia ou até mesmo na altura de serão
A minha resposta era sempre não!
Qualidades, todo o ser humano as tem
Mas ele se esquece de ver mais além
Porque haverá sempre um coração
Que fará questão de ver o outro para lá da imperfeição
Porque haverá sempre um coração
Que vai aceitar a nossa feição
E é por isso que eu
Decidi, a essa mulher dar o beneficio da dúvida
A custo virei ateu
Mas não só
Também abandonei os complexos
E dei por fim, abertura à guerra dos sexos

Hoje o meu coração se abriu
Já não há razão para viver o amor sem brio
Hoje o meu coração deu o tiro de partida
Decidiu correr em busca da paixão da sua vida

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sonetos de amor


Eu te vi chegar
Então estendi o corpo
Tive o desejo de ser teu passatempo
Mas medo que ele se fosse com o tempo
Eu te vi chegar
Assim bem de mansinho
A suplicar um pouco de carinho
Mas eu não sabia como te tratar
Sei pouco sobre essa coisa do amor
Sei que ele anda envolta de nós
Acordamos e do mesmo jeito despertamos
Sempre com ele no nosso pensamento
Mas é só isso!
Não confundas os gestos
Não confundas as atitudes
Se eu me preocupo contigo
Não é amor
Mas sim dedicação!
Não quero que te falte nada
Não é medo que me mandes á cara
Só não quero que saias magoada 
De uma história que nunca existiu
Muito menos se cumpriu!
Não me perguntes se eu quero que a virtualidade passe á realidade
Eu estou muito bem assim longe de ti
E ao mesmo tempo mal por não poder dizer aquilo que sinto
Mas que do mesmo modo, não sei se é real
Acorda-me..
Belisca-me...
Faz-me um sinal!
Que eu prometo
Desde já, retribuir
Meu falar é um soneto
É o que eu posso concluir

Brincas


Brincas!
Mas o assunto é sério
O que vale é que estou-me nas tintas
Vou construir o meu próprio império!
E quando esse momento chegar
Ninguém me vai parar
Não vai valer de nada implorar
Nem mesmo uma chamada
Nada me vai fazer abrandar
Quando eu disse na tua cara
Que ia superar o tal de che guevara
Soltaste uma gargalhada
Mas mano
Eu sou um gajo insano
Que só para quando tiver de parar
Então encara isto não como uma ameaça
Mas sim como um aviso
Vou chegar ao topo
Mesmo que uma pedra se meta no meio
Eu chego sem rodeio
E quebro essa dor de cabeça
Evitando assim que ela me aborreça
E me impeça de chegar ao céu
É o meu limite!
E eu não me contento com pouco
Quero sempre mais e melhor
Não paro enquanto não chegar ao fim da meta
Brincas!
Eu respondo com uma irónica careta
Brincas!
Mas fica a saber que não sou teu amigo
Topas?
Brincas!
Mas eu não sou um dos teus tropas
Topas?
Eu gosto de jogar de forma limpa
Nunca de forma suja
Só assim posso chegar a algum lado nessa vida
Um contra um de frente
Nunca á traição!
Um contra um de frente
Só para manter a tradição!
Brincas!
Mas quem ri por último, ri melhor
Brincas!
Mas eu ainda não dei a última palavra
Então não lançes foguetes antes da festa
Ainda te posso dar pequenas chances
Só para que jogues de forma honesta
Mas tu és gajo sem maneiras
Ao longo da vida me pregaste várias rasteiras
Mas nem isso foi suficiente
Nada me afastou deste ramo
Continuo a ser um gajo eficiente
E tudo isso devo ás pessoas que amo
As que estiveram sempre do meu lado
Foram um verdadeiro achado
Elas respeitam o meu legado
Mas tu não!
Brincas!
Não tens argumentos
Então achincas
Sem sentimentos!
Para pessoas como tu
Eu tenho o remédio ideal
Um balde de água fria a escorrer pela tua cabeça
Para ver se acordas de vez para o mundo real
Eça..
Esta foi por ti
Grande poeta...
Grande idealista!
Que posso eu dizer....
Mais um hit para a minha lista

Conta!


