quinta-feira, 1 de setembro de 2016

De luto no espaço


O amor nunca antes visto em uma esfera

Dizem que ele não é deste planeta
Mas em contrapartida é essa maldita espera
Que me impossibilitou mirar o chegar de um insofrido cometa


Já não faz sentido

Partilhar o mesmo espaço
Com uma mulher que me deixou iludido
Nessa falsa esperança de escutar nem que seja o seu passo


Não sei porque mas hoje acordei triste

Não quero mais sorrir
Essa mulher já não existe
E dá vontade de também partir


É a sombra

Essa mesma que me reduz
Vezes sem conta me assombra
E eu preciso de voltar a sentir a luz


Quem sabe para me iluminar!

Já que o meu coração é escuro
Sinto ele a definhar
Pois me falta um porto seguro


Falta o milagre dos milagres chamado chave

Para abrir essa fechadura

Falta a tua alma que hoje teve a ideia de bater as asas como uma ave

E sem ela vou à loucura


Dá-me o quente

Não quero mais me sentir gelado
Só quero acordar assim de repente
Ao teu lado!


Meu coração já só tomba

Não consigo respirar
Sê tu a minha bomba
Preciso de por ti voltar a suspirar.


Diz-me que ainda podemos

Mesmo à distância viver um amor felino
Que vamos agarrar aquilo que ainda temos
Porque na verdade é esse o nosso destino


É comunicar por telepatia

Somos ambos um livro aberto
Apesar de tudo sempre tivemos uma óptima empatia
Até te perderes nesse horizonte incerto



Se algum dia dissessem que chegamos a este ponto
Ai mulher... Eu só me ria!
Porque um amor como o nosso tão tonto
Era esse o responsável por toda a minha alegria



Me perdi em um mundo
Que a cada seu segundo
Deixava meu coração mais diminuto
Juntamente com as constelações em dia de luto

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