sexta-feira, 24 de maio de 2024

Ripostar

 
Esse lugar 
Esse lugar (não me vou mudar
Esse lugar ( não me vou mudar
Não vou desgrudar, não vou me mudar

Esse lugar é meu
Vê onde estacionas o teu carro
Antes de o estacionares eu já o tinha visto
Não penses que é só chegar e o deixas estacionado
É verdade que aqui não há lugares marcados
Mas é a lei de quem vai ao mar 
Foste ao mar perdes-te o teu lugar
 
 

Não acredito que vou ter de sair do meu carro
 Tudo isto para entrar num possível conflito
Vou só apagar o meu cigarro
E perguntar se estou a representar algum perigo
Não importo de preencher uma declaração amigável
Estou de consciencia tranquila
Como eu não há ninguém igual, sou incomparável
Eu sou o tipico reguila
Que brinca, se mete com as pessoas
Quando elas também se metem comigo
Aquelas que mesmo quando tu te magoas
Estão lá até ao fim contigo
Há coisas que o tempo não apaga
Aposto que esta será uma delas
A partir do momento que me apontas uma faca
Diz-me o que esperas?

Nunca te vi
Não sei quem és
Nunca te vi
Nunca ouvi falar de ti
Sei que meteste os pés
Sei que meteste os pés
Num lugar que não era teu
Sei que deste pontapés
Nos pneus do meu carro
E ages como se a culpa não fosse tua
São só desculpas
Cuidado em quem metes as culpas?
Aqui a culpa não pode mesmo morrer solteira

Numa luta 
De corpo a corpo
Quem quer saber de putas
Quero que recebas o dobro
Do que recebeu o meu pópó
O triplo, o quadruplo se for preciso
Não me venhas é fazer de tótó
Sabes bem que não se deve tocar no que está quieto
Foste curioso demais 
Ficavas-te por tirares o meu lugar
Não precisavas provocar danos morais
Eu não fiz nada
era só lidares com a minha liderança
Ninguém te mandou afogares as mágoas no mar
Mexeste com a pessoa errada
Olha para ti, só para isso é que tens pujança
Só de pensar que abdiquei do cigarro que estava a fumar
Que a vida nunca te faça tropeçar
Te digo da maneira mais profunda e verdadeira

Vai mais devagar
Da próxima vez
Hás de lá chegar
Tu vais ver
Nunca te vi
Não sei quem és
Nunca te vi
Nunca ouvi falar de ti
Sei que meteste os pés
Sei que meteste os pés
Num lugar que não era teu
Sei que deste pontapés
Nos pneus do meu carro
E ages como se a culpa não fosse tua
São só desculpas
Cuidado em quem metes as culpas?
Aqui a culpa não pode mesmo morrer solteira

Já assinámos os papeis
Não te vou obrigar a dar um aperto de mão
Não se dá apertos de mãos a infieis
Dá-te por contente por assinar o contrato meu irmão
Por mim eu ia mais longe 
Punha-te um processo em tribunal
E ficavas lá o resto da noite
Mas como é um trabalho descomunal
E eu preciso de recarregar baterias
Tens sorte por hoje passa
Mas se um dia te vir ver rondar as minhas rodinhas
Podes ter a certeza que eu próprio trato da tua raça
Deixa-me dizer antes que me vá
És um perigo na estrada
Deixas muito a desejar
Faz mais dessas entradas a matar
E verás tua vida a andar para trás
Acredita não quero o teu mal
Sei que também não queres o meu, então bora dar ao pedal

Esta é a história de um homem
Que roubou o lugar de outro, tomem nota
Enquanto ia ao mar
Anotem bem
Não pediu licença
Não pediu autorização
Não fez o sinal de consentimento
Homem sem emenda
Homem sem coração
Homem sem sentimento
Tem cuidado com o vosso pópó
Não deixem que faça pó
Não deixem que alguém assuma o seu lugar
Lembrem-se quem deve recuar, quem estiver mais próximo do local



  
 

 

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