Olhei da janela do meu quarto
Minha expressão era de alguém que estava farto
Como no dia em que minha mãe entrou em trabalho de parto
O céu estava extremamente nublado
Estava a condizer na perfeição com meu ar de amuado
As nuvens apresentavam várias figuras umas recheadas de muitos carinhos e ternuras
Outras com muitos defeitos e conjunturas
Deslocavam-se de um lado para o outro como se ficassem cansadas de permanecer no mesmo local
E eu observando-as naquele ritual
Olhava-as com grande encanto
invejava-as não tinham com que se preocupar
Eram livres!
O meu olhar logo se tornara embargado
O céu se tornara cheio e carregado
Imensa chuva do céu cai como se fossem lágrimas a cair pela face abaixo
Tantas que chegavam á minha alma
Eu bebia essas lágrimas e assim compartilhava a mesma dor que elas
Mas sempre compartindo distante parado e pensativo
Ao mesmo tempo as nuvens compartilhavam as minhas lágrimas
Mesmo longe das nuvens a nossa chuva de lágrimas estava em sintonia
como se se eu e as nuvens fossemos irmãos gémeos repartindo mesma dor
Como portugal na sua luta mostrando todo o seu esplendor.
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