Saída de emergência

Ouço a sirene
Sirene de perigo
Tenho perto de mim elevador e escada
Concerteza vou pela escada
É decerto a escolha acertada
Espero não me meter em uma alhada
O elevador eu não aclamo
Nele morro mais depressa
Prefiro morrer lentamente
O fogo derrama incendeia
Tal como uma cadeia
Em que não se pode fugir
Cerca o corpo
E vai asfixiando a pouco e pouco
Até ficar rouco
O fogo me leva ao sufoco
E se eu por ventura não escolher nem escada nem elevador?
E seu eu preferir ficar confinado á dor?
Me deixem eu tenho um futuro promissor...
Mas longe deste local
Quem me sufoca e faz mal
Me deixem...
Deixem esse homem morrer!
Lhe deixem ser consumido pelas chamas
As chamas ígneas
Não há possibilidade de escolha
Não há alíneas  
A morte é certa!
E hoje a sirene não se encontra mais alerta..