sexta-feira, 25 de novembro de 2022

À queima roupa

 belado à queima roupa

diz-me se tenho veia de lutador

ou então deixa-me fazer contas à vida

nesta guerra não há balas perdidas

há almas sofridas

lagrimas contidas

cada tiro é tiro e queda

poeme a jogar à sueca

mostra-me o reverso da moeda

não é cara, é coroa

mostra-me o diabo em pessoa

veste prada, doutra

roupa! baleado à queima roupa

a distancia não foi mais que pouca

foi de partir a loiça toda

nesta guerra há palavras acesas

há salas de mesas

há bradas a jogar à defesa

ou matas ou acabas nas profundezas

da escuridão

onde se perde o brilho

do coração

onde se puxa o gatilho

e zás eis que alguem se meteu em sarilhos


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