Oh mulher do meu peito
Conta o que falaram a meu respeito
Mesmo que seja pelos piores motivos
Conta de qualquer jeito!
Que eu vou estar aqui só para ti
Como quem diz
Essa noite sou todo de ouvidos
Conta o que te deixou tão infeliz
Que eu também prometo
Contar todos os meus segredos
Além do mais vivemos debaixo do mesmo tecto
Até hoje partilhámos todos os nossos medos
Mas conta!
Mesmo que isso machuque o meu coração
Mas conta!
Hoje até temos o serão só para nós dois
O amor...
Esse vem depois
Agora eu mereço mais que tudo
Uma explicação da tua boca
Conta o que te deixou tão louca
Ao ponto de entrares pelo meu quarto aos berros
Não vês que assim assustas os nossos bezerros?
Mas conta para mim
O que te deixou assim
Com dúvidas da minha pessoa
Conta quem foi
Um sujeito que não suporta a nossa relação?
Um chunga que quer a qualquer custo chamar a atenção?
Porque se eu te dou cafuné
Tu desvias o assunto
Perguntas se eu quero café
Eu pergunto
Que se passa mulher?
Já nem te estou a reconhecer.
Por favor conta só!
Porque te recusas a dar o nó?
Eu só peço por uma última vez
Se por algum motivo
Um certo fugitivo tomar este pobre papoite de ponta
Por favor me conta!
Eu só peço 
Se mais algum fugitivo 
Tomar este pobre papoite de ponta
Por favor me conta!
Que eu quero saber
Quem anda a falar mal de mim 
Eu só peço 
Se mais algum fugitivo
Por algum motivo tiver a infelicidade 
De tomar este pobre papoite de ponta
Por favor me conta!
Que eu preciso saber
O quanto ele andou a receber
Tudo só para manter o silêncio
Porque de certeza que ele foi bem pago
Eu também não o vou condenar
Até, eu
Frente de uma mboa tão boa, fico com falta de ar
Mas ainda assim conta
Quanto vou eu ter de penar
Por um crime que não cometi
Mas ainda assim me conta!
A quem foi que eu andei a acenar
Se no fundo eu só tenho olhos para ti
Mas ainda assim conta!
Quanto vou eu ter de penar
Só para receber um sentido perdão da tua parte
Por favor me conta!
Além do mais tu estás sempre pronta
E eu com imensa curiosidade
Sei que a tal matou o gato
Mas eu preciso saber
Quando foi a última vez
Que para contigo fui ingrato
Conta mesmo sabendo que da tua boca não vai sair uma única verdade
Conta pois eu preciso saber se sou ou não culpado
Só tu me podes contar
Que eu também vou estar a contar ser ilibado


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Amor infinito


Há dois amados
Que se amam
Ate mesmo zangados
Eles se aclamam

Mas não querem
Dar o braço a torcer
Ao invés eles preferem
Levar a vida a sofrer

Ela atravessa
Mas ele nem nota
Tal é a sua pressa
De bater a bota

O amor 
Continua a rolar
E não é um pequeno tumor
Que faz o seu coração se isolar








Prazer


Quando por fim te encontrar
Farei questão
De para minha casa te levar
Só com o intuito de te amar até á exaustão
De dizer que és a mulher com os olhos mais bonitos
Que para mim tens todos os requisitos
Não importa a hora
Deixa lá estar o despertador
Vamos apenas fazer o amor
Aqui e agora
Como quem diz
Ao vivo e a cores
Vou para onde fores
Vibrar da melhor maneira
Com a tua boca mesmo á minha beira
Se podem escutar ousados gemidos
Os tais que abafam os 5 sentidos
Perto do seu coração
Desligo-me claramente da visão
O prazer é imenso
Perante tal espessura fico tenso
Perco desse jeito a pureza
Bem no seio dessa tua natureza

Eu


Claramente eu não sou indiferente
À tua boca
Ao teu andar
Ao teu acenar

Resumindo e concluindo

A tudo aquilo que para mim é atraente


Incluindo tu!

Se passas por mim
Assim como quem não quer
Por uma vez na vida
Ser minha mulher
Tanto em ida 
Como do mesmo jeito, em regresso
Ser eu, o homem que te traga alento
Desde a cabeça aos pés 
100% impresso!
Ao invés
Preferes causar-me tormento


Escuta a minha ira
É verdade que só penso 
Na tal que está sempre na minha mira
E que me desperta um prazer imenso
Pois se eu digo que não sou indiferente
Tanto á tua boca
Como também ao teu acenar
E mais um pouco ao teu andar
Que nem por um minuto me faz abrandar
Domina sem noção a minha mente
Só mesmo para quem sente
Se eu disser que o nosso coração
Não corresponde à mesma proporção
Então eu estou a mentir
Fica a saber que é tudo em ti
Que faz o meu peito bater
Seja rápida ou lentamente
Eu só te queria dizer que tinhas razão
Tudo em ti me faz querer ser teu
Eles também querem ter um pedaço de céu
Mas o único que vai levantar a pontinha do véu
É aquele que melhor te mereceu
Eu


O pior presente


Acordei antes de tempo
Quem me dera ter continuado em sono profundo
Se na verdade abri os meus olhos
E quando dei por isso
Essa mulher já não estava mais no meu mundo
Então chorei em segredo
Amigos e camaradas me viam triste e abalado
Perguntavam se havia algo de errado comigo
Não meu amigo!
Isto passa
Foi minha amada
Ela levou a taça
E eu fiquei com o pior prémio que se pode receber
Uma ausência que me faz sofrer sem dó nem piedade
Me eleva tal ansiedade 
A mesma que me traz essa beldade
E do mesmo jeito me leva de mim...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Só tu

Quando se trata de te narrar
O meu não arreda pé
Tamanha, é!
A beleza do teu olhar


É o teu nome que eu declamo

Mesmo quando pensas que não és
Aquela mulher que eu tanto amo
Ao invés.


Eu respeito

Quando dizes que não queres mais nada
Com este teu novo amigo do peito
Somente a sua retirada!


Por essa razão vou à minha vida

Mas hoje me lembrei
Que sem ti, ela é tudo, menos divertida
Então eu ri e do mesmo jeito, chorei.


