domingo, 17 de abril de 2016

Revolta sem volta



Vai solta de noite a tua revolta
Revolta que não volta
Se perdeu nos confins do universo
Não há revolta descrita em verso...
Não há porque se queixar
A revolta viajou
A revolta se perdeu e não voltou
Se encantou no seu novo mundo
E assim por lá ficou
Guardou toda a sua revolta numa caixa
E com muito esforçou a trancou
De noite que era seu momento de revolta
Se tornou seu momento consentido
Momento de revolta omitido
De queixo caído
Olhar abatido
Porque a revolta não volta...
Não volta mais!
Nem com gestos, nem com sinais
Os ferimentos os cortes sem a presença de sais minerais 
Uma revolta de ida mas sem volta
Que adorou a estadia e quis permanecer
Revolta sem data marcada
No seu novo mundo se deixou adormecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário