Génio da lâmpada, concede-me este último desejo
Deixa-me ver no espelho
As rugas que trago no rosto
De um passado que não está morto
Um homem com sangue na veia
Um fogo que se alastra e lhe queima
Tem de ter coração
O vulcão de fogo
Génio da lâmpada, concede-me este último desejo
Concede-me, não digo todo, mas algum respeito
As rugas que trago no rosto
Apaga-as como se apagam as velas de um bolo
Um homem com sangue na veia
Um fogo que se alastra e lhe queima
Tem de ter coração
O vulcão de fogo
Com um assopro acelerado
O mesmo assopro sem parar
Com um assopro acelerado
Pois fogo se apaga com fogo
Com um assopro acelerado
E eu já estou a ficar sem fôlego
Preciso ser travado o quanto antes
As paredes do meu quarto
Estão a cair aos bocados
Elas abafam a minha voz
Não posso fugir antes e após
A queda do réu
Com visita guiada ao inferno dos céus
A minha sombra não me abandonou
Foi comigo no ultimo voo, picado
As paredes do meu quarto
Se foram com meus retratos
Pendurados, devorados pelo incêndio
Do teu silêncio
A queda do réu
Com visita guiada ao inferno dos céus
A minha sombra não me abandonou
Foi comigo no ultimo voo, picado
Com um assopro acelerado
O mesmo assopro sem parar
Com um assopro acelerado
Pois fogo se apaga com fogo
Com um assopro acelerado
E eu já estou a ficar sem fôlego
Preciso ser travado o quanto antes
Com um assopro acelerado
O mesmo assopro sem parar
Com um assopro acelerado
Pois fogo se apaga com fogo
Com um assopro acelerado
E eu já estou a ficar sem fôlego
Preciso ser travado o quanto antes
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