Porque nenhuma mulher

Consegue decerto ler
Este meu pobre coração a olho nu
Só mesmo tu

sábado, 24 de dezembro de 2016

Sem ti


Ontem o meu subconsciente disse e bem
Eu não sou nada sem esse alguém
Por uma vez na vida vou ter de dar razão
Só essa mulher dá voz ao meu coração
Sem si não sou rigorosamente nada
Apenas uma folha em branco
Que até hoje não foi folheada
Não tenho informação a suficiente
Que possa despertar a atenção do resto da multidão
Mais uma vez ausente!
Apenas um sentimento que me consome
Do mesmo modo sem consumir
Apenas um sentimento que me faz ter vontade
De por uns breves momentos sumir dessa cidade
Os bons momentos
Esses ficam dificeis de abordar
Mas também de ser abordados
Por um conjunto de indivíduos com sentimentos
Eu nunca fui lá muito dado
Então hoje menos ainda
E a prova disso é que ando sempre de nariz empinado
Tudo isso se deve ao facto de meu coração se encontrar na berlinda
E agora como posso combater este meu novo jeito de ser?
Como posso prosseguir essa longa jornada
Se hoje sofri a maior das facadas
A tua retirada!

Coração inconstante



Dizem os menos atentos
Ao passo que difundem aos 4 ventos
Que só porque eu me encontro meio calado
É porque sou mal-humorado
 Mas as coisas não são bem assim
Há dias em que o ser humano está mais afim
Outros nem tanto
Com isto dizer que não é pranto
O senhor que do meu íntimo, liberto
Mas sim algo incerto que nem eu próprio sei explicar
Vontade de dizer tudo o que me vai no coração
Ao mesmo tempo de não dizer nada
Talvez seja o medo de dizer algo errado
O suficiente para ser mal interpretado
Pelos que se encontram ao meu redor
Até porque eu próprio já admiti
Que por vezes o meu melhor se torna no meu pior
Ainda que se sintam de uma certo modo, ofendidos com a minha pessoa
Peço que sejam capazes de usar os vossos 5 sentidos antes de começar a falar mal à toa


Hoje o céu nos pode presentear com um sorriso colorido
Amanhã com um plangor cinzento
Hoje meu coração pode acordar todo dolorido
Mas no dia seguinte rejubilar com a ajuda de um novo alento

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Amor cobarde


Por mais que tente
Não consigo esquecer
Que a tal que antes era sorridente
Hoje não me quer mais ver
Eu tive culpa no cartório
Pois não faltaram opurtunidades de mostrar compaixão
Por essa beldade de meia idade ao visita-la ao caixão
Mas ao invés optei por faltar ao velório
Estava em tão boa companhia
Que nem por um momento olhei para o medidor
E quando o fiz a minha alegria logo se convertera na minha maior dor
Eu cheguei ao destino mas para minha grande infelicidade
Já era muito mas muito tarde para tratar o amor com seriedade
Ao mesmo tempo sem o tratar de um jeito cobarde

Ainda está para nascer o dia


Ainda está para nascer o dia
Em que eu perca a minha ideologia
De que o amor só deve ser vivido
Se for como deus manda, destemido

A amor é como deve ser
Baseado em umas quantas sensações
Temos o caso de dar e receber
Sob a ausência de um conjunto variado de restrições

Ainda está para nascer o dia
Que me faça duvidar
Em relação ao amor ser a base da alegria
Sabendo eu bem, com quem estou a lidar

O amor não me faz
Ficar de pé atrás
Dele já sei o que posso esperar
Pois ainda está para nascer o dia
E eu sei que tal crença
Não se irradia sob a minha presença
Lamento noite mas vais te de te esmerar

A esperança é a ultima a morrer



A esperança que no meu peito depositas
É a mesma que dispensa a chegada de curtidas ou visitas
É a ultima a morrer
Por te sentir bem perto.
Por te querer!
Pode o mundo todo se virar contra nós
E dizer que esse amor está condenado ao fracasso
Mas nós podemos tudo
Somos o espelho do optimismo
Vai tudo correr bem
Nem um trovão ou até mesmo um sismo
Vai por termo à nossa religião

Vadio



Quem me conhece
Sabe perfeitamente
Não desmente
Quando digo que sou jovem que se aborrece facilmente
Estou sentado numa esquina
Na esperança de avistar a Dona Joaquina
Mas logo, de estar no mesmo local, me aborreço
Como diz e bem, o meu Pai
Vou para onde o vento vai
Caso não o faça na hora, esmoreço
Não tenho local de destino definido
Caminho tal e qual como um vagabundo sem sentido
Quem me conhece
Sabe perfeitamente
Não desmente
Que não me aquece nem me arrefece
O que vêm da boca dessa gente
Eu sou mesmo vadio
Pairo em qualquer estação
Desde um penoso terreno baldio 
A um numeroso quarteirão
Eu não gosto de ficar quieto
Sempre debaixo do mesmo tecto
Mas sim encontrar-me todos os dias numa distinta herdade
Pois caso não saibam eu sou filho da liberdade


Vou me entregar



Finalmente!
Já não via mais a hora
De, a essa mulher me entregar
A mesma que levou seu tempo a pedir 
Que eu deixasse meu corpo se elevar ao seu
Mas o meu não é tão seguro de si como essa dona faz crer que ele é
Não tiro o pé do chão
Não vou voar pois nunca me vi como anjo
Muito menos implorar amor
Eu não quero deixar o corpo fluir
E ele também não está interessado
Prefere recuar ao passado
Ao invés de evoluir
O futuro para si é incerto
Mas essa mulher chega e baralha tudo
Fico a achar que já a conheço á anos
Por isso mesmo hoje me vou entregar
Vou pregar um sermão aos peixes
A um em especial!
Só estou á espera que como cria, deixes
Que eu seja teu dedicado mersupial

Só quem sente


Sabe aquele momento constrangedor
Em que mais ninguém sente ou entende
Toda a dor pela qual você passou
Ou até mesmo o árduo caminho que traçou
Eu sei apesar de ainda ser muito novo
O que passei ficou de certa forma entranhado
Mais um pouco exposto aos olhos do povo
Só me admira ainda ninguém ter estranhado
Assim de repente passam por mim e me criticam
Imoralidade é o que eles tanto praticam
Eles falam mas não têm moral para tal
Não podem exigir a assinatura de uma carta de foral
Se na verdade são um ser humano desigual
Pois aquela dor que tanto vos brindei ao longo dessa vida
Em tom amador como dizem, foi tudo menos fingida
Eu não menti quando afirmei que todo esse meu tormento
Se encontrava na mesma escala que um epicentro
Na verdade só eu e Deus temos conhecimento dessa triste banda sonora
Pois só quem mora no convento é que sabe o que lá vai dentro

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Vai dar


Como homem que sou
Vou de ti cuidar
Eu sei que vais deixar!
Como mulher que és 
Deves ter os pés bem assentes no chão
Baixar a guarda e entregar sem medos, o teu coração
Aguarda por mim pois já estou tão perto
Eu sei que vai dar!
Pode ser um filme criado na tua cabeça
Daí tanta complicação
Mas de nada adianta
E tu sabes que eu tenho sempre razão
Vai dar porque eu o digo
Isto não tem nada a ver com o destino
Mas sim com o radar que tenho em mãos
Ele diz que não precisamos de viver um amor clandestino
Pois nessa vida somos tudo menos, irmãos
Por isso chega de conversa e vamos ao que realmente interessa
Muitos olhos estão postos nessa beldade
Mas eu, desse amor, não vou descuidar
Pois para vossa infelicidade
Esse é um amor que con certeza se vai dar

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Amor Achado


Nessa vida não só existe um pobre solitário

Com também uma mulher meio desorientada
Que buscam somente o necessário
Serem guiados pelos ventos de nortada

Do outro lado da rua

Não só existe um pobre que pensa na morte da bezerra
Como também uma mulher com a cabeça no mundo da lua
Sem alguém que os chame de volta à terra

Nessa vida não só existe um pobre que não se encontra

Juntamente com uma mulher que morre de desgosto
Como também um amor que para ser do contra
Decide virar uma vez mais o seu rosto

Mas hoje ele ganhou confiança

Ela avançou com cautela
Por sua vez, o amor deu no seu íntimo um pedaço de esperança
Mostrando dessa forma o quão a vida pode ser bela

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Arrependido



Essa mulher foi sem me deixar explicar
Eu fui seduzido sem querer
Enquanto ela me beijava
Era só em ti que eu pensava
Sei que pedir desculpas não adianta
Pois a verdade é que o mal já está feito
É verdade quando me dizes que este homem é só garganta
Mas é o único jeito que tenho de dizer
Que te quero a meu belo prazer
Eu sei que tinha poder de escolha
E ainda assim optei por ser um trolha
Só me posso culpar a mim próprio
Por deixar ela invadir o nosso escritório
Mas principalmente por te enganar
Mais ainda por acenar uma mulher
Que a mim não me diz nada
Em contrapartida me diz tudo e mais alguma coisa
A mulher que foi injustamente atraiçoada
Então perdoa a minha estupidez
Hoje claramente bati o tempo no que diz respeito a rapidez
É verdade que essa mulher foi traída
Mas antes que reagisse eu me aproximei
Em lágrimas confessei que pequei
E ela me perdoou sem mais saída
Sei que trair a cara-metade é feio
Mas sou o espelho da redenção
E bastou um dedinho de paleio
Para conseguir captar um pouco da sua atenção




Coração frágil


Eu desperto
Logo me deito
Sem ti por perto.
Se dá no meu coração um enorme aperto!
Eu me dirijo à janela
E fico por horas a vaguear na esperança de ver ela
Quem sabe, a pairar no meu olhar
Eu desperto
Eu me deito
Mais uma vez boquiaberto
Por não fazer dessa mulher, um único proveito
Eu quase nunca saio á rua
E quando saio é a minha cabeça que fica no mundo da lua
Vou ao mercado especialmente para comprar fruta e um quilo de truta
É nesse instante que acabo cercado por um olhar que me deixa inconstante
E mais um pouco com falta de ar
Chego a casa já com a pinga
Então não é que na peixaria se encontrava uma brasa e eu fugi dela com o rabo á seringa?!
Nesse mesmo instante
Bato com toda a força na estante
E fico com nódoa negra no peito
Parece que ainda não é desta que lhe apanho o jeito
Vou á janela e deparo-me com uma piscadela da sua autoria
Então eu retribuo com uma deliciosa iguaria
Um par de cigarros que comprei na tabacaria do senhor barros
Como forma de retribuição ela aceitou subir
E o meu entusiasmo foi tanto que meu peito ainda em convalescença e dada tamanha licença
Acabou de um triste jeito, por sucumbir

