quarta-feira, 4 de março de 2020

Sem palavras


Às vezes fico a pensar em como será o meu futuro
Estou a caminho dos vinte e três anos e ainda não arranjei trabalho
Tantas as vezes que dentro do meu quarto, me torturo
Dizendo para mim mesmo que nada valho

O que custa é só o início
Depois é como andar de bicicleta
Nunca mais se esquece
Ainda me vou rir de tudo isto no fim

Estou no meio do mundo inteiro
Mas ainda assim sinto-me sozinho
Para mim não compra o amor, o dinheiro
Fujo de quem sou e abrigo-me no vinho

O que custa é só o início
Depois é como andar de bicicleta
Nunca mais se esquece
Ainda me vou rir de tudo isto no fim

O amor não me quer sorrir
Eu não me quero dar a conhecer
Receio que o meu coração se possa partir

O que custa é só o início
Depois é como andar de bicicleta
Nunca mais se esquece
Ainda me vou rir de tudo isto no fim

Sou parco em palavras
A mim elas não me dizem nada
Apago-as com uma borracha

O que custa é só o início
Depois é como andar de bicicleta
Nunca mais se esquece
Ainda me vou rir de tudo isto no fim

Estou empenhado em ser feliz
Olho para baixo e eis que encontro um arco-íris
Que mostra o reflexo de um mestre e nunca de um aprendiz



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