quinta-feira, 28 de julho de 2016
Não sairás ileso
Fala da morte
Sente o tilintar
Estás preso
Sente a morte a te fintar
Dela não sairás ileso
Fala do enclausurado
Oh não..
Está escuro!
Fala da morte
Que foi jovem queres que te acenda uma vela?
Fala do enclausurado
Aqui não me sinto seguro
Quero sair!
Fala da morte
Nunca sairás desta cela
Nunca mais nos teus sonhos terás força para sorrir
Fala do enclausurado
Que mal fiz eu a deus?
Fala da morte
Deixa-te de fitas
Despede-te dos teus
Amanhã já não terás a presença de visitas
Fala do enclausurado
Recuso-me!
Não vou me vou despedir de ninguém
E muito menos deixarei vós despir o meu olhar
Fala da morte
Rapaz tu foste sequestrado
Molestado enquanto dormias
Achas que ainda estás no direito de reclamar
Não ouves?
Fala do enclausurado
O que?
Fala da morte
Rapaz sinónimo de paz
É a morte a chamar
Ela pede que te venhas deitar na sua cama
Ela está carente diz que te ama
Fala do enclausurado
Jamais!
Deitar-me naquela depressão
Seria a mesma coisa que sofrer opressão
Lamento mas não posso aceitar
Não me posso sujeitar aos seus abraços
Fala da morte
Oh mas são tão ternurentos
Fala do enclaudurado
Não!
São só traços violentos
De uma morte violenta
Sedenta em torturar o ar que eu respiro
Quando é que está dor irá parar?
Fala da morte
Rapaz as tuas feridas nunca irão sarar
Fala do enclausurado
Quando vais parar de me atormentar?
Fala da morte
Nunca!
Sabes atentar contra o teu pobre coração é o meu prato do dia
Junta-te a mim sou a morte
Podemos dominar o mundo
Fala do enclausurado
Jamais cairei no submundo
Fala da morte
Não tentes te fazer de forte
Faça sol
Faça chuva
Tenho o horrendo condão
De assentar que nem uma luva no teu pobre coração
Fala do enclausurado
Ai eu aceitei
Me debruçei sobre a morte
Fala da morte
Ai tu aceitaste
Sobre mim te debruçaste
E perdeste o norte da tempesdade que semeaste
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