Cantinho das palavras


Minha cara amiga

Deixa-me desde já que te diga
Sou parco em palavras
Elas são tudo menos o meu forte
Mas ainda assim
Vou gastar por amor o meu latim
Deseja-me sorte!
Hoje vou surpreender com o meu dialecto
Mas mais que isso
Vou mostrar que tenho muito a aprender
Pois até agora o único que de jeito aprendi foi o alfabeto
As palavras são poucas
Mas são potentes
São ocas para as mentes mais recentes
Mas também pouco me importa
Até porque é a ti que me dirijo
Meu eterno esconderijo!
Que me escuta e conforta
São nos teus ouvidos moucos 
Que eu faço questão de me alojar
Do mesmo modo, sussurrar
Quando abuso nas palavras
As pessoas somente dizem

De boca aberta
É desgraça na certa
Resumindo, calado é um poeta
Na nossa modesta opinião
Romper nas cujas com uma curta dieta
É a remédio para aperfeiçoar a sua dicção


Cantinho das palavras 

Por J.B

domingo, 18 de dezembro de 2016

Amor perdoado


Em um certo continente

Há um ser penitente
Onde por mais que tente
Não consegue tirar a culpa da sua mente

Traiu a amada

Assim bem à descarada
A porta estava escancarada
A vergonha estampada na cara
De quem, com esse pecador, não quer mais nada

Em um certo compartimento

Há um ser em profundo sofrimento
Cansado de dar provas de arrependimento
Agora sob o seu consentimento

Ao pecador foi dada uma nova oportunidade
Independentemente da contrariedade
Temos hoje sob a flor da idade
Dois jovens em conceituada solenidade


Sim ou não


Vou hoje por fim
Impedir que ela dê o sim
Ainda bem que não desisti
Pois se continuo a batalhar
É precisamente por gostar tanto de ti
E não com o intuito de te abandalhar
Espero ainda ir a tempo
De por um travão nesse autêntico disparate
Deixa-me que te diga
Esta palavras que debito
São tudo, menos um mero engate
Tenho dito!
Até porque ambos
Não papamos tais mambos
Ao longo dessa vida tivemos uma história
Com cabeça, tronco e membros
Tudo para dar certo!
Mas hoje o teu raciocínio deu para esperto
E o meu para variar deu para burro
Quem me manda nessa vida, ser um perfeito casmurro
Agora quero mais que nunca a essa relação, regressar
Acontece que me deu para assim do nada, cessar
E ela obviamente me tirou da sua mente
Acabou por se cansar e transar com alguém que a amou
Mais do que eu alguma vez podia amar
Mais do que eu alguma vez podia cuidar
Acabei a chorar
Não tinha mais pachorra
Desgrudei da cachorra
E agora sou cão sem dono
Sem apetite
Somente com sono!
E com vontade de aceitar o tal convite
Pedia eu a deus
Só quero que a nossa história se repita
Eu sei que tu sabes
Antes pensavas que eu não sabia
No amor fiquei várias vezes à rabia
Até que em um certo momento deixei de correr atrás
Achava eu, que era tarde demais para resgatar o amor
Mas como disse e bem
Ouvi algures um rumor que te ias casar
Talvez fosse eu que quisesse que assim fosse
Apenas um rumor!
Mas infelizmente ias mesmo subir ao altar
E eu, a um acontecimento tão importante como esse
Não podia decerto, faltar!
Essa mulher ia dar nesse preciso momento, o nó
Eu ia ficar o resto dos meus dias, só
Foi aí que gritei em voz alta
Não!
Só essa mulher leva a minha euforia à ribalta
Então eu gritei em voz alta
Não!
Não posso deixar tal união se cumprir sem o meu consentimento
Pois ao contrário do que pensas
Eu sou homem com sentimento
E tenho imensas saudades tuas
Eu sou desse género
Se por qualquer coisa amuas
Eu do mesmo jeito, amuo
Se a minha solidão, atenuas
Eu, a escuridão do teu coração
Do mesmo modo, atenuo
E se for preciso
Eu começo em coro
E termino a cerimónia em chave de ouro
Até deus sabe como eu me ando a sentir
Até deus sabe que sem a minha presença
Tal cerimónia não se pode cumprir
Falta o elemento chave
Aquele para ti, é considerado um entrave
Eu pensei seriamente nesse assunto
Ver tanto amor junto para mim é uma enorme tristeza
Pois não sou eu que ocupo o lugar dele
Ele tem virtudes que eu não tenho
Ainda assim te trata com ligeiro desdenho
Enquanto eu como homem sempre te respeitei
Nunca te levantei a saia
Muito menos te acusei de passares o serão na gandaia
Meu coração não parava de bater
Tudo isso estava associado ao medo de te perder
Já sem esperança de ganhar a tua confiança
Subi ao pico mais alto do prédio
Achava eu, que era o remédio ideal para por fim á maior das minhas dores
Já para não falar que eu era homem com carradas de vertigens
E não!
Eu nunca esqueci as minhas origens
Sei bem que os meus pais me ensinaram a não desistir face á primeira dificuldade
Mas os dados já estavam de certo modo, lançados
Há horas, meses e anos
Senti que naquele momento os meus planos futuros estariam a ir por água abaixo
Então nisto ouvi uma voz terna
Ela puxou a minha perna e evitou dessa forma uma tragédia
Já me esqueci á muito o significado de uma comédia romântica
Hoje me lembrei e a deus nada, cobrei
Ele achou que não era necessário
Mas sim correr em busca da mulher que amo
Fosse qual fosse o cenário
O amante prometeu amar essa jóia na saúde e na doença
Então foi a sua vez
Sobre o olhar atento de vários cidadãos
Amigos da minha amada ou talvez não
Estaria ela tramada em plena reunião
Se por algum motivo recusasse renovar a união
A união de votos!
Vocês que tendem em forçar um amor que não existe
Só têm um nome
Cambada de escrotos!
Por vossa culpa o coração da minha jóia está entre a espada e a parede
Foi apanhada inocentemente na vossa rede
Por vossa culpa ela se esqueceu de como se procede
Eu não vou pressionar
Vou deixar essa mulher me impressionar
Ao que parece largou um sapato
Tal como aconteceu na história da Cinderela
E hoje ela é de mim e eu sou dela
É uma história difícil de assimilar
Mais ainda para quem fez de tudo para o nosso amor, aniquilar
Mas deixem que vos diga
Hoje já não reina mais intriga
Essa mulher e o amante quebraram o tal contrato
E eu e ela, e ela e eu
Acabamos a fazer amor no meio do mato

