quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Distância fatal



Pensei ter achado a amante

Mas nisto caí em mim
Descobri por fim
Que afinal ainda está muito distante
Se queres que eu seja franco
Sem ti sou homem em branco
Sem alma.
Sem essência!
Se estou por algum motivo a exagerar nas palavras
Peço nesse caso, um pouco de clemência!
Mas magoa e tu sabes disso
Quando uma passarola voa 
Tu ficas sem saber como quebrar o enguiço
Sem ofensa
Mas só a tua presença 
Só ela dá lugar à minha existência!
Só a tua presença me faz ser rico em energia e potência
Sem ofensa
Mas só a tua presença
Só ela faz disfarçar essa ausência tão intensa
Que por nada desse mundo te deixa tensa
Creio que é a vontade
Mais que nunca de matar a saudade!
Que tenho e que por nada desse mundo, escondo
Para chegar ao teu coração
Aos perigos não olhei
Tropecei e caí ao redondo no chão
Perdi as poucas forças que me mantinham vivo e mais positivo
Mas a distância não me deixou ir mais além
Ver a vida com mais abundância sem ficar, dela, refém
Já não consigo esconder a minha verdadeira personalidade
O sorriso jovial e fresco que na face trazia
Já não corresponde ao novo ideal
Vago, animalesco e cheio de azia!
Perdi claramente a noção da realidade
Me tornei num psicopata
Que por estar mal de amores
Principalmente por tomar as suas dores
Hoje só insulta e mata

O meu trágico desfecho

Não se deveu ao facto de me ter tornado num vilão
Mas sim por não encontrar o trecho

Que pudesse completar a nossa canção.






Nenhum comentário:

Postar um comentário