sexta-feira, 23 de março de 2018

A falar para o boneco


A falar para o boneco 
A falar para o boneco
A falar para o boneco
A falar para o boneco
C'um caneco
Desde o começo
Que me vejo a falar para o boneco
Isso mexe a valer com os meus amigos, tico e teco
Co'a breca
Pelo andar da carruagem vou ficar careca
Pelo andar da carruagem vou-me tornar o típico rato de biblioteca
Que não vai a nenhuma discoteca nem dá uma única queca

A falar para o boneco 
A falar para o boneco
A falar para o boneco
A falar para o boneco
C'um caneco
Eu não mereço
Estar a falar para o boneco
Eu ofereço tudo o que me é pedido de bom grado e com apreço
Co'a breca
Hoje sou um coração de pedra
Os culpados são esses putos da charneca
Por se virarem para mim e dizerem que vaso ruim não quebra

A falar para o boneco 
A falar para o boneco
A falar para o boneco
A falar para o boneco
C'um caneco
A minha vida está virada do avesso
Fico a todo momento a falar para o boneco
Vida, que não se torna desenvolvida nem com gesso
Co'a breca
Hoje sou tipo o Nélson Évora
Já só me apetece mandar esses putos à merda
Para não ter de os mandar para um sítio pior, para fora do planeta terra!

A falar para o boneco 
A falar para o boneco
A falar para o boneco
A falar para o boneco
C'um caneco
É assim que me despeço
A falar para o boneco
Nem vale a pena ficarem à espera do meu retrocesso
Co'a breca
Pelo andar da carruagem, essa história vai acabar de uma forma pouco secreta
Pelo andar da carruagem, essa história vai acabar com a típica bela adormecida
Que renega a comida, que renega a sua própria companhia

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