Eu só quero saber se é certo ou errado
Quando digo que o meu passado está morto e enterrado
Pergunto isto porque a cada dia que passa
Mais tenho a certeza que resido numa farsa
Se na volta tudo continua igual
Dramas, medos, complexos, enfim o habitual!
No entanto eu acredito que há uma luzinha ao fundo do túnel
Na verdade vou conseguir abandonar este maldito carrossel
Que basicamente é a minha vida
Feita de altos e baixos, parece que foi feita à minha medida
Eu agora possuo a certeza que mereço
Não estou a exagerar, vaguear sem endereço
Mas se as coisas corressem-me da melhor maneira
Eu não teria a oportunidade de me dar conta de tanta asneira
Então nesse caso é bom viver na lama como um infeliz
Não entendo o porquê de tanto espanto, só me deitei na cama que fiz
Tantas perguntas e poucas conclusões
Depois não se admirem de eu ficar a falar para os meus botões
Eu estou-me nas tintas que me chamem de louco
Não dizer o que me vai na alma é que é um autêntico sufoco
Vou na rua e vejo pessoas em grupo
Já eu, um desgraçado em luto
Era suposto essa existência ser assim tão ingrata?
Se sim, mandem-me imediatamente para a sucata
Pois é assim que eu me reconheço, um enorme lixo!
Dizem que estou a fazer-me mais do aquilo que sou mas não é a vocês que chamam de bicho
Então antes de falarem do que não sabem, mordam antes a língua
Eu estou tal e qual à minha sorte como quem diz, à míngua!
Sem esperança de no fundo, algum dia me conseguir fortalecer
Será que faço falta a alguém nesse mundo, podiam-me esclarecer
Porque eu já não sei mais o que fazer
Se continuar a viver ou em último caso, me desfalecer
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