quarta-feira, 2 de novembro de 2016

De tirar o chapéu



Haverá coisa melhor que passear com essa mulher jovial pelo meio fluvial?

Haverá coisa melhor que do que me deitar sob a natureza e enfeitar essa dona de riqueza?
Haverá coisa melhor que desligar da visão e deixar os corpos deslizarem sem previsão de voltarem à realidade independentemente do sexo ou idade?
Dizes tu 
Até podia haver mas não quero ficar a dever!
Quero apenas que me deixes por uns breves segundos sonhar
Prometo desde já não engonhar
Algo que faça esse meu príncipe se envergonhar de mim
Vou com garra
Cantarei para ti tal e qual faz uma cigarra
Acasalarei para ti pois é esse o meu ritual!
Hoje passarei de bestial a besta
Aquilo que era tomado como celestial de si já nada resta
Vou jogar ainda assim com o pouco que tenho na manga
Sedutora calça de missanga!
Truque mais rodado que uma rotunda
Ou talvez seja eu oriunda da própria
Pergunto eu
Haverá coisa melhor que ser senhor do seu nariz
Ir beber sempre que possa ao próximo chafariz sem ter de dar explicação
Haverá coisa melhor que avistar a área urbana que se encontra ao meu periférico, desde o teleférico?
Com certeza que pode vir o mundo todo dizer sim à sua justiça
Que para mim vai valer o mesmo que a piça
Eu continuarei a defender o meu não!
Não!
Não há nada neste mundo que possa ser comparado a um cenário infinito com o azul de fundo de nome oceanário!
Ou até mesmo encarado como o espaço mais sossegado
Não se vê logo toda a variedade de peixe?
Desde carapau, sardinha, garoupa até ao red fish
Não haverá jamais
Aqui ou até mesmo em arredores, alguém que te ame mais
Mais como eu!
Não haverá nem aqui nem na china
Homem como eu que cause no teu coração tamanha adrenalina
Não haverá aqui na terra
Muito menos no céu
Alguém que tire
Como só eu sei
Tirar a esse M grande o chapéu



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