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Com olhos de ver



Tenho diante de mim gente que me observa
E que do mesmo modo me acena com desdenho
Eles dizem que meu olhar de certa forma lhes enerva
Mas é o único que eu tenho!
E que guardo com muito carinho
Sempre sozinho mas feliz por jamais alterar o meu vislumbrar
Meu olhar é estranho mas que fazer..
Se os demais é que não me olham com olhos de ver

Achas que não sei

Meu amigo
Achas que eu não sei
Que essa é a lei da vida
Achas que não te dei a atenção devida
Estou desapontado contigo
Pois na verdade nunca te abandonei
Meu amigo
Achas que eu não sei
Muito nessa vida, passei
Só para te livrar do perigo
Mas nem assim foi suficiente
Se no fim das contas ainda me chama de demente
De demente tenho pouco
Sou tudo menos louco
E tu meu amigo
És um grandecissimo mal agradecido
Te deixar a falar para o boneco era o merecido
Achas que eu não sei
Que essa vida é uma autêntica peste
Ainda me disseste que eu não te levo a sério
Mas como assim
Que visão tens de mim?
Só te digo meu amigo
Faz uma revisão antes de me avaliares
Tens muito mais a ganhar se te aliares a mim
Pois tu sabes que este mano foi o único que sempre esteve ao teu lado
Bem colado a ti, nunca contra ti
Sempre na descontra só para ver sorrir
Mas tu não deste o devido valor a alguém que sempre te tratou com carinho, dedicação e amor
Me metes no mesmo patamar que essa vida
Que sabe tudo menos, o próximo,amar
Meu best friend estás tão mas tão enganado em relação á minha pessoa
E se queres que te diga
Magoa sim!
Que não tenhas notado o meu acto de companheirismo desde o beggin até ao the end




quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Egoísmo saudável


Vive única e exclusivamente por ti

Não vivas pelos demais
Pois quando tu cais
Decerto não há quem te levante
Mas sim, quem se ria de ti
Durante.
Uma hora há uma alma que chora
Um minuto há um puto de luto
Um segundo sem lugar neste mundo
Há quem te aponte o dedo
Só porque tens medo de arriscar
Por isso eu só te digo
Vai em frente!
Por isso eu só te digo
Vive de vez o presente
Sem receio que o inimigo invente
Mentiras só para denegrir a tua imagem
E tu sabes que esta vida não é uma curta-metragem
Mas sim a vida real!
Então esquece as criticas de gente que não têm nada em mente a não ser o teu mal
Deixa de ofender alguém que não se pode defender
Porque mesmo que a vítima tente lutar 
Há quem se apresente para refutar
E não deixe que quem se queixe, siga avante
Não deixa que ela se levante mesmo que tente
Têm algo pendente que é desistir da batalha
Não há quem lhe valha
Hoje a palavra não venceu a navalha
Claramente houve uma falha
Ainda estou por descobrir o que me fez cair
E quando eu conseguir só te vai restar fugir
Puto que estás à espera de te amar?
Puto que estás à espera de te armar?
Nos dias que correm
Há pessoas que vivem
Outras que morrem
Temos ainda aquelas que sobrevivem 
E que do mesmo modo começam a vida do zero
Que tropeçam no chão 
Mas que de seguida se metem de pé
Fazem frente a gente ralé
Que não tem estaleca para jogar sueca sem fazer jogo sujo
O cujo que me envergonha de continuar a olhar para a sua fronha
Pois de que serve continuar à espera que a vida me reserve algo de bom
Se há outro que já tem um dom
Neste caso a arte para a batotice
Não queria que ninguém visse que a carta que escondia
Decerto à verdadeira não correspondia
Estou diante de um jogo viciado
É viciante mas eu estou dele, reformado
Vou perder mas me orgulho
Pois ninguém tem o que for a apontar
Contra quem joga de forma exemplar
Não me vou ralar
Porque ao contrário de vós 
Eu tenho um lar!
Tenho quem me ame
Não preciso de recorrer a reclame
As pessoas gostam de mim pelo que eu sou
E não pelo que eu lhes dou
Não te iludas mano
Mudas de ano para ano
E depois ainda me criticas
E eu sem pensar duas vezes, riposto
Pois não gosto de tais confianças
Tu já devias saber que não somos mais crianças
Mas sim adultos com bom coração
Ou pelo menos eu sou
Pois o tempo passou
A tinta da caneta esgotou
E juntamente contigo, a bondade se foi
E eu aqui estou especado a olhar
Secalhar não estava preparado para falhar
Mas a verdade é que falhei em grande com o meu irmão
Ou talvez tenha sido ele que não tenha sabido gerir bem o sermão
Não penses nos demais
Pensa mais em ti
Seja de noite
Ou até mesmo de dia
Não tenhas medo de mostrar que tens alegria dentro de ti
Não penses nos demais
Pensa apenas nos teus pais
Pensa que eles querem o melhor para ti
Para o teu futuro ser melhor
Deve ser prematuro por eles, o teu amor
Que ofereças
E que do mesmo jeito recebas
Não é que mereças
Mas mais que ser tramados
Todos merecemos ser amados
Nunca incomodados, julgados ou até mesmo condenados
Toda a gente é inocente até prova em contrário 
Viver a roubar a identidade aos demais é que não
Nessa vida sou tudo menos imitação!
Eu vivo a minha vida
Já não me preocupo tanto com os demais
Dei mais de mim na corrida pelo amor-próprio
Deixei de me preocupar 
E passei a ocupar uma posição mais centrada em mim
Dei o pontapé de saída
Me fiz à estrada
Uma nova vida
Que me convida
A me divertir 
Sem o intuito de me ferir
Uma nova luz 
Que me conduz
A uma nova etapa
Sem recorrer a GPS ou mapa
Quem me ajudou não foi só deus
Também foram os meus
Estiveram comigo nos momentos mais difíceis
Atingidos foram, com balas e mísseis
Só para salvar a minha pele
Eu hoje vou dedicar essa letra
A toda a camaradagem que soletra a minha passagem nas suas vidas
E claro, sempre de cabeça erguida
Os outros são delinquentes
Sem olhos na cara
Mentem com quantos dentes tem na boca
Acham que são santos
Mas comparados comigo são meros tarados
Que não sabem ter os pés assentes no chão
Mas sim ter má rés na cavidade mais obscura do coração
E é assim a vida
Um beco sem saída para quem não faz bom uso dela
E olha que a vida é bela
Mas para quem sabe acender uma vela
Não para quem vive ás escuras
Até chego a ter certas tonturas
E não é para menos
Gestos obscenos são demais para a minha camioneta
É por isso que já não espero uma pequena atitude que seja 
Pois ganhei noção que todas as ruas vão dar à inveja
As tuas mais concretamente!
As minhas são instigadas
Seguem as pisadas de quem lhes fez bem
E continua a fazer!
Deixei de me importar com a opinião de quem não tem mais nada a acrescentar
Passei a contentar-me com o pouco que tenho
Nessa vida, o meu humilde desempenho!
Vou ausentar-me porque tenho algo de importante para fazer
Tomar um laxante que me acalme nas tardes de maldizer

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O que somos?


Somos uma só voz quando estamos a sós
Mas mais que isso
Somos a voz da razão sem compromisso
Deixamos actuar o coração
Damos o que é nosso
Tu me dás o que é teu
Eu te dou o que é meu
Deixo-te lamber até ao osso
Tudo para que fiques satisfeita
Peço que não me faças essa desfeita
Pois eu sou poeta com razão mais que concreta para te soletrar
Tal como essa mulher é a poetisa que concretiza todo o meu sonhar

sábado, 10 de dezembro de 2016

Amor vencedor


Sempre ouvi dizer que toda a história de amor

Têm como deus manda
Um princípio, meio e fim
A nossa ainda agora estava a começar
Foi precisamente em dia de concerto
Que no meu coração se gerou um enorme aperto
Havia no recinto um conjunto variado de mulheres
Mas foi essa que saltou mais à vista
Foi seu jeito natural e singular
Que me fez perder de amores
Logo logo se espalharam uns quantos rumores
Mas eu pouco me importei
Até porque eu sei
Que o vosso depoimento
Têm tudo menos fundamento
E tomei ainda mais consciência
Que esse amor é tudo menos criatividade
Até porque ambos sabemos 
Que esse é um sonho tornado realidade
Ao inicio também pensei que fosse uma simples miragem
Mas ao longo do meu percurso ganhei juízo
E hoje sei como ultimo recurso
Que o nosso amor está tal e qual de passagem
Não se vai por nada desse mundo, retirar
Ele veio de vez, para ficar
E ninguém tem o direito de o classificar
Mesmo que o mundo se una e venha
Eu e o meu amor vamos encarar essa gente de frente
Até porque só vão arranjar lenha para se queimar
Seja no passado, futuro ou até mesmo no momento presente.

