domingo, 27 de novembro de 2016

Cozinhas

Tu cozinha às mil maravilhas
Então quando se fala de ervilhas
Então quando se fala de ervilhas
Oh mulher tu até brilhas!
Cozinhas como uma mestra
Sozinha dás conta da orquestra
Afinas o contrabaixo
Ao passo que pedes para eu falar mais baixo
Eu nem preciso fazer nada
Tu já tratas da feijoada
Pela calada
Oh mulher..
Pela calada!
Nem por um minuto ficas enjoada
É incrível!
A forma como grelhas o pincel
Quando eu te pergunto se gostas de cozinhar
Como resposta pedes para eu adivinhar
Eu já sei que aquilo que tanto gostas é de uma boa caldeirada
Nisto me expulsas da cama á paulada
Que mais posso eu dizer...
A paula não gosta nada de mim
A sopeira é danada para a brincadeira
Ela cozinha porque lhe dá gosto
Ela cozinha massa com entrecosto
Já sinto um cheirinho
Vou fazer beicinho
Para ver se a paula me dá uma garfada
Mas que azar!
Ela está atarefada
Diz que não pode descurar da sopa de legumes
A tal que está ao lume algures no cume
Algures no cume!
E eu vou comer
Até já nada dessa sopinha restar
Mulher deixa-te estar!
Eu trato do acompanhamento
Salada com pimento
Para alimentar ainda mais a pouca vergonha deste homem
Quer subir
Quer subir sim!
Ai quer consumir a Paula
Diz ela para mim
Senhor João volta para a jaula!
Senhor João volta para a jaula!
Isto não é cantina muito menos uma sala de aula
Ainda não é hora de jantar
Muito menos hora de sobremesa
Faça favor de se contentar
Com o pouco que têm em cima da mesa
Dá para acabar a refeição em beleza
Com certeza dá para acabar a refeição em beleza!

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