Um amor como esse


Um amor como esse
Nas calmas e sem stress
É deveras o meu preferido
Pois não causa vestígio de alarido
Um amor sem glamour ou genica
Não mete qualquer pica
Tal como um amor desse calibre
Que não vibre ou me alerte
Que em momento algum não me desperte
Não me serve de nada
Ter uma mulher que não me atende uma única chamada
Não posso levar desaforo para nossa casa
E se isso acontecer eu morro porque tal coisa só me atrasa
O amor apenas têm de me manter vivo
Ao mesmo tempo sem me ser nocivo

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Guardar o amor


Nessa esquina eu aguardo para te poder ver

Quando fico frente a frente contigo
Eu te guardo para não te perder
Porque sei que encontrar um velho artigo

É o mesmo que achar uma agulha no palheiro
Mulher não é um simples achado como o dinheiro
Mulher é mais do que uma pequena ou grande quantia de verniz
Quando achada ela é a garantia para ser feliz

É por isso que essa coisa boa, vou estimar
Nem por um minuto de ter ganho o jackpot, vou lastimar
Vou agradecer a deus por ter recebido a melhor prenda
Graças a si já vou poder pagar a luz e a renda

Quem têm uma mulher têm tudo nessa vida
Ela dá carinho, saúde e guarida
Agora é fácil armazenar um olhar
Basta no meio da rua a essa jóia, acenar

Anjo sem arranjo


Ao teu lado

Aprendi a ser um todo-poderoso
Mas com o passar dos anos
Me tornei num ser rancoroso
Por não ser mais teu anjo alado
Ao teu lado
Senti-me quente sem me sentir gelado
Contudo me encontrava destinado a morrer calado
Até no seio do teu abraço ardente
Era embaraço o que eu sentia
Tal como a tua paixão por mim era tudo menos doentia
Na nossa relação
Havia tudo menos desconfiança
Contudo eu ainda era uma pobre criança
Em certos momentos agia de forma muito infantil
O meu mal nessa vida foi ser, tudo menos gentil
Tal como o teu foi ter no dedo uma pequena aliança
À beira dessa jóia
Senti-me muitas das vezes um anjo
Que para acalmar a sua paranóia
Falava somente besteira
Mas com o seu voar
Meu gingar perdeu todo o arranjo



quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Dança a infância


Eu admiro a tua confiança

Concedes-me esta dança?
Quero voltar a ser criança
Eu junto com o meu amor
Dançamos somente o som
Que por sinal têm um dom
Me puxa para cima
Quando estou triste
Num ápice me anima
Parece que voltei a ser criança
Tudo me lembra os velhos tempos de infância
Em que cerrava os olhos ao ritmo da sua balada
Me deixava ficar em modo ressonância 
Sem ouvir absolutamente nada

As diferentes formas de mostrar o amor


Não tenho jeito para dialogar
Então me ponho a escrever
Pois só assim eu te posso dizer
Que devagar se vai ao longe
Até pode ser de uma certa forma, difícil
Mas eu arranjo uma maneira de o tornar fácil
Ao mesmo tempo sem te transtornar
Foi essa a lição que me deram desde criança
Me incutiram toda e mais alguma, confiança
Foi por isso que hoje deixei de tomar notas no meu caderno
Até porque ultimamente essa coisa de estar frente a frente
E ao mesmo tempo dizer sem rodeios o que se sente
Se tornou em algo credível e deveras moderno

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Tudo por amor


Olhas para mim com cara de desconfiada

Mas peço que não me mires desse jeito
Sabes bem que de mal, não te fiz nada
O meu único senão nessa vida é não ser o homem perfeito
Só vim para te dizer que nem tudo o que reluz é ouro
Porque eu posso ter mil e um defeitos
Posso até ser pobre em preconceitos
Mas se há coisa que eu sou, é rico em feitos
Saber como só eu te sei amar
Saber como mais ninguém sabe, de ti cuidar
São um bom exemplo!
Todas as noites sem excepção 
Contemplo o gingar de uma mulher sem noção
Começo por pousar a mesa
De seguida sirvo a essa dona, a refeição
E no fim deixo ela a viver à grande e à francesa
Mas ela se vira para mim e me pergunta o que eu gostava de ser se não fosse palhaço
Ainda me diz que fazer algo de extrema elegância
Causa aos que assistem e principalmente a si, total embaraço
Talvez fazer tal gesto por essa mulher seja sinónimo de ganância
Mas é isto que um homem apaixonado faz pela sua amada!
Mete a mão na tomada só para apanhar choque
Mete a mão no seio da sua amada só para ela sentir o toque
Mas principalmente para se sentir pelo seu amado
Tal e qual, uma mulher desejada.